Novo ciclo de investimentos da Volvo América Latina para a região já está em negociação
Automotive Business -
Montadora coloca R$ 1,5 bilhão na região até 2025 e espera aumentar os valores no próximo plano de aportes
O novo ciclo de investimentos da Volvo América Latina para a região já está em negociação. Segundo o presidente da montadora, Wilson Lirmann, os aportes em curso desde 2023, de R$ 1,5 bilhão, serão desembolsados até 2025 e a companhia já negocia com a matriz os novos recursos.
“Negociamos a todo tempo e a tendência para o próximo ciclo é que os recursos sejam maiores do que o ciclo atual, que já foi um valor recorde para a região”, disse Lirmann.
Segundo ele, no novo ciclo de investimentos a Volvo deve contemplar projetos para as novas tecnologias de mobilidade, como motores elétricos, célula de hidrogênio e motores de combustão interna com combustíveis menos poluentes.
O executivo ressaltou que os recursos que estão em curso no ciclo atual já contemplam projetos em eletrificação e adequação da fábrica. A Volvo já investe R$ 250 milhões para montar uma linha de montagem de chassi de ônibus elétrico na fábrica da montadora em Curitiba (PR). A previsão é que a produção comece até 2025.
Os recursos são aplicados também em fornecedores locais para desenvolver e produzir os ônibus elétricos no Brasil.
Testes do ônibus elétrico da Volvo
A Volvo, inclusive, já realizou demonstrações do modelo BZL Elétrico em Curitiba (PR) e iniciou testes também em São Paulo (SP). Os veículos foram adaptados de acordo com as especificações de transporte de cada cidade. Em Curitiba, por exemplo, o modelo pode transportar até 90 passageiros e tem autonomia de 300 quilômetros.
Segundo o presidente da Volvo Buses Latin America, André Marques, com o fim dos testes em Curitiba, o gestor do transporte público da cidade já está mapeando as linhas em que há infraestrutura de distribuição de energia para começar a operar os ônibus elétricos.
“Em Curitiba, está em análise quanto da frota atual pode ser elétrica, levando em conta a infraestrutura de carregamento”, disse Marques.
A meta na capital paranaense é reduzir em 30% as emissões de CO2 até 2030 e, para isso, a Urbs, empresa que gerencia o sistema de transporte público de Curitiba, vai operar de 300 a 400 ônibus com tecnologias verdes, sejam eles elétricos, híbridos ou a gás.
Já na cidade de São Paulo, o plano de compra de mais de 2,5 mil ônibus elétricos pelas operadoras está parado em função da falta de infraestrutura de carregamento. Hoje, estão em operação somente 74 veículos.
"É um aspecto que estamos conversando, buscando parcerias para trazer uma solução completa ao operador", afirmou o executivo.
Venda de 700 chassis de ônibus em 2023
No ano passado, a Volvo entregou 700 chassis de ônibus no país, evolução de 6,4% na comparação com o período anterior. No segmento de rodoviários, cresceu 60% nos licenciamentos.
Segundo a Volvo, além do Brasil, que representou 55% das vendas na América Latina, outros destaques na região foram o Chile e Peru, que, juntos, participaram em 30% das 1.275 entregas de ônibus da fabricante sueca na região.