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Suíça desenvolve usina elétrica subterrânea

País investiu mais de US$ 2 bilhões no projeto, que funciona como uma "bateria gigante" e pode se tornar uma das usinas reversíveis mais importantes


A Suíça desenvolveu uma usina elétrica subterrânea com capacidade para armazenar eletricidade suficiente para carregar 400 mil baterias de carros elétricos ao mesmo tempo. De acordo com os desenvolvedores, a instalação funciona como uma espécie de bateria gigante e tem capacidade para se tornar uma das usinas reversíveis mais importantes da Europa.

São seis turbinas em uma caverna com 600 metros de profundidade entre os reservatórios de Emosson e Vieux Emosson. Durante o pico de demanda, a fábrica de Nant de Drance produz eletricidade a partir de energia hidroelétrica. Caso exceda a demanda, a usina armazena a eletricidade excedente bombeando água para um reservatório mais alto.

"A quantidade de energia que pode ser armazenada na instalação é simplesmente gigantesca, cerca de 20 gigawatts-hora. Isso significa que, com um tanque cheio no Vieux Emosson, você pode recarregar 400 mil baterias de carros elétricos simultaneamente", garantiu o diretor Alain Sauthier, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Usina de baterias suíça teve aporte bilionário

Para a construção da fábrica de Nant de Drance foram investidos cerca de 2,2 bilhões de francos suíços, o que corresponde a 2,30 bilhões de dólares americanos na cotação de 5/8.

A usina gigante de baterias fica em em Valais, região montanhosa ao sul da Suíça, e levou 14 anos para ser concluída. Em operação desde julho, o lançamento oficial está previsto para setembro.

Solução em meio a apagões na Europa

Segundo o diretor Alan Sauthier, a instalação representa um importante passo para o continente europeu em meio aos apagões regionais ocorridos, sobretudo na Suíça. O país teme que a crise de energia na Europa leve a cortes de energia no inverno.

"Eu diria que não é apenas importante para a Suíça, é também uma fábrica importante a nível europeu porque contribuirá para a estabilidade da rede na Europa e para a segurança do abastecimento no continente."

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