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Glicol mantém motor em temperatura ideal; no gás, remove água e amina retira gases corrosivos

Estudos mostram que 40% dos gastos com conserto de motores têm origem na falha do sistema de arrefecimento, que atua para que o conjunto mecânico trabalhe na temperatura ideal. Cuidar bem do sistema de arrefecimento, do qual fazem parte bomba d’água


Estudos mostram que 40% dos gastos com conserto de motores têm origem na falha do sistema de arrefecimento, que atua para que o conjunto mecânico trabalhe na temperatura ideal. Cuidar bem do sistema de arrefecimento, do qual fazem parte bomba d’água, ventoinha, válvula termostática e radiador, reduz de forma significativa os custos de manutenção nos motores. 
Os filtros de água estão integrados apenas ao sistema de arrefecimento do motor. Por outro lado, os motores automotivos mais modernos não utilizam mais filtros de água devido aos avanços na durabilidade do líquido de arrefecimento. O motor não pode trabalhar frio nem superaquecido. O glicol mantém o motor em temperatura ideal de operação. Quanto ao gás, para cumprir as especificações, é preciso desidratá-lo, porque fica saturado em água. Na torre contatora, para desidratação, o glicol remove a água que contamina o fluxo do gás, enquanto a unidade de amina retira os gases corrosivos.

Glicol e amina 
O glicol é um agente antiebulição que altera o ponto de congelamento e ebulição do líquido de arrefecimento. “O glicol reduz a capacidade do líquido em se transformar em vapor, ou seja, entrar em processo de ebulição, mantendo-o na condição líquida” – explica Marcos Azambuja, gerente de contas e suporte técnico ao produto da Cummins Filtros.
Os filtros para o líquido do radiador filtram as partículas sólidas do líquido de arrefecimento e introduzem uma carga adicional, com aplicação de aditivos químicos. “Com a chegada dos motores eletrônicos e a evolução do próprio líquido de arrefecimento, esses produtos deixaram de ser aplicados em motores menores, por exemplo, entre 2.8 litros e 8.9 litros, fabricados pela Cummins no Brasil” – relata Azambuja.

Glicol mantém motor em temperatura ideal; no gás, remove água e amina retira gases corrosivos

Na torre contatora, o glicol remove o contaminante água do fluxo do gás. “O contaminante água gera corrosão e favorece a formação de hidrato no fluxo de gás, causando grandes perdas operacionais” – aponta Henrique Braiti de Souza, gerente de desenvolvimento de negócios da divisão de filtração da Parker Hannifin. 
Já a unidade de amina é conhecida como adoçamento do gás. “A unidade de amina visa à remoção de gases corrosivos, como o Dióxido de Carbono (CO2) e o Sulfeto de Hidrogênio (H2S), protegendo a unidade de processamento e escoamento do gás” – menciona. 
O Ácido Sulfídrico é um gás incolor e inflamável de cheiro forte e desagradável obtido pela dissolução do gás Sulfeto de Hidrogênio em solução aquosa. O Dióxido de Carbono é um gás liquefeito, incolor, inodoro, não inflamável e um pouco ácido utilizado em diversos tipos de indústrias.

Divide-se a filtração em dois estágios para as unidades de processamento de amina e glicol: 
Estágio 1 –
O tratamento do gás que antecede a torra contatora no qual usufruem de cartuchos coalescedores de alta eficiência (0,3u), visando à remoção de líquidos e particulados. 
Estágio 2 – Processo de regeneração dos fluidos amina e glicol no qual se utiliza do carvão ativado e cartuchos para retirar o particulado com o objetivo de remover os hidrocarbonetos presentes no líquido. Fonte: Parker.

Contaminantes 
Quando hidrocarbonetos e particulados contaminam a amina e o glicol, ficam depositados no recheio da torre contatora e na formação de espuma no processamento. “Ambos provocam os principais problemas porque afetam diretamente a estabilidade do processo, causando o baixo rendimento da unidade. Sua principal perda é o não atendimento às características do gás tratado, o que gera problemas, como corrosão e formação de hidrato, ao longo das etapas seguintes de processamento” – frisa Braiti de Souza, da Parker.

Especificações
Os prejuízos relacionam-se diretamente ao descumprimento das especificações técnicas do gás tratado. “Sem sua adequação, gera sérios problemas operacionais. A corrosão, por exemplo, é agravada nos processos subsequentes devido à contaminação por CO2 e H2S. Além disso, a formação de hidrato gerada pela contaminação de água no fluxo de gás causa maior consumo energético e redução do fluxo no escoamento do gás, assim como bloqueio de linhas de escoamento” – explica Braiti de Souza.
 

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Sem filtro de água
Após longo período de uso do veículo, aparecem resíduos no líquido de arrefecimento que podem gerar potenciais falhas neste sistema. “Os motores automotivos mais modernos não usam mais os filtros de água devido aos avanços na durabilidade do próprio líquido de arrefecimento. Mesmo com a ausência deste filtro, é preciso seguir as orientações corretas de manutenção no sistema recomendadas no manual do veículo” – afirma Azambuja, da Cummins.
O ciclo de manutenção que consta no manual do veículo, dependendo do modelo, pode ser após 120 meses de uso. “É preciso drenar e substituir o líquido de arrefecimento do motor no tempo determinado pela fabricante” – ensina.
Nesses motores, não pode ser feita diluição de água no líquido de arrefecimento. “A manutenção corretiva requer a adição, caso seja necessário, do próprio líquido na concentração indicada pela fabricante do veículo. Se o nível estiver baixando, é preciso verificar se há vazamentos” – adverte.
Segundo ele, a falta do líquido de arrefecimento ou mesmo a não correta manutenção neste sistema pode gerar perda de todo o motor. “Por esse motivo, é importante sempre verificar o nível do arrefecimento do veículo, de acordo com manual, que estabelece entre uma e duas checagens por mês, principalmente se houver vazamentos” – orienta Azambuja.

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Torre contatora
A Parker utiliza filtros coalescedores na tecnologia de meio filtrante Peach no fluxo downstream e no upstream da torre contatora para remover líquidos e particulados na entrada da torre (ver ilustração ao lado). Já no fluxo downstream da torre, evita-se que a amina ou o glicol sejam carregados para os processos seguintes. A tecnologia Peach, segundo Braiti de Souza, garante contaminação por partículas de água de 0,3u inferior a 0,5 partes por bilhão (PPB) e remoção de particulado de 0,1u de 99,98%.
Na linha de regeneração da amina e do glicol, é preciso utilizar o carvão ativado para remover os hidrocarbonetos. Consequentemente, é necessário o uso da pré-filtração para proteger o carvão ativado e da pós-filtração para garantir que finos de carvão não contaminem o fluido. “Hoje, observa-se que as unidades de produção mais antigas nem sempre disponibilizam do processo de filtração recomendado e composto por três filtros Particulado/Carvão/Particulado, resultando em uma filtração ineficiente e incompleta e contribuindo para a instabilidade dos processos” – alerta Henrique Braiti de Souza da Parker
A evolução na tecnologia dos meios filtrantes e a adequação dos produtos às necessidades dos clientes trouxeram novas soluções ao mercado. “Hoje já é possível adaptar estes sistemas de filtração com cartuchos de carvão ativado que não liberam finos e são revestidos com manta para pré-filtração do particulado” – destaca. 
Esta tecnologia é 100% compatível com os filtros já existentes no processo e aplica-se em vaso único de filtração. “Não é preciso fazer nenhuma alteração ou adequação, visto que a tecnologia se adapta aos dimensionais dos cartuchos de particulado ou carvão existentes no processo, contribuindo para reduzir o foot-print na unidade de processamento” – ilustra Braiti de Souza. 
O gerente cita como exemplo desta tecnologia a série XtremSorb, da Parker, composta por bloco de carvão extrudado revestido de pré-filtração com Peach, que forma um só produto de dois estágios:

Glicol mantém motor em temperatura ideal; no gás, remove água e amina retira gases corrosivos

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A tecnologia visa ainda melhorar a saúde e a segurança dos operadores que fazem a manutenção destes sistemas (ver imagem ao lado). Reduz 66% do peso e diminui em 50% o tempo de manutenção comparado com os canisters atuais (22” e 44”).

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Com filtro de água
Para aplicações que possuem o filtro de água, o filtro retém as partículas em suspensão que estão em movimento no líquido de arrefecimento. “Nestas aplicações que contam com os filtros, é preciso fazer a dosagem adicional de aditivos químicos” – afirma Azambuja. 
O gerente cita o Fleetguard DCA4+, aditivo químico da Cummins Filtros para ser adicionado sempre que a troca do filtro de água é realizada. Disponibiliza ainda o líquido de arrefecimento Fleetguard ES Compleat, que, junto com este aditivo químico da empresa, potencializa a proteção do motor contra oxidação, cavitação e melhor troca de calor. Cavitação é a vaporização de um líquido quando bolhas de vapor são formadas devido à redução de pressão. 


Contato das empresas
Cummins Filtros:
www.cumminsfiltration.com
Parker Hannifin: www.parker.com


 

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