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Com pandemia, economia retrai no Brasil e no mundo

Sem exportações, investimentos e com desemprego em alta, estimativa é que PIB brasileiro contraia pelo menos 5%


Com pandemia, economia retrai no Brasil e no mundo

Do ponto de vista econômico, o ano de 2020 acabou. Não há a menor chance de o Brasil ter contração do PIB menor que 5%. Esta foi uma das afirmações do Prof. Roberto Dumas, mestre em Economia Chinesa e Chartered Financial Analyst, com mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro doméstico e internacional, durante programa ao vivo sobre Cenário Econômico do Brasil e do mundo, transmitido no dia 7 de abril, no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, desenvolvido em parceria com as revistas Meio Filtrante e TAE.
A afirmativa está baseada em alguns fatores, entre eles, os resultados das exportações que não serão bons, já que o mundo está enfrentando dificuldades devido à pandemia; assim como a falta de disposição para investimentos e o consumo retraído. “Este ano, as empresas só querem sobreviver, ninguém vai investir. Além disso, deve-se levar em conta o período que antecede as eleições. Não há interesse em aprovar as reformas tributária, administrativa e emergencial, bem como privatizar a Eletrobrás”, comentou Dumas, ressaltando: “E na crise, é fundamental a aprovação de reformas”. Falou também sobre o déficit fiscal que deve fechar em 5%, em 
R$ 500 bilhões. “O governo está gastando como se não houvesse amanhã”, disse. E, quanto maior a dívida pública, que deve estar em 75% e chegar a 90%, maior os juros de longo prazo.
Dumas afirmou que todos os setores devem se machucar: eletroeletrônico, que precisa de insumos da China, deve cair de 20% a 24%; autopeças, turismo, construção e engenharia, embalagens, pela queda de consumo; linha branca e marrom e até o setor de hospitais, pois testes de COVID-19 não geram receita. Supermercados e farmácias devem ser os segmentos que devem perder menos.
Mostrou preocupação com o fato do Banco Central não ter atenção com as pequenas e médias empresas, que empregam 80% da população economicamente ativa. “Estas empresas não têm acesso ao sistema financeiro, somente às factorings e não vejo nada neste sentido de ajuda”, advertiu.
“O que está faltando para o governo não é liquidez e sim assumir o risco de inadimplência para poder captar mais recursos em prol das empresas mais prejudicadas pelo cenário atual”, enfatizou. Sobre o câmbio, disse que dificilmente o dólar deve voltar a R$ 4,00. A tendência é continuar depreciando. Para sair da crise, uma opção poderia ser a exportação, mas a situação crítica também afetou os países da União Europeia. O PIB dos Estados Unidos deve reduzir 3,5%. A Argentina deu calote na dívida externa, e deve retrair 6,5%. Por outro lado, o desemprego subirá, afetando o consumo. “Nem exportação, nem investimentos e consumo retraído”, acrescentou.
Para ele, o balão de oxigênio deveria ser o governo. Se não houver intervenção, as mortes, desemprego e as empresas quebradas serão maiores.
Panorama no mundo com a pandemia – “Nos dois primeiros meses do ano, a China degringolou”, segundo Dumas. A queda de janeiro-fevereiro chegou a 10% na comparação com o mesmo período de 2019. O segmento de carvão, principal fonte de energia do país, retraiu 46%, enquanto a produção industrial, 13%. “A economia está em V, ou seja, a retomada será tão rápida quanto à queda”, afirmou Dumas. Num país ditatorial há mais facilidade até para implantar o isolamento.
De acordo com sua previsão, a Alemanha deve retrair 6%; Itália, 7%; Espanha, 3% e Reino Unido e França, 5%. “A Europa deve ser esquecida como motor de crescimento”, comentou. “Os bancos estão estressados nos Estados Unidos. Daqui há 4 ou 5 meses, poderá haver fusões. Mas, assim como a China, a economia terá recuperação em V. Já na Europa, a recuperação poderá ser em U e na Argentina em L, com recessão mais longa”. De acordo com Dumas, no Brasil, poderá ser em L. “Se cairmos 5% e crescermos 1%, o crescimento ainda será negativo e isto pode acontecer durante 4 ou 5 anos”, concluiu.
Para João Moura, presidente da Abrafiltros, apesar do clima de incertezas, em longo prazo, tudo isto será wdiluído. “No Brasil, a palavra de ordem para as empresas sempre foi sobrevivência. A crise está aí para nos ensinar novas formas de trabalhar, de nos reinventar, então vamos nos dar as mãos e fazer as mudanças necessárias”, finalizou.
Adriano Bonazio, gerente de comunicação da Abrafiltros, foi o mediador do debate. O vídeo na íntegra está disponível na TV Filtros no YouTube. Os programas são exibidos às terças e quintas-feiras, sempre às 15h. A divulgação acontece nas redes sociais da Abrafiltros e das Revistas Meio Filtrante e TAE, como Facebook e LinkedIn. Para participar, basta acessar o QRCODE e/ou link que estará presente nos materiais de divulgação de cada semana.
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