A finalista do prêmio Global Tech Innovator 2025, promovido pela KPMG, a startup brasileira A O2eco Tecnologia Ambiental representou o país no palco do Web Summit Lisboa 2025, um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo.. A cleantech,sediada em São José dos Campos (SP), se destacou entre centenas de empresas inscritas no concurso da KPMG pela sua solução de bioestimulação natural de rios, tecnologia baseada na própria natureza para promover a despoluição hídrica de forma sustentável.

“Com temas como sustentabilidade e inovação hídrica ganhando espaço na pauta global — especialmente em eventos como a COP30 e o Web Summit —, acreditamos que a O2eco representou muito bem o programa que a KPMG quer proporcionar. É uma cleantech que une inovação, tecnologia e impacto social, com potencial de expansão nacional e internacional”, destaca o sócio-diretor e líder dos Programas de Startups da KPMG no Brasil, Diogo Garcia.

Cofundada em 2018 por Luís Fernando Magalhães, a O2eco trabalha para disseminar a ideia de que é possível regenerar rios, mananciais e lagos do Brasil e do mundo sem recorrer a produtos químicos. Com essa tecnologia, a startup já conduziu projetos de recuperação de corpos d’água como um trecho do rio Embu-Guaçu (SP), o lago da Prefeitura de São José dos Campos e o córrego Vargem do Tropeiro, em Sete Lagoas (MG).

“Ficamos extremamente honrados em representar o Brasil no Web Summit e ser reconhecidos pela KPMG como uma das startups mais inovadoras de 2025. O que queremos mostrar neste evento global é uma ideia simples: e se as próprias bactérias que já vivem no meio aquático fossem a chave para limpar nossas fontes hídricas poluídas, sem o uso de produtos químicos? Se conseguirmos disseminar esse conceito, estaremos mais próximos de um ambiente equilibrado, limpo e sustentável”, afirma o cofundador da O2eco, Luis Fernando Magalhães.

 Resultado do Global Tech Innovator 2025

A grande vencedora do Global Tech Innovator 2025 na categoria de startups globais foi a Rhinoflux Inc., que surgiu na Universidade de Kyoto apoiada pelo programa Entrepreneur-in-Residence (EIR) da Kyoto-iCAP, dentro do Web Summit Lisboa 2025.S A startup japonesa conquistou o júri com sua tecnologia inovadora Hydro-Chemical Looping (HCL), capaz de gerar energia elétrica e capturar dióxido de carbono de altíssima pureza — acima de 99,9% — a partir de biomassa úmida, sem necessidade de queima.

A solução utiliza reações redox em soluções de íons metálicos e pode ser implementada em usinas compactas e modulares, instaladas próximas às fontes de resíduos, o que elimina custos logísticos e amplia o potencial de aplicação descentralizada.

Marcos Oliveira <marcos.oliveira@viveiros.com.br>