Projeto recompensa preservação ambiental
No Brasil, não há ainda uma lei para reutilização de água. Existe apenas a Lei 9433, de 1997, que cita como direito a conservação dos recursos hídricos.
Porém, a ANA – Agência Nacional de Águas, em parceria com a SindusCon-SP e a Fiesp, desenvolveu um manual com recomendações sobre sistemas, atividades próprias para uso e qualidade da água.
A publicação “Conservação e Reúso da Água em Edificações” – que contou também com a participação de grandes universidades brasileiras e técnicos do setor – tem o objetivo de trazer orientações para a implantação de programas de conservação de água em edificações comerciais, residenciais e industriais. Uma destas orientações é o detalhamento do desperdício de água que vários equipamentos sanitários podem causar. Em apenas um dia, segundo o manual, uma torneira mal fechada e gotejando lentamente pode desperdiçar entre seis e dez litros de água. Um exemplo contido no manual aponta que a aplicação de um registro restritor de vazão, num edifício residencial de São Paulo, provocou a diminuição da vazão dos chuveiros de 440ml por segundo para 120ml – redução de até 73%.
Além deste caso, há diversas opções para a reutilização da água: peneiragem, filtro de carvão, filtros biológicos e aditivos químicos são opções de tratamento, de acordo com a proveniência do líquido e seu uso.
Um outro exemplo são as estações que reúnem fases desde a flotação, peneiragem, passando por filtração biológica aeróbia, anaeróbia e com cloração final para desinfetar a água, são projetadas em espaços que podem ser subterrâneos, dentro ou fora do edifício. O manual pode ser visualizado gratuitamente no site da ANA: www.ana.gov.br

Poluição dos carros é considerada grande vilã da qualidade do ar nas metrópoles

A pesquisa “Indicadores do Desenvolvimento Sustentável Brasil 2008”, divulgada em junho pelo IBGE, mostrou que o grande vilão da qualidade do ar não são mais as substâncias poluentes emitidas pelas indústrias, que destroem a camada de ozônio. Atualmente, os maiores causadores da poluição atmosférica no Brasil são o aumento na frota de veículos, que compromete principalmente o ar das grandes cidades, e as queimadas de mata, no Norte e no Centro-Oeste, e de cana-de-açúcar, no Nordeste e em Minas Gerais e São Paulo.
Nos primeiros três meses deste ano, conforme dados da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a qualidade do ar em São Paulo foi classificada 14 vezes como má ou inadequada, em uma ou mais estações de medição.
O estudo da Cetesb concluiu que, entre os gases tóxicos como o monóxido de carbono (CO), os hidrocarbonetos (HC) e os óxidos de nitrogênio (NOx), os automóveis são os maiores poluidores, com 77% em média, contra 5% dos processos industriais. O mês mais poluído foi março, o mesmo em que houve maior expansão da frota de veículos na cidade: foram emplacadas 48.571 novas unidades no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Fonte: Folha de S.Paulo / Cetesb