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Conferência Especial: Brasil - Cenário Econômico e Político durante a 35ª edição do Congresso Aço Brasil

Foi marcada por análises sobre os rumos econômicos e políticos do País. O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Armando Monteiro


A “Conferência Especial: Brasil - Cenário Econômico e Político”, durante a 35ª edição do Congresso Aço Brasil, foi marcada por análises sobre os rumos econômicos e políticos do País. O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Armando Monteiro e o cientista político Murilo de Aragão alertaram, principalmente, para os riscos da instabilidade política, da condução ideológica da diplomacia e da falta de previsibilidade para o setor produtivo. “Temos hoje uma política monetária que pretende corrigir as disfunções da política fiscal, e isso impõe ao setor produtivo um custo elevadíssimo que se expressa na taxa de juros que o Brasil pratica. O país precisa encarar verdadeiramente essa agenda”, declarou Armando Monteiro.

Tanto o ex-ministro quanto Aragão reforçaram a importância da estabilidade institucional e da recuperação do pragmatismo diplomático, sendo essas condições indispensáveis para o crescimento sustentável da indústria e, consequentemente, do país.

Aragão destacou que o Brasil vive em um estado quase permanente de crise desde 2013. “O Brasil tem vivido crises em série: fiscal, inflacionária, política e judicial”, disse. ”Entramos em um ciclo de rupturas e instabilidades que se prolonga até hoje. A pandemia gerou um impacto fiscal enorme, trouxe ainda mais populismo à política e intensificou a judicialização, algo que já vinha se desenhando. Esse conjunto de fatores se soma à tomada pelo Congresso de maior fatia do orçamento, que reduziu o espaço de decisão do Presidente da República”.

Sobre a atuação do Congresso, Aragão destacou a perda de protagonismo do chamado Centrão, que historicamente sempre funcionou como freio a agendas radicais, dos dois espectros políticos brasileiros. “A polarização recente rachou essa articulação”, avaliou.

“O Brasil foi jogado na arena da geopolítica e vai ter que se virar nesse novo jogo”, disse Aragão. “O interesse nacional deve ser o grande vetor”, finalizou, acrescentando que a falta de diálogo com os Estados Unidos e a ausência de presença em espaços de lobby internacional enfraquecem a posição do Brasil.

Aço Brasil <sistemas@comuniquese2.com.br>

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