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Solução de osmose reversa filtra agrotóxicos e ajuda pacientes renais; e o uso de OR na hemodiálise

Brasil, que cresceu sem precedentes no setor agropecuário do mundo, também é um grande consumidor de agrotóxicos


Solução de osmose reversa filtra agrotóxicos e ajuda pacientes renais; e o uso  de OR na hemodiálise

Em 2019, foram consumidas mais de 500 mil toneladas de agrotóxicos no Brasil. Parte destes químicos nocivos à nossa saúde vai parar nos rios, lagos,  lençóis freáticos e poços artesianos, que são fontes comuns da obtenção de água potável para a população” – afirma o engenheiro Angelo Krieger, diretor técnico comercial da Permution, empresa que atua com soluções para tratamento de água em diversos segmentos, na indústria, laboratório ou centros de hemodiálise.
É verdade, o Brasil, que cresceu sem precedentes no setor agropecuário do mundo, também é um grande consumidor de agrotóxicos. Segundo a Revista Pesquisa Fapesp, o mercado de defensivos agrícolas mobiliza por volta de US$ 10 bilhões/ano no País, fatia de 20% do mercado mundial. Foram aplicados no Brasil em 2017 cerca de 540 mil toneladas de agroquímicos, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Apesar disso, seu uso por hectare no Brasil é baixo.
Os agrotóxicos são utilizados na agricultura para aumentar a produtividade e combater pragas. Eles são classificados como inseticidas (insetos), fungicidas (fungos), herbicidas (ervas daninhas), desfoliantes (folhas indesejadas) e fumigantes (bactérias nos solos). O uso indiscriminado e o excesso de agrotóxicos trazem graves danos ao meio ambiente, incluindo a água, e ao ser humano devido à contaminação do solo e ao nível de agrotóxicos nos alimentos consumidos.
O veneno do agrotóxico entra no corpo quando em contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão. O desafio está em retirar estes agrotóxicos dos alimentos e da água e uma das saídas para tratamento dessa água contaminada está na osmose reversa.

Elimina agrotóxicos 
Uma das propriedades desconhecidas das membranas de osmose reversa é eliminar agrotóxicos com alta eficiência. “Os médicos indicam tomar água de osmose reversa para pacientes que sofrem de problemas renais e têm sensibilidade a agrotóxicos, mesmo em pequenas quantidades” – relata Krieger.
O diretor conta que atualmente a Permution está desenvolvendo em parceria com nefrologistas um equipamento de osmose reversa. “Além de filtrar em carvão ativado, permeia em membrana de osmose reversa e depois o equipamento remineraliza e alcaliniza o pH da água final” – revela. 
A água sai desmineralizada da osmose reversa, o que não é bom para o corpo humano. “Inserimos um filtro remineralizador após a membrana de osmose que adiciona pequena quantidade de sais e alcaliniza a água ao final do processo. Essa água pode ser utilizada para beber, preparar sucos e alimentos” – explica Krueger. Segundo ele, nos EUA, a osmose reversa é muito usada para desmineralizar a água em regiões onde a água possui alto teor de sais dissolvidos e/ou suspeita de traços de agrotóxicos. 
No Brasil, os filtros mais populares são de retenção de partículas e/ou carvão ativado. Segundo ele, o carvão ativado remove em condições ideais – alto tempo de retenção – próximo a 80% do agrotóxico contido na água. “Por isso, a combinação de tecnologias que estamos estudando terá uma alta eficiência para a remoção dos agrotóxicos e ajudar assim os pacientes com problemas renais. No futuro, estaremos oferecendo equipamentos para uso terapêutico que podem também servir para quem quiser prevenir a ingestão de agrotóxicos através da água que ingere no dia a dia” – destaca Angelo Krieger.  

Solução de osmose reversa filtra agrotóxicos e ajuda pacientes renais; e o uso  de OR na hemodiálise

OR para água de hemodiálise
A hemodiálise (HD), que trata Doença Renal Crônica no Brasil, precisa de água purificada para suprir as três sessões semanais de 4 horas pelas quais os pacientes renais são submetidos onde são usados cerca de 120 litros de água por sessão. Em estudo feito para o título de Mestre em Planejamento Ambiental pela Universidade Católica de Salvador, Juciene Martins dos Santos aponta alguns números deste setor e o uso indicado da osmose reversa para purificar a água da hemodiálise, com foco na necessidade ambiental do reúso da água descartada do concentrado gerado no processo de hemodiálise.
No Censo 2017, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) divulgou pesquisa feita em amostra de 291 unidades de Terapia Renal Substitutiva (TRS), estimando total de 126.583 pacientes fazendo hemodiálise (HD). 
A cada ano são cerca de 35 mil novos pacientes. Aproximadamente, 6 mil são transplantados. 
A taxa de mortalidade é alta e constante desses pacientes devido a complicações cardiovasculares.
Para uso na hemodiálise, a água deve passar por tratamento específico para eliminar contaminantes e substâncias indesejáveis que possam afetar a saúde dos pacientes. O Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 82, de 3 de janeiro de 2000, tornou obrigatório o uso de osmose reversa. Para atender aos parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com os padrões internacionais da Food and Drugs Adminstration (FDA) e da Association for Advancement of Medicine Instrumentation (AAMI), utiliza-se o processo de osmose reversa.
Com o uso da osmose reversa, o tratamento para os pacientes renais crônicos tornou-se mais seguro, pois elimina entre 95% e 99% das partículas orgânicas, inorgânicas, microrganismos e substâncias indesejáveis da água utilizada (FARIA et al., 2016; SILVA et al., 1996). 
A hemodiálise retira substâncias tóxicas do organismo e regula o equilíbrio hidroeletrolítico. O sangue passa por dentro de fibras chamadas de capilares dentro de filtro banhadas por um líquido com 49 ml da solução básica, 27 ml da solução ácida e 924 ml de água chamado de dialisato (JESUS; ALMEIDA, 2016).
A água é necessária para preparar dialisato, limpar e reprocessar máquinas e membranas, antes do uso em hemodiálise, a água deve ser tratada para remover partículas, reduzir a dureza e íons orgânicos (TARRAS; BENJELLOUN, 2010).
Em média, no tratamento com osmose reversa, 1/3 da água que entra no sistema é descartada como solução salina, água de rejeito, salmoura ou concentrado. De acordo com a Portaria nº 82, a água de rejeito não pode ser considerada potável nem sequer contaminada com destinação ao esgoto. E o estudo feito por Juciene enfatiza a necessidade do reaproveitamento do concentrado produzido nas clínicas de diálise, que pode gerar significativa economia financeira e dos recursos naturais.
Mais de 1 milhão de pacientes estão sendo tratados com hemodiálise no mundo, e a estimativa é que chegará a 2 milhões em 2025. Multiplicando o número atual por 144 sessões de diálise por ano, chega-se a 150 milhões de sessões de hemodiálise/ano (PICOLLI et al., 2005). 

 

Contato da empresa
Permution:
www.permution.com.br

 

Refêrencias: 
BRASIL ESCOLA. Agrotóxicos. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agrotoxicos.htm. Acesso em: 30 mar. 2020.
SANTOS, Juciene Martins dos. Descarte da água de rejeito gerada pela osmose reversa em uma clínica de hemodiálise no município de Salvador (BA). Scientech Ambiental, 3 mar. 2020. Mestrado Profissional em Planejamento Ambiental – Universidade Católica do Salvador Programa de Pós-Graduação em Planejamento Ambiente. Salvador (BA), 2019.

Autores citados:
FARIA, P. G. S. Alternativas para reaproveitamento do rejeito do tratamento de água em clínica de hemodiálise. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em: http://reposittório.roca.utfpr.edu.br/jspui/handlel/1/367. Acesso em: 1 maio 2017.
JESUS, G. P.; ALMEIDA, A. A. Principais problemas gerados durante a terapia de hemodiálise associados à qualidade da água. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde, v. 3, n. 3, p. 41-52, 2016. Acesso: em 10 jul. 2017.
PICCOLI, A. et al. Equivalence of information from single versus multiple frequency bioimpedance vector analysis in hemodialysis. Kidney International 2005; 67: 301– 313. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15610256. Acesso em: 10 jul. 2017.
TARRAS, F. BENJELLOUN, M. O. Current understanding of ozone use for disinfecting hemodialysis water tratament systems. Blood Purification, v.30, p.64- 70, 2010.

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