Binatural participou do ENOV 2025
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Empresa destacou que utiliza apenas 40% de soja na produção, contra média nacional de 75%, e debateu os impactos da expansão do mercado e da mistura
A Binatural participou do ENOV 2025, um dos principais encontros sobre óleos vegetais, gorduras e biocombustíveis das Américas, promovido pela Novonesis, em Paulínia (SP), nessa quarta-feira (26). A empresa integrou o painel “Desafios macroeconômicos e regulatórios: implicações e estratégias para a competitividade do setor”, que reuniu especialistas e lideranças do segmento de energia e biocombustíveis.
Representando a companhia, o gerente de trading, Matheus Assis, destacou a importância da diversificação de matérias-primas na transição energética brasileira. Enquanto a soja representa, em média, 75% da composição do biodiesel nacional, na Binatural esse percentual é de apenas 40%, ampliando a competitividade e reduzindo riscos no fornecimento.
“Trabalhamos com outros tipos de matérias-primas, que são alternativas ao óleo de soja. A gente tem muitas oportunidades de expansão neste mercado, que trariam uma segurança maior para o quadro de oferta e demanda no setor. Assim, poderíamos depender menos da soja e olhar para outras matérias-primas disponíveis”, afirmou.
Além de Matheus, a Binatural também foi representada pelo diretor industrial Luís Carlos da Costa Filho. "Ter participado do ENOV mostrou que estamos atentos aos movimentos do mercado e abertos ao diálogo. Foi uma ótima oportunidade para analisarmos dados relevantes do setor, bem como solidificar a nossa posição de liderança."
O mercado do biodiesel vive um momento de expansão. A previsão do setor é que o Brasil poderá produzir mais de 11 bilhões de litros em 2026, caso a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil seja elevada para B16 a partir de março. Esse avanço tem impacto direto na economia, na saúde e na agricultura familiar.
Segundo estimativas do setor e do governo federal, cada ponto percentual adicional no diesel evita cerca de 300 mortes por ano ligadas à poluição atmosférica. Além disso, a produção envolve diretamente agricultores familiares: cada 1% de aumento na mistura representa a inclusão de aproximadamente 25 mil produtores no Programa Selo Biocombustível Social.
Matheus também abordou a expansão tecnológica para misturas maiores e aplicações em larga escala. “A mistura obrigatória é um instrumento importante, mas já existem iniciativas que vão além disso. Há empresas com projetos B100, veículos abastecidos 100% a biodiesel, com impactos mensuráveis de descarbonização.”
Como exemplo, ele citou a ação realizada pela Binatural durante a COP30:“A Binatural levou um caminhão B100 de Formosa, Goiás, até Belém, Pará. Foram 2 mil km percorridos pelo Distrito Federal e por quatro estados, com quase zero emissão de CO2.”
Para Matheus, o biodiesel também deve ocupar espaço em outros modais, além do transporte rodoviário.
“O biodiesel brasileiro pode abastecer modais marítimo e ferroviário e tem potencial no setor termelétrico. É um dos biocombustíveis mais testados do mundo e operamos com um alto controle de qualidade.”
A participação da Binatural no ENOV reforça o posicionamento da empresa como uma das principais produtoras de biodiesel do país, com atuação nacional, diversidade de matérias-primas e compromisso com uma matriz energética menos dependente de fósseis.
Nicole Meier Oliviera <nicolem@adsbrasil.com.br>