A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, a JDE Peet’s, companhia global líder em café, e a Ofi, líder global em ingredientes naturais para alimentos e bebidas, anunciam na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, a assinatura de um acordo para promover práticas sustentáveis de manejo e a descarbonização do Café Conilon no Brasil. O projeto será implementado em mais de 20 fazendas de café conilon no sul da Bahia e Espírito Santo, e terá a duração de duas safras, iniciando em 2025 com previsão de término em 2027.

A iniciativa visa reduzir a pegada de carbono do cultivo por meio do uso de fertilizantes de baixa emissão, da adoção de práticas agronômicas sustentáveis e da capacitação dos produtores, que receberão treinamentos em prol do aprimoramento do manejo de fertilizantes, do manejo da fertirrigação e de técnicas de pós-colheita, com potencial de ampliar também o aumento da produtividade. A expectativa é que a parceria possa gerar ganhos de até 7,6 sacas por hectare*, promovendo maior rentabilidade para os cafeicultores.

Cada empresa contribuirá com investimentos e expertise. A Yara fornecerá assistência técnica para dar suporte, capacitação aos produtores participantes do projeto e fertilizantes de baixa emissão do portfólio Yara Climate Choice™, desenvolvidos utilizando tecnologias que reduzem a emissão de GEE no processo de fabricação, processos de produção mais eficientes e formulações otimizadas para a melhor absorção de nutrientes pelas plantas. Com o fornecimento desses produtos e serviços, a Yara visa contribuir para que possa haver, especificamente para o café, a redução da pegada de carbono do café verde em cerca de 40% - em relação a sistemas que utilizam fertilizantes convencionais – além de prover assistência agronômica e capacitação para fertirrigação.

A JDE, além de financiar parte dos insumos, busca explorar novas possibilidades e qualidades para o conilon brasileiro. Já a Ofi será responsável pela capacitação dos produtores no uso racional de herbicidas, buscando a garantia da conformidade com exigências de mercado.

“A parceria com outros players da indústria, como a Yara, mostra o comprometimento da cafeicultura brasileira em promover práticas agrícolas sustentáveis, buscando garantir o futuro do café para agricultores e consumidores”, afirmou Bruno Ribeiro, Coordenador de Fornecimento Responsável na JDE Peet´s.

“O acordo com a JDE reflete a nossa estratégia de colaboração junto aos diferentes atores da cadeia de valor do alimento no processo de descarbonização da agricultura, levando a mais produtores às soluções nutricionais de baixa emissão”, explica Paulo Yvan, Diretor de Crop Solutions da Yara, que tem a meta de ser neutra para o clima até 2050. “Esse processo já ganha força hoje nos cultivos de cacau, citros e batata, por exemplo, mas ele nasceu com o café e responde ao apetite do cafeicultor brasileiro, que não só busca aumentar sua produtividade, mas acredita no potencial de incrementar sua rentabilidade se valendo do ativo ambiental”. O projeto também contará com o uso da plataforma da Yara, Champer, que monitora indicadores de sustentabilidade como pegada de carbono, saúde do solo e eficiência no uso de nitrogênio, promovendo rastreabilidade e transparência na cadeia do café.

*Base de resultados das lavouras demonstrativas em café conilon nas safras de 2018 a 2024. Os resultados obtidos podem variar em função das condições edafoclimáticas, do material genético utilizado, do nível tecnológico empregado e do grau de adesão às recomendações técnicas estabelecidas.

**O café verde oferece uma redução de até 40% na pegada de carbono — calculada por meio da ferramenta Cool Farm Tool, com base em dados médios de produtores. Essa estimativa considera os ganhos de produtividade obtidos com o programa nutricional NossoCafé da Yara e a menor pegada de carbono dos fertilizantes Yara Climate Choice. O resultado foi comparado aos valores médios de emissão da produção de café no Brasil, conforme reportado por Folegatti et al., 2021, cuja pesquisa considera fertilizantes à base de nitrato, aplicados na dose de 380 kg de N/há. A mensuração das emissões de GEE resultantes do projeto serão feitas por meio da Cool Farm Tool - uma ferramenta online que fornece métricas padronizadas para quantificação dos GEE, biodiversidade, uso de água, e perda e desperdício de alimentos. Essas métricas são baseadas em pesquisas revisadas por especialistas ao redor do mundo, a partir de uma ampla gama de dados publicados e de metodologias do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

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