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Bosch Rexroth Comemora 50 Anos No Brasil

Na década de 1960, o Brasil passava por um amplo programa governamental de industrialização atraindo diversas empresas multinacionais, principalmente montadoras, que se instalaram no país trazendo tecnologias modernas de produção


Na década de 1960, o Brasil passava por um amplo programa governamental de industrialização atraindo diversas empresas multinacionais, principalmente montadoras, que se instalaram no país trazendo tecnologias modernas de produção. De olho nesse nicho de mercado a Rexroth instalou-se no mercado brasileiro em 1964, em um escritório de vendas, no Centro de São Paulo. O processo de internacionalização da companhia marcava a consolidação do projeto que nasceu em 1795, quando Georg Ludwig Rexroth abriu uma oficina de fundição e forja de metais na região de Spessart. Durante os cem anos seguintes, a empresa firmou-se como uma importante metalúrgica, e em 1952 a família Rexroth começou a fabricar componentes hidráulicos para a indústria.
Em 1967, veio a primeira expansão da empresa e início da fabricação em solo brasileiro na cidade de Diadema, fabricando inicialmente válvulas, cilindros e unidades hidráulicas. A filial brasileira foi a primeira subsidiária fora da Europa e a pioneira nas Américas, nasceu justamente quando o ramo hidráulico tornava-se a principal atividade da Rexroth. Em 1972, a multinacional inaugurou no Brasil sua fábrica em planta própria, também em Diadema, onde passou a produzir muitos dos componentes vendidos pela companhia no mundo. A unidade de Diadema abriu as portas em um momento estratégico.
Em janeiro de 1974, com o crescimento constante das operações brasileiras, chegou ao Brasil o homem que consolidou a Rexroth no país. Rudolf Bracht ficou 20 anos à frente da companhia e foi o grande responsável por fazer dela uma peça fundamental na industrialização nacional. "Nessa época a economia brasileira estava em plena expansão. O primeiro desafio foi a fabricação nacional para substituir as importações. E assim investimos maciçamente na nossa capacidade fabril", conta Bracht. O desafio foi superado. A empresa forneceu sistemas hidráulicos para quase todos os projetos de expansão da siderurgia previstos no Terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento, lançado pelo regime militar em 1979, o que mostra que a Rexroth havia se tornado uma importante referência entre clientes de peso. Isso só foi possível graças a uma equipe comprometida com a busca das melhores soluções para os clientes, como lembra Bracht. Ao se consolidar no Brasil, a Rexroth utilizou o país como base para iniciar sua expansão na América do Sul. Em 1972 a empresa inaugurou uma regional na Argentina e, em 1978, foi fundada uma subsidiária na Venezuela.
Diversificando as atividades: Ao longo das décadas a empresa adotou uma forte política de expansão e aquisições, assumindo o controle de outras companhias germânicas de diferentes ramos de atividade, como a Indramat (especializada em controles elétricos e servomotores), a Lohmann und Stolferhot (que produzia redutores, engrenagens e acoplamentos) e a Deutsche Star (especializada em tecnologias de movimentação linear). Com a aquisição da norteamericana Wabco, a Rexroth criou uma divisão especializada em pneumática. Com a entrada nesses novos segmentos, a empresa firmou-se como uma fornecedora de tecnologia de ponta, investindo na área de automação e reorganizando-se em quatro unidades tecnológicas: Hidráulica Industrial e Mobil, Tecnologias de Acionamento Linear e de Montagem, Pneumática e Acionamentos Elétricos e Controles.
Uma nova era no Brasil: A empresa também passou por mudanças a partir do início da década de 80, quando o fortalecimento do movimento sindical na Região Metropolitana de São Paulo atingiu em cheio a Rexroth. "Nessa época começou a CUT [Central Única dos Trabalhadores] e tivemos muitas greves.
Um mês por ano eles paravam nossa fábrica. Um mês por ano paravam a fábrica dos nossos clientes. Um mês por ano paravam a fábrica dos nossos fornecedores. Trabalhar só nove meses por ano não era viável", afirma Bracht. Por conta disso, em 1989 parte das atividades foi transferida de volta para a Alemanha. Neste mesmo ano a empresa teve sua sede transferida de Diadema para o município de Atibaia, no interior de São Paulo. Nessa nova etapa, a empresa voltou a participar de um novo ciclo de crescimento da economia brasileira, fornecendo componentes e sistemas para três grandes áreas: aplicações industriais (máquinas e engenharia de equipamentos e automação fabril), aplicações mobil (máquinas agrícolas, de construção civil e de transporte rodoviário) e energias renováveis. Assim, ampliou o portfólio de tecnologias de ponta fornecidas para setores que impulsionaram a expansão do país nos primeiros anos do século 21 e despontam como cruciais para o desenvolvimento do país nas próximas décadas.
Em meio à aceleração econômica, a fábrica de Pomerode foi ampliada e reinaugurada em 2006. Ao mesmo tempo, a Rexroth deu início a uma segunda fase de expansão na América do Sul, inaugurando regionais na Colômbia e no Chile em 2011, e no Peru em 2013. Hoje, com dez regionais de vendas nas principais capitais brasileiras, 70 distribuidores em 17 estados e 800 colaboradores, a Bosch Rexroth comemora dois aniversários no Brasil: os 50 anos de sua chegada ao país e os 25 anos da unidade fabril modelo de Pomerode/SC.

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