Inflação alta e desafios logísiticos provocados pelo conflito Rússia-Ucrânia ainda refletem na operação global da ZF. Ainda assim, a empresa conseguiu aumentar sua receita em 10% no primeiro semestre, na comparação com aquela registrada no ano passado, somando € 23,3 bilhões.

Também houve aumento do lucro líquido no período. Segundo balanço da companhia, divulgado na quarta-feira, 2, os ganhos chegaram a € 941 milhões até o fim de junho, o que representa aumento de 10% sobre o lucro obtido em igual período em 2022.

A empresa informou em seu balanço do primeiro semestre que os resultados registrados no período a levaram a manter a projeção de faturamento para o ano, cerca de € 45 bilhões. A metade já foi alcançada.

Desafios da ZF para alcançar projeções de faturamento

A ZF reconhece que não será fácil alcançar a meta, apontando em seu balanço que à frente se encontram meses difíceis. São vistos como entraves às suas pretensões a queda no volume global de vendas de automóveis, bem como um estoque e componentes considerado alto em seus domínios.

"Atingiremos nossas metas anuais reduzindo ainda mais nossos custos, mitigando os efeitos inflacionários por meio de negociações cooperativas com clientes e otimizando nossos estoques", disse, em comunicado, o CFO Michael Frick.

Sobre a redução de custos, a empresa tem encaminhada uma reestruturação dos seus negócios. À sua divisão de chassis foram integradas novas áreas. Estão agora sob o mesmo guarda-chuva o desenvolvimento de hardware, software e eletrônica embarcada.

A nova divisão será lançada em 1º de janeiro de 2024 e será dirigida por Peter Holdmann.

Afora a reorganização em chassis, a empresa também deve cortar custos e sair do negócio de veículos autônomos compactos de transporte, também chamados de shutter. A ZF pretende fazer desta divisão um negócio independente no futuro.