Filtrado - O que acontece no mercado de filtros
Por Curadoria Revista Meio Filtrante
Edição Nº 134 - Maio/Junho 2025 - Ano 24
O que acontece no mercado de filtros
Sistemas de filtração industrial ajudam a reduzir consumo de água e energia
A adoção de sistemas de filtração industrial tem se mostrado uma estratégia eficaz para a redução do consumo de recursos naturais, como água e energia, em processos produtivos. Presente em setores como químico, alimentício e siderúrgico, a filtração adequada permite o reaproveitamento da água utilizada e a maior durabilidade dos equipamentos. A prática também está alinhada às exigências ambientais e à busca por eficiência operacional.
De acordo com o relatório Water and Energy Efficiency in Industry publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA), processos industriais respondem por cerca de 20% da água consumida no mundo. A reutilização dessa água, viabilizada por sistemas de filtração, pode representar uma economia significativa para as empresas.
“A filtragem eficiente reduz a necessidade de substituição frequente da água utilizada nos processos industriais, possibilitando sua reutilização e minimizando o descarte de efluentes”, diz a Fabio Oliveira, gerente de projetos da Asstefil, especializada em soluções de filtração. A empresa acrescenta que a remoção de impurezas melhora o desempenho de sistemas de refrigeração, fluidos de corte e outros ciclos produtivos que dependem de água.
Além da economia hídrica, Fabio Oliveira, gerente de projetos da Asstefil, destaca que a filtração adequada contribui para a redução do consumo energético. Equipamentos que operam com fluidos limpos sofrem menos desgaste, o que diminui o esforço necessário para o funcionamento e reduz o consumo de energia.
Fabio Oliveira aponta que tecnologias como filtros de carvão ativado, membranas de microfiltração e sistemas de autolimpeza têm sido utilizadas para atender às exigências regulatórias e melhorar a eficiência dos processos. Esses sistemas podem ser ajustados conforme as características de cada aplicação, contribuindo para a conformidade com normas ambientais e operacionais.
Site: www.asstefil.com.br
Fonte: Notícias Dino
Abrafiltros encerra 2024 com mais de 44 milhões de filtros automotivos reciclados
Programa de logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo criado em 2012 em São Paulo, e implantado no Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, deve abranger novos estados com os avanços das legislações estaduais.
O programa Descarte Consciente Abrafiltros, de logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo, criado em 2012 pela Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso, atualmente implantado em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul para atendimento às legislações estaduais, já reciclou 44.917.587 filtros até dezembro de 2024, realizando coleta em 5.702 pontos de 402 municípios.
No ano passado foram reciclados 7.228.217 filtros com o atendimento dos quatro estados. Atualmente, 37 organizações, com 62 CNPJs, estão abrigadas no sistema. “O volume de filtros usados do óleo lubrificante automotivo reciclados e abrangência do programa só tendem a aumentar. As metas tanto do montante reciclado quanto dos municípios e pontos de coleta são progressivas”, afirma João Moura, presidente executivo da Abrafiltros.
Segundo Marco Antônio Simon, gestor do programa, as empresas recorrem ao programa Descarte Consciente Abrafiltros por ser um sistema de logística reversa coletivo, no qual a Abrafiltros atua como entidade gestora e cuida de todo o processo administrativo e logístico. “Isto facilita as empresas cumprirem as legislações ambientais e, por ser um sistema coletivo, acaba reduzindo o custo individual, que é bem mais elevado caso a empresa fizesse um plano individual”, comenta.
A administração é realizada pela equipe interna de gestão em conjunto com a Presidência e Diretoria, incluindo a definição e negociação de metas, contatos governamentais, emissão de relatórios, contratos, Termos de Compromisso estaduais, ações de comunicação e marketing, suporte de escritório jurídico e financeiro. Ele explica também que a coleta e processamento dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo são realizados pelo Grupo Supply Service, que conta com grande expertise no País em 32 anos de atividade, motivo pelo qual tem vencido os processos de concorrência e mantido elevado grau de excelência na prestação dos serviços.
Como funciona o programa – Simon explica que o processamento do filtro do óleo lubrificante automotivo usado é completo, inclusive, com a separação do metal do elemento filtrante e do óleo lubrificante usado contaminado (OLUC). O metal (23%) é encaminhado para siderúrgicas, o OLUC – Óleo Lubrificante Usado Contaminado (2%), vai para rerrefino; e o restante dos resíduos (75%) segue para coprocessamento em cimenteiras, para geração energética e uso das cinzas (clínquer) na fabricação do cimento. Ele destaca ainda que para ser reprocessado o metal deve estar descontaminado de óleo, processo que também é realizado antes do envio às siderúrgicas.
Outros estados devem instituir novas leis e novas empresas sinalizam adesão ao programa – “As legislações ambientais só avançam e novas leis entrarão em vigor em outros estados. Com isso, a tendência é de que o programa cresça ainda mais”, ressalta Simon. O Estado do Mato Grosso já instituiu uma nova legislação que entrou em vigor no final do ano passado, que se encontra em regulamentação e será alvo de envio de proposta de implantação do programa ainda 2025. O Estado de Santa Catarina está em fase de aprovação dos resultados da consulta pública realizada também no final do ano passado, que norteará a elaboração da legislação estadual.
Com relação às empresas, o gestor destaca que já há três novas empresas com o processo de filiação e adesão em curso, que ingressarão no programa em 2025.
Programa avança e traz novos desafios – O gestor explica que o processo de reciclagem dos filtros do óleo lubrificante automotivo é bastante complexo e são pouquíssimas as empresas habilitadas a tratá-los em larga escala. “Isto, futuramente, deve gerar dificuldades em novas implantações do programa, devido às próprias diferenças de infraestrutura no Brasil, um país de dimensões continentais, o que também impacta no custo final”, alerta Simon, concluindo: “Por isso, as implantações devem sempre ser realizadas com muito critério e observando o princípio de viabilidade logística e econômica estabelecido na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que é a base das legislações estaduais”.
Fonte: Verso Assessoria de Imprensa