Setor de construção civil trabalha focado em redução de custos e maior qualidade
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Oxigênio e nitrogênio aumentam a produção e os lucros, além de melhorar a eficiência e a segurança para o setor
Segundo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.684,45 em janeiro de 2023, sendo R$ 1.000,94 relativos aos materiais e R$ 683,51 à mão de obra. O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,31% em janeiro, um aumento de 0,23 ponto percentual em relação a dezembro de 2022. Nos últimos 12 meses, o acumulado foi de 10,45%, resultado próximo dos 10,90% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em janeiro do ano passado, o índice foi 0,72%.
De olho no mercado, o setor de construção civil trabalha focado em redução de custos e maior qualidade. A tecnologia tem sido uma grande aliada para que o crescimento da construção civil se mantenha e a lucratividade também. As indústrias de cimento e cal são um exemplo e têm investido fortemente em soluções para melhorar suas operações, como com a utilização de gases industriais, para melhorar a produção, a eficiência e a segurança, reduzindo também as emissões.
A Air Products Brasil, multinacional especializada em gases industriais, tem trabalhado no desenvolvimento de soluções focadas para esse mercado. “Ao adicionar oxigênio ou nitrogênio nos processos de fabricação de cimento, é possível aumentar a produção, reduzir gastos com combustíveis e melhorar a segurança. O enriquecimento do ar de combustão com oxigênio reduz as emissões nessas operações, aumenta a produção e possibilita o uso de maior quantidade de combustíveis alternativos. Já o nitrogênio gasoso oferece mais segurança nos silos, pois previne incêndios e explosões. Além disso, o nitrogênio líquido pode ser usado para resfriar mais rapidamente o concreto feito do cimento, melhorando a qualidade e trazendo redução de custos para a obra”, explica Fábio Mimessi, Engenheiro de Aplicações Especialista da Air Products Brasil.
Ele esclarece que a aplicação do oxigênio pela indústria de cimento ocorre no estágio inicial, quando a matéria-prima, composta de calcário, argila e outros materiais, é misturada lentamente a altas temperaturas (em torno de 1.450 ºC). “Para isso são utilizados grandes fornos rotativos com queimadores e câmaras de pré-calcinação, que queimam combustíveis na presença de ar, composto majoritariamente por nitrogênio e por apenas 21% de oxigênio, o elemento comburente”, conta.
Segundo Mimessi, o segredo para a maior produtividade desse processo é, portanto, a adição de oxigênio puro ao ar de combustão, elemento que aumenta a temperatura da chama da combustão e também possibilita queimar maiores quantidades de combustíveis alternativos, como pneus e blends, em substituição ao coque (carvão mineral), gerando redução de custos com combustíveis.
“Quando aumentamos a concentração de oxigênio nos processos de combustão, a temperatura da chama se eleva, o que gera mais calor e possibilita o aumento da produção. A maior porcentagem de oxigênio no ar de combustão possibilita também a maior queima de combustíveis com menor poder calorífico, como resíduos descartados por outras empresas, que iriam parar em aterros. Com a utilização de ar enriquecido há um ganho de mais de 100% na quantidade de combustíveis alternativos queimados, em substituição ao coque, combustível não-renovável, o que torna a operação mais benéfica ao meio ambiente”, explica.
Outro gás muito usado na produção de cimento, por razões de segurança, é o nitrogênio, diretamente aplicado nos silos em que o coque é armazenado. “Por se tratar de um produto combustível e que gera grande quantidade de particulados (poeira de carvão), os silos de carvão são atmosferas explosivas, com altos riscos de incêndios e explosões. Assim, o processo de inertização ou blanketing de silos de carvão aplicado pela Air Products consiste em trocar o ar que está no silo, que gera atmosfera explosiva devido à presença de oxigênio, por uma atmosfera de nitrogênio gasoso, gás inerte que não reage, nem queima e evita incêndios e explosões”, afirma.
Além de manter a segurança na fabricação do cimento, o nitrogênio é usado para o resfriamento rápido do concreto, em obras de médio e grande porte, para que atinja rapidamente uma temperatura entre 15 ºC e 25 ºC, a fim de evitar trincas e fissuras na produção. O resfriamento é feito por meio de injeção de nitrogênio líquido à temperatura de -196 ºC, no caminhão-betoneira ou na esteira de alimentação, que vai do silo até o caminhão.
“Por ter uma temperatura tão baixa, o nitrogênio líquido resfria o concreto muito mais rápido, reduzindo em mais de 50% o tempo de preparação e gerando economia para a empreiteira. Em locais com temperatura ambiente acima de 30º a 32º C, o ganho é ainda mais notável, já que é muito difícil ou quase impossível se fazer o resfriamento adequado com gelo ou água gelada, devido às limitações destes produtos em termos de capacidade de resfriamento. Nestes casos, o uso de nitrogênio líquido é a melhor maneira de se conseguir baixas temperaturas no concreto em pouco tempo e com viabilidade econômica”, conclui Mimessi.
Para saber mais sobre as soluções para cimento ou cal: https://www.airproducts.com.br/industries/cement-and-lime
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