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Filtração residencial: Tendências 2020

Filtros e/ou purificadores de água residenciais tem por característica a melhoria da qualidade da água para consumo da família


Filtração residencial: Tendências 2020

 

Filtros e/ou purificadores de água residenciais tem por característica a melhoria da qualidade da água para consumo da família, tanto para beber quanto para a preparação de alimentos. Seu uso é importante para eliminar ou reduzir consideravelmente as contaminações e impurezas presentes na água.
A utilização de filtros é essencial para manter o bem-estar e a saúde de todos. Uma filtragem inadequada pode ocasionar grandes danos, uma vez que as companhias de tratamento adicionam cloro à água, com a intenção de eliminar a presença de vírus e bactérias. No entanto, se o cloro for consumido em excesso, pode provocar sérios problemas ao organismo.
Outro fator que deve ser levado em consideração é a tubulação em que a água passa até chegar às residências. No caminho percorrido, podem ocorrer infiltrações contaminando-a. É importante ressaltar também o perigo da não realização periódica da manutenção e limpeza da caixa d’água.
Caso a ação não ocorra de maneira preventiva, os riscos são grandes, com a possibilidade de ocasionar desde entupimentos, por conta da sujeira acumulada no fundo da caixa, até o surgimento de algas que podem liberar toxinas, bactérias e protozoários que provocam sérios problemas de saúde a quem consumir essa água.
O que caracteriza os filtros e purificadores de água é o processo de tornar a água limpa, insípida, tratada e pura para beber, fazer sucos, gelo, cozinhar e lavar os alimentos. Paulo Galina, gerente de marketing da Lorenzetti, explica que há também os filtros para Ponto de Entrada (POE), ideais para serem instalados na entrada da caixa d´água ou no cavalete, capazes de eliminar limo, barro, ferrugem e outras partículas sólidas. “Trata-se de aliados importantes para a manutenção da saúde e bem-estar de toda a família” – completa.
Edgar Mascarenhas, responsável técnico da Europa destaca a divisão dos grupos de filtros e purificadores residenciais e suas respectivas aplicações:

 

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Barreiras de retenção de poluição mecânica: leitos de areia, antracito, quartzo, dolomita ou similares; elementos, malhas, mantas e membranas fabricados em materiais tais como cerâmica, celulose, Polipropileno (meltblown, spunbond não-tecido, plissado), Poliamida, Poliéster, Polissulfona, aço inoxidável etc. Aplicação: retenção de material particulado.
Barreiras eficientes na redução de contaminantes químicos: carvão ativado, resinas de troca iônica (aniônica, catiônica ou mista), zeólitos especiais, KDF (liga de Cobre-Zinco), Dióxido de Manganês (MnO2), alumina ativada, oxidação avançada (formação e liberação de Ozônio ou Hidroxila) entre outras, pois todos os dias surgem avanços nesse segmento. Aplicação: redução de metais e compostos orgânicos, abrandamento de águas duras; remoção de cor e odor.
Barreiras dotadas de eficiência bacteriológica: Membranas de micro, ultra e nanofiltração, radiação UV-C (200 a 300 nm), oxidação avançada, meios filtrantes com nanopartículas de prata. Aplicação: redução, atenuação ou desinfecção de organismos microscópicos, inclusive os de potencial patogênico.
Membranas semipermeáveis (Osmose Reversa): este meio filtrante merece ser enquadrado em uma categoria particular dada a sua extensa gama de tratamento, pois por tratar-se de uma barreira física semipermeável mostra-se eficaz na retenção de sólidos em suspensão (poluentes mecânicos), íons mono e multivalentes (contaminantes químicos) e também vírus e bactérias (organismos microscópicos).
Os aparelhos de uso têm caráter suplementar no sentido de conferir maior segurança ao consumo humano. Já os de ponto de entrada são recursos praticamente indispensáveis, uma vez que assumem o papel de primeira e última etapa de tratamento, tanto mais se a água tratada for utilizada para consumo humano. “Nesse caso torna-se imprescindível conhecer as características da água a ser tratada e a sua aplicação com a finalidade de definir e dimensionar corretamente o sistema de tratamento a ser adotado” – ressalta Mascarenhas.
Todos os aparelhos devem atender a Norma ABNT 16098, ter certificação pelo Inmetro (Portaria 344/2014), obedecendo as eficiências anunciadas pelo fabricante, ou seja: redução de cloro livre, retenção de partículas e/ou eficiência bacteriológica. Para os aparelhos elétricos no selo do Inmetro deve constar a eficiência energética e capacidade de refrigeração, além da indicação das eficiências.
Para ser considerado eficiente na redução de cloro o aparelho deve reduzir no mínimo 75% do cloro existente na água. “A eficiência na redução de partículas é classificada de acordo com a Norma. Para ser considerada a eficiência bacteriológica o aparelho deve eliminar 99,9% das bactérias colocadas na água por ocasião do ensaio no final da vida útil do elemento filtrante” – destaca Alexandre Augusto Domingues, presidente da ABRAFIPA - Associação Brasileira das Empresas de Filtros, purificadores, Bebedouros e Equipamentos Para Tratamento de Água.
Ele explica ainda, que além desses ensaios para avaliar a eficiência do aparelho, outros ensaios também são obrigatórios, tais como: pressão hidrostática, fadiga, controle de nível microbiológico e determinação de extraíveis. “É possível afirmar que filtros e purificadores que ostentam selo do Inmetro possuem as eficiências anunciadas na etiqueta e passaram pelos ensaios obrigatórios” – completa.

Tipos de filtros e como funcionam
Os purificadores de água são a última fronteira no tratamento da água para consumo humano. De acordo com Antônio Trentini, diretor de negócios da IBBL, na casa do consumidor, ele tem a função de reter microrganismos e componentes indesejados que podem ter tido origem nas tubulações ou mesmo na caixa d’agua da residência. O mesmo vale para comércios, indústrias e estabelecimentos no geral.
Os purificadores de água, que as vezes são chamados popularmente de filtros, são equipamentos mais avançados. Os filtros são mais básicos e trabalham com uma vela central que bloqueia as impurezas da água.
Já os purificadores são mais completos, além de barrarem as impurezas, também retêm ou eliminam as bactérias e reduzem odores, sabores, excesso de cloro etc.

 

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Há diferentes classes de purificadores na avaliação do Inmetro. Essas classes vão de A a F, sendo que, na primeira, o tamanho das partículas que o purificador de água retém é super pequeno, ou seja, é uma eficiência altíssima tendo em vista que a menor partícula visível a olho nu é do tamanho de 40 micra. “Outra questão que diferencia os purificadores é a refrigeração. E isso é um ponto que deve ser muito bem avaliado, pois diz respeito ao consumo de energia na residência ou estabelecimento” – afirma Trentini.
Filtro de barro: Feito de barro ou de cerâmica, funciona por gravidade, com a água passando de um recipiente para outro, através de um elemento filtrante, chamado popularmente de vela, responsável por parte das eficiências anunciadas pelo fabricante.
Filtro ou purificador de água para ponto de uso: Aparelho ligado diretamente na torneira ou num ponto de água específico, possui no seu interior um elemento filtrante, conhecido popularmente por vela, refil, câmara, dispositivo de melhoria, etc., responsável pelas eficiências anunciadas pelo fabricante. Funciona pela pressão da água da tubulação da residência. Alguns modelos, elétricos, também oferecem água gelada, quente e com gás.
Jarra Filtrante: Equipamento que se destaca pela praticidade por ser portátil.
Bebedouro: Equipamentos que dispensam água para beber diretamente na bica sem a necessidade de uso de copo. Podem ser também os conhecidos porta-galão, que servem de apoio para acomodar um garrafão e gelar ou não a água despendida pelo mesmo.

Mercado e principais tendências
De acordo com Paulo Galina, assim como nos últimos anos, o mercado de filtros residenciais se mantém positivo, já que os brasileiros, cada vez mais, entendem a importância do consumo de água pura e tratada, levando em consideração alternativas eficientes, econômicas e sustentáveis.
A escolha de um filtro pelo consumidor envolve buscar no mercado a solução que mais atende suas necessidades, dentre as várias possibilidades oferecidas. Dentre vários fatores, há aspectos como eficiência na melhoria da água, consumo de energia, estética e preço.

 

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Domingues explica ainda que a crescente preocupação da população e conscientização para a necessidade de consumo de água livre de impurezas e contaminações atrelada com a preservação do meio ambiente, por meio da diminuição do uso de garrafas plásticas, tem se verificado um crescimento da demanda.
“Podemos afirmar que no mercado mundial há uma variedade de tendências, muito ligada a cultura de consumo de cada país. No Brasil o mercado de purificação de água ainda é recente quando comparado com o mercado de outros eletrodomésticos e ainda requer um trabalho de educação dos consumidores em relação a qualidade da água que ingerem” – ressalta.
A tendência de lofts, studios e varandas gourmet tornou a cozinha um espaço de destaque na composição do projeto residencial. Pensando nessa realidade, todos os elementos que compõem este ambiente são estudados cuidadosamente, com objetivo de ampliar o conforto e a praticidade.
O mercado encontra-se bastante aquecido, devido à grande quantidade de famílias que precisa melhorar a purificação da água que bebe. Outros fatores pontuais – mas cada vez mais alarmantes – como a recente crise no Rio de Janeiro, ampliam essa percepção de que é preciso obter sistemas de tratamento eficiente para a água potável dentro das residências e estabelecimentos - afirma Antônio Trentini.
O presidente da ABRAFIPA explica que a certificação dos aparelhos pelo Inmetro é obrigatória, porém, os elementos de reposição, ou seja, os dispositivos de melhoria (refil, vela, câmara, etc) não estão incluídos na obrigatoriedade da certificação, então, muito provável que o órgão passe a exigir a certificação desses dispositivos, se não, a ABRAFIPA pretende intensificar a avaliação de tais dispositivos, através de um regulamento próprio, implantado recentemente.

 

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Em termos de legislação, O Inmetro está desenvolvendo um novo Modelo Regulatório, para tornar mais simples, porém mais abrangente que o modelo atual. “A implantação desse novo modelo deve ser concretizada no início de 2021 e a ABRAFIPA está participando ativamente desse processo, envidando esforços para que de fato o procedimento de certificação e registro seja mais simples e menos oneroso para as empresas, e que haja de fato a intensificação da fiscalização pelo Inmetro, de modo a promover a saúde e segurança dos consumidores, proteção ao meio ambiente e coibir a concorrência desleal e práticas enganosas de comércio” – explica Domingues.
Em uma visão de mais longo prazo, pensando nos próximos cinco anos, a Europa destaca algumas novas tecnologias de mercado: incorporação de sensores de características específicas (TDS, cloro residual, pH etc.) com monitoramento e interface embarcados e/ou via IoT e aplicativos para celulares e elementos filtrantes dotados de eficiência microbiológica baseados em nanotecnologia impondo menor resistência ao fluxo.
Além disso já é possível falar em adoção de membranas de ultrafiltração de maior eficiência; tratamento de contaminantes emergentes por meio de processos de oxidação avançada; massificação da tecnologia UV-C LED em substituição às lâmpadas convencionais com vapor de mercúrio; e a oferta de novas opções de plataformas multibebidas que sustentem experiências e preferências de consumo diversas de acordo com a preferência do consumidor, disponibilizando água tratada em diversas temperaturas (natural, refrigerada e aquecida), gaseificada, flavorizada, com diferentes níveis de pH e/ou adicionada com minerais específicos.
Para Felipe Marques, responsável da área comercial da Europa, trata-se de um mercado em constante movimento e com possibilidades de grande crescimento e por este motivo novas marcas surgem no segmento. “Um dos fatores que vai potencializar este mercado é o aumento de problemas com a qualidade de água no Brasil e no mundo. Isto tem levado o consumidor a ter escolhas mais conscientes e optar por produtos que reduzem os impactos negativos ao meio ambiente. Ele também está atento ao que compõem os produtos, o posicionamento das marcas e seu comprometimento com práticas mais sustentáveis” – completa.

 

Contato das empresas
Abrafipa
: www.abrafipa.com.br
Europa: www.europa.com.br
IBBL: www.ibbl.com.br
Lorenzetti: www.lorenzetti.com.br

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