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Medição de odores nas indústrias e seu impacto na vizinhança ajuda avaliar melhores soluções de controle

Mais rigor no controle das emissões de gases tóxicos, medição das emissões de odores nas indústrias e busca por soluções sustentáveis para mitigar odores e mau-cheiro, que causam efeitos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente


Medição de odores nas indústrias e seu impacto na vizinhança ajuda avaliar melhores soluções de controle

Mais rigor no controle das emissões de gases tóxicos, medição das emissões de odores nas indústrias e busca por soluções sustentáveis para mitigar odores e mau-cheiro, que causam efeitos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente, são ações estratégicas para aplacar esta grande fonte poluidora. 
O controle de emissão de odor nas indústrias é uma tarefa desafiadora. “Pequenas concentrações de determinadas substâncias podem causar incômodos significativos à população” – dizem os técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A sensibilidade ao odor é variável. “O controle adequado das emissões na planta industrial é complexo, mas evita reclamações da comunidade do entorno” – afirmam. 
No início deste século, a preocupação estava direcionada para a qualidade das águas e efluentes. “Com a aprovação do Novo Marco Regulatório e a definição da universalização do saneamento até 2033, a sociedade civil está voltando seus olhos para o controle de odores” – analisa Francisco Oliver, diretor técnico industrial da Fluid Feeder.
A emissão de odor não é um parâmetro regulado em quase a totalidade dos países. “O que é regulada é a percepção de odor, medida pela concentração de odor na vizinhança. É importante reduzir o incômodo de odor percebido pela vizinhança. Uma vez obtido, diminuem as reclamações para o órgão ambiental e as autuações e as penalidades” – explica Yanko Guimarães, sócio-diretor da Odournet Brasil.
Com base nos resultados de medição de odor e de seu impacto na vizinhança, pode-se avaliar as rotas tecnológicas de controle de odor para cada caso. “Estas rotas podem ser desde as mais simples, por exemplo, alteração da altura de chaminés e de sua geometria, passando por outras de complexidade e custo crescentes, como lavadores de gases, biofiltros, oxidação química dos compostos e oxidação térmica” – ressalta Guimarães.
O incômodo de odor é causado por dois fatores principais:
• A emissão da fonte; e
• A dispersão desta emissão até o potencial receptor, a vizinhança. 
Fonte: Odournet.

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Planta fabril
A Cetesb é responsável pela fiscalização, monitoramento e licenciamento das fontes poluidoras do Estado de São Paulo. “A Companhia segue normas para monitorar as emissões de poluentes, mas não há métodos analíticos para monitorar o odor” – afirmam os técnicos da Cetesb.
Para o controle de odores nas indústrias, é exigido que não haja incômodos perceptíveis além dos limites da empresa. “O acompanhamento é realizado pelos agentes credenciados da Cetesb, que fiscalizam as empresas, vistoriam regularmente a planta industrial e atendem a eventuais reclamações da comunidade local” – salientam.

Emissões
A Fluid Feeder menciona que os sistemas de monitoramento de gases/odores atendem desde:
• Gases tóxicos, como cloro (Cl2), sulfeto de hidrogênio (H2S), amônia (NH3), dióxido de enxofre (SO2); 
• Gases combustíveis, como metano, propano, etanol etc.; 
• Até gases voláteis, caso dos Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) e Óxidos de Azoto (NOx). 
Além de substâncias conhecidas, como o dióxido de carbono (CO2) e material particulado (MP10), outros diversos gases estão entre os principais poluentes do ar, com forte caracterização pelo mau-cheiro, como o dióxido de enxofre (SO2) e o gás sulfídrico (H2S).

Estudos e técnicas
Existem opções tecnológicas para o controle de emissões de cada poluente. “As indústrias são responsáveis pelo estudo ambiental e a implantação das melhores técnicas e práticas aplicadas à sua realidade” – relatam os técnicos da Cetesb.
A Odournet apresenta abaixo cada uma das técnicas de medição de odores que tem seus méritos e limitações e devem ser avaliadas caso a caso para sua aplicação específica:
Técnicas analíticas: quantificam os odores dos seus compostos químicos específicos, como analisadores de gás, cromatografia gasosa e espectroscopia de massa etc.
Técnicas sensoriais: avaliam a resposta fisiológica a determinada mistura de odores, como intensidade, tom hedônico (agradabilidade) e concentração, e utilizam painéis humanos para avaliações de campo ou laboratório.

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A tabela acima mostra breve explicação de cada uma delas e sua aplicação.

Diretrizes atuais
As diretrizes atuais intensificam as restrições nas emissões por meio de monitoramento contínuo, maior transparência de dados e participação comunitária nos processos decisórios. “Esse cenário exige investimentos expressivos em inovação tecnológica, modernização processual e sistemas de gestão ambiental mais eficientes. Certificações voluntárias e relatórios de sustentabilidade tornaram-se instrumentos essenciais na gestão empresarial” – avalia Henrique Sonobe, especialista em aplicações químicas para águas residuais da Veolia Water Technologies (VWT).
A legislação brasileira aponta a emissão de odores como um dos grandes formadores de poluição ambiental. “Fazer tratamento e neutralização dos odores, recomendados por regramentos ambientais e políticas de preservação, é uma necessidade para as empresas” – adverte Marcelo Spaziani, CEO da Dux Grupo.
“No Brasil, a legislação relativa a odor é muito vaga e pouco objetiva e não apresenta limites quantitativos para sua aplicação” – menciona Guimarães, da Odournet Brasil. Segundo ele, em outros países, principalmente da Europa, Austrália e mais recente na América Latina, como Colômbia, há limites estabelecidos, dependendo da concentração de odor, sua ofensividade, tipo de indústria, idade da indústria etc. 
As medidas de concentração de odor são feitas conforme a norma europeia EN 13725, complementadas pela medição de intensidade de odor e seu tom hedônico (agradabilidade) pela norma VDI 3882, seguindo os procedimentos de medição nas fontes de emissão e modelagem de dispersão atmosférica.

Transformação
Como as medições se transformaram ao longo dos anos. “Até os anos 2000, as medições eram esporádicas e imprecisas, o controle de odores era reativo, tínhamos tecnologias básicas de tratamento e o investimento em soluções ambientais era baixo. De lá até 2024, o monitoramento era contínuo e automatizado, contávamos com sistemas preventivos de controle, tecnologias avançadas de tratamento, investimentos significativos em sustentabilidade e redução nas emissões” – comenta Daniela Nascimento, gerente de projetos industriais para águas na Veolia Brasil.
A partir de 2025, o cenário conecta avanços de diversos setores. “Veremos cada vez mais sistemas preditivos com Inteligência Artificial, integração total de dados em tempo real, tecnologias net-zero emission, ESG como pilar estratégico e benefícios evolutivos, como redução em multas ambientais, aumento na eficiência operacional, melhoria na imagem corporativa e acesso a financiamentos verdes. Para sustentabilidade, maior foco em economia circular, carbono neutro, certificações internacionais e maior competitividade global” – prevê Daniela Nascimento.

Detecção moderna
Nos últimos anos, foram desenvolvidos multissensores de gases que detectam ampla gama de substâncias gasosas orgânicas e inorgânicas, incluindo poluentes químicos. “Os sensores eletrônicos (e-nose) mais recentes utilizam matrizes de sensores químicos combinados com algoritmos de reconhecimento de padrões capazes de detectar concentrações muito baixas de compostos odoríferos” — cita Henrique Sonobe, da Veolia (VWT).
Sonobe cita ainda que instrumentos portáteis medem sulfeto de hidrogênio, amônia e compostos orgânicos voláteis — substâncias químicas presentes em diversos tipos de materiais sintéticos ou naturais. Por possuírem alta pressão de vapor sob condições normais, volatilizam facilmente em contato com o ar e entram na atmosfera. Já nos laboratórios, o que há de mais moderno, segundo ele, é a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa, conhecida como GC-MS, que identifica e quantifica de modo preciso os compostos químicos.
No Grupo Veolia, Daniela diz que a gestão moderna de odores em efluentes industriais combina tecnologias avançadas de medição e controle: 
Sensores IoT wireless — Com transmissão instantânea de dados de múltiplos pontos de monitoramento para centrais de controle; 
Espectroscopia de massa portátil — Análise química precisa dos compostos no local, identificando fontes específicas; 
Drones com sensores multiparamétricos — Mapeamento aéreo de emissões em áreas extensas ou de difícil acesso, entre outros. 
Modelagem 3D — Simulação da dispersão de odores, considerando condições meteorológicas e topográficas.
A Dux Grupo atua com neutralização de gases e odores nas indústrias dos mercados brasileiro e da América Latina. Para medição, o Nebulux Monitorar monitora contínuo gases por sucção e ajusta automático a dosagem de neutralizantes conforme a concentração real dos gases emitidos. Essa automação eleva o desempenho, reduz desperdícios e oferece precisão nas medições.

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Precisão
Comunicação via rádio RF e celular para alarme e tomada de decisão são muito usadas na medição das emissões de odores nas indústrias. “Por comunicação direta, sem controladores intermediários, informa os dados do processo online para que sejam interpretados em tempo real” – discorre Oliver, da Fluid Feeder.

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Os instrumentos de campo monitoram as emissões de odores em tempo real. “Geram alertas e relatórios, reduzem tempo de resposta a eventos e fornecem melhor compreensão das fontes de odor” – diz Sonobe, da Veolia (VWT). 
As tecnologias digitais trazem resultados significativos para a questão do odor. “As plataformas Cloud Analytics processam grandes volumes de dados, identificando padrões e tendências com precisão de 90%; Inteligência Artificial e Machine Learning preveem eventos de odor com antecedência de até 48 horas para tomada de ações preventivas; Apps Mobile para Monitoramento facilitam reportes em tempo real e gestão remota, aumentando a eficiência operacional em 60%” – destaca Daniela, da Veolia Brasil. 
O app gratuito MonitorAR Odor, da Dux, transforma a percepção da comunidade em dados estruturados para as empresas. A população reporta os odores percebidos nas cidades pela plataforma, que formaliza o registro com a localização e cruza a informação com dados precisos, como direção e velocidade do vento, temperatura, pressão, umidade, tipo de odor e intensidade. Por meio de dashboard completo, as indústrias conseguem criar um mapeamento eficiente e avaliar impactos de suas emissões nas regiões de entorno de suas plantas produtivas. Hoje, as áreas de operações e meio ambiente das empresas utilizam grupos de WhatsApp para buscar informações e feedbacks sobre a percepção de odores, que são quase sempre incipientes e pouco técnicas.

Interações
Segundo o diretor da Odournet, embora as medições com sensores que avaliam o odor emitido e/ou o odor que chega à vizinhança tenham mérito de dar respostas rápidas às indústrias, a correlação direta com o incômodo de odor não é simples de ser alcançada. “Estes sensores avaliam limitado número de compostos químicos das emissões e, em boa parte dos casos, o odor percebido não tem relação com os compostos medidos e sua interação com nosso sistema olfativo e os resultados têm alcance limitado” – explica Guimarães.
“O odor de uma mistura de gases não é o odor de seus componentes individuais devido às diversas interações entre odores dos compostos presentes e nosso sistema olfativo” – diferencia. Segundo Guimarães, uma maneira de contornar esta limitação é correlacionar as medições dos sensores (análise química) com medições olfatométricas (sensoriais) para encontrar um padrão entre estes dois métodos.

Periodicidade
Periodicidade das medições e gestão de riscos. “As medições são feitas 24 horas por dia, 7 dias por semana. A gestão de riscos é realizada pelo Software as a Service (SaaS), Blue Edge, da Badger Meter, proprietária do software” – diz Oliver, da Fluid Feeder. 
O ideal é monitorar 24/7. “É importante monitorar as emissões de gases dos principais compostos químicos odoríferos, direção e velocidade do vento, temperatura e umidade relativa, pressão atmosférica, registros de reclamações e condições operacionais do processo. Com essas informações, um evento é rapidamente identificado e as ações de contenção prontamente iniciadas” – orienta Sonobe. 
A periodicidade das medições de odores em efluentes industriais segue protocolo estruturado:
Monitoramento contínuo: sensores online realizam medições 24/7 para compostos críticos, como H2S e COVs; 
Medições diárias: verificações de parâmetros operacionais básicos e inspeções visuais; 
Análises semanais: avaliação detalhada de compostos específicos e eficiência dos sistemas de tratamento; 
Auditorias mensais: verificação completa dos sistemas e calibração de equipamentos.
A gestão dos riscos inclui: 
1) Identificar cenários de risco, tais como falhas em equipamentos de controle, vazamentos acidentais e manutenções emergenciais; 
2) Aplicar procedimentos de resposta, como protocolos de comunicação interna e externa, responsabilidade e autoridades definidas, ações imediatas de contenção; 
3) Envolver equipe de resposta;
4) Acionar recursos necessários: equipamentos de backup, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) específicos e instrumentos de medição.
A gestão de riscos pode ser realizada:
• Com matriz de risco atualizada trimestralmente; 
• Planos de contingência para eventos críticos; 
• Manutenção preventiva programada; 
• Treinamento periódico das equipes; 
• Sistema de alertas onde há definição de limites de controle e ação para diferentes compostos; 
• Elaboração de relatórios regulares com documentos mensais de conformidade com os padrões ambientais.
Fonte: Veolia.
Embora a periodicidade dependa do perfil da planta e das exigências regulatórias locais, a Dux prioriza o monitoramento contínuo do Nebulux Monitorar, com ajuste automático da atuação em tempo real. “A gestão de riscos é baseada em análise prévia de pontos críticos de emissão, customização de soluções por layout fabril, tipo de resíduo e vizinhança com a integração dos dados ambientais via app MonitorAR Odor” – explica Spaziani.

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Para se ter uma boa gestão de riscos, é importante avaliar o impacto de odor em um período longo de >= 3 anos com dados dos horários das condições atmosféricas para identificar o máximo impacto de odor no período analisado.
“Esta avaliação é feita pelas medições de odor nas fontes de emissão inseridas junto com dados meteorológicos, condições do terreno e outras informações em modelos de dispersão atmosférica. As plumas informando as concentrações de odor que chegam ao entorno são comparadas com as legislações sobre o odor em diversas partes do mundo para avaliar os riscos de incômodo na vizinhança” – relata Guimarães, da Odournet. 
Impactos avaliados ou medidos em curto espaço de tempo não levam em conta as variações das condições meteorológicas e impossibilitam sua comparação com limites definidos nas legislações. 

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Melhoria
Soluções para o controle de odores nas indústrias e seus resultados. “A Fluid Feeder realizou diversos projetos para melhoria técnica em sites de clientes, por exemplo, a implementação de sistemas de monitoramento, controle e neutralização de gás amônia em plantas de cervejarias. Os resultados foram de melhoria significativa na segurança para os colaboradores, além de proteção ambiental” – afirma Francisco Oliver.
O Grupo Veolia, por intermédio de sua subsidiária VWT, dispõe de variedade de tecnologias para solucionar problemas de odores incômodos relativos a água e efluentes que liberam sulfeto de hidrogênio, mercaptanos, amoníaco, aminas e COVs.
Para controle de odores da redução de compostos de enxofre, como H2S e mercaptanas, as tecnologias químicas da linha ProSweet, patenteadas pela marca Veolia, registrada em um ou vários países, incluem inibidores e depuradores de sulfetos orgânicos, sem aminas. Aplicadas em água ou lodo, depuram e/ou inibem esses odores, mitigando sua liberação no ar.
Para mitigar diversidade de odores não relacionados ao sulfeto, as soluções ProSweet combinam óleos essenciais sem substâncias tóxicas e prejudiciais ao meio ambiente com métodos de aplicação apropriados, eficaz tratamento de fase de ar para controlar odores indesejados.
Daniela cita que as principais soluções para o controle de odores industriais podem ser: 
Biofiltração avançada: reduz 95% dos compostos odoríferos por meio de leitos microbianos especializados; 
Oxidação química: elimina até 99% dos compostos sulfurados usando ozônio ou peróxido de hidrogênio; 
Lavadores de gases (scrubbers): removem 90% dos compostos voláteis por absorção química; 
Carvão ativado de alta performance: captura até 85% dos compostos orgânicos voláteis; 
Coberturas flutuantes automatizadas: reduzem 75% das emissões em tanques de equalização; 
Ionização: neutraliza até 80% dos odores em ambientes fechados;
Gestão automatizada de aeração: otimiza o processo biológico com redução de 70% na formação de odores; 
Dosagem inteligente de produtos químicos: controle preciso que economiza 40% no consumo; 
Vedação e confinamento: contenção de 98% das emissões fugitivas; 
Tratamento térmico regenerativo: destrói 99,9% dos compostos orgânicos voláteis em temperaturas elevadas.
A Dux Grupo fornece até 99% de neutralização com melhoras na ambiência fabril e redução de custos operacionais em água, energia elétrica, químicos e efluentes. A linha Gas Solution possui nanotecnologias combinadas com princípios ativos e óleos essenciais biodegradáveis que atuam quimicamente sobre gases, como H2S, mercaptanas, VOC/COV e amônia. O mais recente é o Gas Solution EVO EX, cuja formulação atende exaustores de alta carga odorífera, com performance até 12 vezes superior aos produtos convencionais. Enquanto o aditivo Gas Solution Lemon potencializa os lavadores de gases, reduzindo as trocas de água e aumentando a eficiência.

Alinhamento 
Os benefícios dessas medições são múltiplos e atingem diferentes esferas. “Para as indústrias, significa conformidade legal e melhor relacionamento com a comunidade. Para a sociedade, representa melhor qualidade de vida e ar mais limpo. Para o meio ambiente, significa preservação ambiental e sustentabilidade” – relaciona Sonobe, da Veolia (VWT).
No aspecto organizacional, são outras vantagens. “A emissão de menos odores evita multas ambientais, economiza em custos operacionais, otimiza processos industriais e fortalece a reputação corporativa” – salienta Daniela Nascimento, da Veolia Brasil.  
Fornece consciência mais abrangente da questão às comunidades. “A emissão de menos odores reduz a ocorrência de problemas respiratórios, propicia maior transparência sobre impactos ambientais e traz valorização imobiliária da região” – elenca.
Para a qualidade do ar, controle e prevenção. “Reduz a emissão de compostos orgânicos voláteis, diminui os níveis de sulfetos, melhora a dispersão atmosférica, monitora os poluentes e previne episódios críticos de poluição” – ressalta Daniela.
Resultados do projeto de controle e neutralização de amônia. “A redução na emissão dos gases de amônia para o ambiente foi significativa devido ao projeto ter sido concebido para que nenhum vazamento nas máquinas de processo fosse mais permitido com coifas e dutos de sucção próximos aos pontos possíveis de vazamento” – relata Francisco Oliver. 
A indústria, a comunidade e a qualidade do ar são beneficiadas. “As indústrias ficam mais alinhadas às legislações ambientais de controle de odores no ambiente, melhorando a qualidade do ar para a comunidade interna e externa” – destaca Francisco Oliver. 
O avanço das legislações ambientais para a emissão de menos odores. “De forma geral, proporciona o desenvolvimento econômico sustentável, melhoria na Saúde Pública e conformidade com padrões internacionais” – diz Daniela.

Convívio 
Cerca de 100 milhões de pessoas em cidades latino-americanas respiram hoje um ar que não atende aos padrões de qualidade definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Comunidades inteiras enfrentam problemas ainda mais graves por viverem em áreas vizinhas ou próximas de empresas cujos processos produtivos ou residuais emitem gases e mau cheiro, como indústrias químicas, de fertilizantes, curtumes, frigoríficos, além de aterros sanitários, estações de tratamento de efluentes e até mesmo hospitais” – alerta Spaziani, da Dux Grupo.
São diversos casos públicos de empresas que enfrentam problemas com governos e sociedade pela emissão de gases e odores sem devido tratamento. “O cumprimento de normas ambientais com menor esforço e a redução de sanções e passivos ambientais são fatores da neutralização de gases tóxicos e odores pela indústria. Poder reduzir ou eliminar odores no entorno das plantas produtivas encerra ciclos de problemas com comunidades, pondo fim a situações que geram desgastes institucionais e de imagem” – enfatiza Spaziani.
Pelas medições de odor, pode-se avaliar se a indústria está causando incômodo à vizinhança ou se as reclamações de odor podem ter outros objetivos, como especulação imobiliária pelo potencial aumento do preço da propriedade pela remoção da indústria do local. “Por outro lado, caso a indústria realmente esteja provocando incômodo, as medições auxiliarão a encontrar as melhores rotas tecnológicas de controle e monitoramento, estabelecendo melhor convívio da indústria com a vizinhança” – ressalta Guimarães, da Odournet.

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Passo sustentável
Para a Fluid Feeder, o avanço das legislações ambientais traz os seguintes benefícios e ganhos às indústrias: 
• Primeiro, por atender a um anseio da sociedade civil em diminuir emissões de maus odores que agridem o olfato humano e o ambiente; 
• Segundo, as indústrias diminuem seus passivos legais de processos individuais e coletivos sobre problemas de saúde, melhoria da sua imagem, mostrando serem alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) globais definidos pela ONU para serem alcançados até 2030. 
Henrique Sonobe, da Veolia (VWT), explica como a regulamentação do controle de emissões atmosféricas evoluiu nas últimas décadas. Nos anos 70, as normativas concentravam-se em poluentes básicos. A década de 90 foi marcada por padrões de qualidade do ar. Seguida nos anos 2000 por parâmetros para controle de odores e limites definidos. Em 2010, a transição para gestão mais integrada, atinge, nos anos 2020, regulamentações setoriais mais rigorosas.
No contexto internacional, Sonobe destaca marcos regulatórios, como as “Best Available Techniques”, da União Europeia; o “Clean Air Act” e as diretrizes da EPA, nos Estados Unidos; além da “TA Luft”, na Alemanha. No âmbito nacional, Resoluções Conama e legislações estaduais passam por contínuo aprimoramento.
Este processo evolutivo dinâmico e de atualização das regulamentações em resposta aos desafios ambientais estimula a inovação tecnológica e o aperfeiçoamento do controle de odores industriais. O especialista enfatiza outros resultados positivos perceptíveis desta evolução normativa: melhor qualidade ambiental, redução de conflitos com comunidades vizinhas, maior eficiência operacional e fortalecimento da sustentabilidade empresarial. “Organizações que adotam postura proativa asseguram conformidade com regulações ambientais e estabelecem vantagens competitivas no mercado global” – afirma Sonobe. 

 

Contatos
Cetesb:
www.cetesb.sp.gov.br
Dux Grupo: www.duxgrupo.com.br
Fluid Feeder: www.fluidfeeder.com.br
Odournet Brasil: www.odournet.com
Veolia Water Technologies: www.latinoamerica.veolia.com 

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