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BorgWarner deverá encerrar o ano com um volume de produção de turboscompressores 18% maior

Fabricante projeta demanda crescente com a chegada de lançamentos de veículos com motores turbo flex


Bruno de Oliveira

A BorgWarner deverá encerrar o ano com um volume de produção de turboscompressores 18% maior do que aquele registrado no ano passado. Um recorde, segundo a empresa, que apresentou o resultado da operação na sexta-feira, 24.

O crescimento se explica pelo aumento de automóveis com motor turbo na oferta das montadoras instaladas no Brasil. No segmento turbo flex, a BorgWarner detém 50% do mercado nacional, que também é explorado por concorrentes como a Garret e a Mitsubishi.

Se há dez anos a empresa iniciava suas operações na esteira do motor turbo TSI, da Volkswagen, hoje a companhia atende não apenas às demandas por turbos da montadora alemã de veículos leves, como também parte da oferta da Stellantis no país, maior fabricante em termos de volume e marketshare.

Com a chegada de novos modelos turbo, disse o diretor geral Wilson Lentini, a tendência é a de que o volume de produção da empresa aumente ainda mais, o que poderá elevar a capacidade produtiva da fábrica de Itatiba (SP), onde são produzidos os turboscompressores.

Estudo de expansão na fábrica de Itatiba

O assunto, inclusive, já é estudado pela companhia, mas ainda não há nada fechado com a casa matriz da empresa, que está em Auburn Hills, região metropolitana de Detroit, nos Estados Unidos.

Este crescimento de produção na operação brasileira da Borgwarner aumenta ainda mais a relevância da filial no contexto global da fabricante.

Isso porque a geração de receita no país com negócios ligados ao motor a combustão viabiliza, por meio de recursos, que a empresa consiga avançar no desenvolvimento de produtos para o mercado de veículos elétricos.

Segundo Melissa Mattedi, diretora financeira da Borgwarner, o desempenho positivo da operação local também inseriu a fábrica de Itatiba na rota de investimentos da matriz.

Esses investimemtos previstos -- mas ainda não revelados -- poderão custear o desenvolvimento e a produção local de turbocompressores para veículos equipados com powertrain híbrido.

Mas não só de turbos vive a operação da Borgwarner na América do Sul. As coisas também andam muito bem, obrigado, na outra fábrica da empresa no país.

Em Piracicaba (SP), onde a empresa já monta sistemas de baterias para equipar ônibus urbanos elétricos da Mercedes-Benz, também será realizada a produção de sistemas de gerenciamento de baterias (BMS) para o mercado externo.

“Com essa demanda adicional, a planta de Piracicaba encerrará 2024 com duas linhas de produção do BMS e ampliará em cerca de três vezes o volume de produção atual do componente”, contou Marcelo Rezende, diretor da unidade.

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