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GWM Brasil acaba de inaugurar oficialmente sua fábrica em Iracemápolis

A primeira unidade produtiva da marca nas Américas e no Hemisfério Sul, e a terceira fora da China com base completa de produção


Durante a cerimônia, montadora anuncia a criação do primeiro Centro de P&D da GWM na América Latina. Planta já conta com 600 trabalhadores e até o fim do ano serão mais de mil empregos diretos, Fábrica trabalha hoje com 18 fornecedores brasileiros, que participam da produção dos modelos que já começaram a ser fabricados: Haval H6, Haval H9 e Poer P30.

A GWM Brasil acaba de inaugurar oficialmente sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, a primeira unidade produtiva da marca nas Américas e no Hemisfério Sul, e a terceira fora da China com base completa de produção — as outras estão localizadas na Rússia e na Tailândia.

O evento de inauguração contou com a presença do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, Márcio França, entre outras autoridades.

Pela autotech, participaram Mu Feng, CEO da GWM global, e Parker Shi, presidente da GWM International, vindos da China especialmente para a cerimônia, além de Andy Zhang, presidente da GWM Brasil & México. Da GWM Brasil, estavam presentes os executivos Diego Fernandes (COO), Marcio Alfonso, diretor de Produção e Ricardo Bastos diretor de Assuntos Institucionais.

Primeiro veículo GWM produzido no Brasil — A fábrica de Iracemápolis inicia sua operação com três modelos confirmados: o SUV híbrido Haval H6 (disponível nas quatro versões que já são vendidas hoje), a picape média Poer P30 e o SUV de 7 lugares Haval H9 (ambos com uma versão cada e equipados com motorização turbodiesel).

Durante a solenidade, o presidente Lula fez questão de finalizar a produção do primeiro veículo fabricado pela GWM no Brasil, um Haval H6 GT branco, com a colocação do adesivo de “fabricado no Brasil”. Ao final do processo, posou para fotos com os trabalhadores da linha de montagem.

Com área total de 1,2 milhão de metros quadrados e área construída de 94 mil metros quadrados, a unidade da GWM no Brasil possui hoje capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. A estrutura conta com área de soldagem, linha de pintura robotizada, linha de montagem, sistemas de fornecimento de energia e equipamentos, além de uma cadeia de suprimentos e logística integrada.

— O Brasil é estratégico para a GWM. Com esta fábrica, não estamos apenas produzindo carros, mas também gerando empregos de qualidade no País e desenvolvendo tecnologia e inovação para todo o continente — afirmou Mu Feng, CEO da GWM global.

A unidade de Iracemápolis conta atualmente com 600 trabalhadores e deve gerar até o final do ano cerca de mil empregos diretos, alcançando no futuro mais de duas mil vagas, quando iniciar o processo de exportação de veículos para a América Latina.

Anúncio do primeiro Centro de P&D da GWM na América do Sul — Durante a cerimônia de inauguração, a autotech anunciou também a criação do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da GWM na América do Sul. O centro contará com mais de 60 técnicos e engenheiros atuando no desenvolvimento e nos testes de produtos locais, com foco em tecnologia flex e na adaptação de veículos globais às condições de rodagem brasileiras e às preferências do consumidor. O time continuará crescendo nos próximos anos, em paralelo ao avanço da construção dos novos prédios do complexo. O novo centro será construído no terreno ao lado da fábrica de Iracemápolis e terá 15 mil metros quadrados de área total, sendo quatro mil metros quadrados de área construída.

O novo centro contará com uma estrutura técnica de ponta, com laboratórios de última geração para desenvolvimento de sistemas híbridos e elétricos, combustíveis de nova geração e inteligência artificial, com o objetivo de oferecer veículos cada vez mais sustentáveis e tecnologicamente avançados, desenvolvidos com foco na eficiência energética, descarbonização e sobretudo para atender às demandas dos usuários brasileiros— explicou Parker Shi.

Além da infraestrutura física, a GWM está estabelecendo parcerias tecnológicas com institutos de pesquisa e cooperando com universidades brasileiras para o desenvolvimento de novas tecnologias e formação de profissionais de nível técnico até doutores.

Investimento bilionário, fornecedores e conteúdo local — O investimento total da GWM no Brasil chegará a R$ 10 bilhões em dez anos. Esse montante é composto por uma primeira fase de investimento, de R$ 4 bilhões, que vai até 2026, que inclui o lançamento da marca no País e reativação e ampliação da fábrica de Iracemápolis. Na segunda fase, a empresa investirá mais R$ 6 bilhões — entre 2027 e 2032 —, impulsionando ainda mais a criação de empregos, a nacionalização de peças e o desenvolvimento de novos produtos.

A operação brasileira seguirá o sistema peça por peça (part by part), um processo mais complexo que o SKD e o CKD tradicional, que conta com conteúdo nacional já no primeiro ano, incluindo pintura para 100% dos veículos produzidos no País e incorporação de componentes de fornecedores nacionais.

Atualmente, a GWM Brasil tem mais de 110 empresas cadastradas interessadas em fornecer componentes, das quais 18 já são fornecedores que estão participando da produção e desenvolvimento dos primeiros veículos, caso de empresas como Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear.

A GWM Brasil já está inscrita no programa MOVER, política federal de estímulo ao setor automotivo, que promove incentivos fiscais para montadoras que investem em produção nacional e Pesquisa & Desenvolvimento.

— Queremos que o Brasil seja nossa base para crescer na América Latina, com produtos pensados para o consumidor local e com o melhor da tecnologia global— reforça Mu Feng.

Tecnologias e inovações apresentadas — No evento de inauguração da fábrica, a autotech preparou para os convidados uma área com todas as tecnologias multienergia da GWM, que exibiu todos os veículos da marca e novidades como o primeiro caminhão movido a hidrogênio da GWM, a maquete do barco a hidrogênio — que será apresentado na COP30 em novembro em Belém (PA) —, e a nova moto tecnológica de oito cilindros da GWM, a SOUO S2000 GL, que faz sua primeira aparição pública no Brasil.

Produzido pela GWM Hydrogen powered by FTXT, o caminhão marca o início de uma nova etapa nos esforços da autotech para avançar em soluções de transporte pesado com emissão zero.

A FTXT é a subsidiária da GWM na China responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de célula a combustível e componentes para que utilizam o hidrogênio. Fora do país asiático, ela adota a marca GWM Hydrogen, reforçando o posicionamento global da empresa nesse segmento.

Certificação inédita — A GWM Brasil já recebeu a Certificação ISO 9001:2015 para sua fábrica de Iracemápolis, sem nenhuma não-conformidade identificada durante a auditoria. É a primeira vez que uma montadora de veículos no Brasil obtém essa certificação antes de iniciar a produção – feito que reforça o planejamento e a robustez da operação local.

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