A economia circular vem se destacando nos últimos anos como um dos principais aliados para um futuro mais sustentável, no qual os recursos são usados de forma inteligente, os resíduos ganham novas funções e o impacto ambiental é reduzido. Mas para que esse modelo avance de forma consistente, é essencial a participação ativa de toda a sociedade, desde consumidores até empresas e poder público.

Segundo a Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço), a transição para uma economia circular exige uma mudança de mentalidade coletiva. “Não basta que a indústria invista em tecnologias e soluções de reaproveitamento. É preciso que o consumidor compreenda seu papel nesse ciclo, adotando práticas de consumo consciente, separando e destinando corretamente os resíduos, além de valorizar produtos que consideram a sustentabilidade em sua cadeia”, destaca Thais Fagury, presidente executiva da Abeaço.

As embalagens de aço, por exemplo, são um dos símbolos mais claros desse movimento. 100% recicláveis e infinitamente reaproveitáveis, elas já fazem parte de um fluxo de reaproveitamento eficiente. No Brasil, o aço apresenta uma das maiores taxas de reciclagem, demonstrando que quando há engajamento e integração entre indústria, cooperativas de reciclagem, governos e cidadãos, o processo circular funciona com mais rapidez e transparência, gerando benefícios mútuos para todas as pontas da cadeia.

Para avançar, alguns pontos são fundamentais, como a educação ambiental, para conscientizar a população sobre a importância da reciclagem; tecnologias que investem em soluções para ampliar a vida útil dos materiais, facilitando também sua reinserção na cadeia produtiva; políticas públicas eficazes como mecanismos de incentivo à logística reversa e ao uso de matérias-primas recicladas; e engajamento comunitário, responsável por estimular o trabalho de cooperativas de catadores e projetos locais que fortalecem a coleta seletiva.

A economia circular só será uma realidade plena quando cada indivíduo entender que suas escolhas impactam o ciclo como um todo. “Avançar nessa agenda é responsabilidade de todos nós. A soma de pequenas atitudes no dia a dia é capaz de gerar grandes transformações para o planeta e para as próximas gerações”, reforça Thais.

Giovanna Felzener <giovanna.felzener@pressaporter.com.br>