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Como a tecnologia pode tornar prédios e cidades mais sustentáveis ao reduzir consumo de energia e emissões de carbono

Redesenhar a forma como projetados e operamos esses espaços é um dos caminhos mais efetivos rumo à transição energética


Por Neove Pipper, gerente geral na divisão de Sistemas de Gestão Predial para a América Latina na Honeywell

Os prédios e suas estruturas estão no centro da crise climática. Mundialmente, eles respondem por uma parcela significativa do consumo de energia e da emissão de gases de efeito estufa. No Brasil, estima-se que o setor da construção civil e de edificações esteja associado a quase metade da energia elétrica utilizada no país, seja para climatizar, ventilar, iluminar ou abastecer os espaços onde milhões de pessoas vivem, trabalham e estudam¹.

Redesenhar a forma como projetados e operamos esses espaços é um dos caminhos mais efetivos rumo à transição energética. A tecnologia permite sair da gestão reativa para decisões proativas. Sistemas avançados de automação monitoram em tempo real o uso de água, eletricidade, climatização e ventilação, reduzindo desperdícios, prevenindo falhas e acelerando a transição para um futuro de baixo carbono².

Um hospital é um exemplo emblemático. Uma variação mínima na qualidade do ar ou na temperatura pode afetar diretamente a saúde dos pacientes. Sensores inteligentes permitem ajustes imediatos, garantindo bem-estar sem desperdício de energia. Isso vale para escolas, escritórios e shoppings.

Ambientes mais saudáveis

Eficiência energética é só parte da equação. A pandemia de COVID-19 mostrou a importância da qualidade do ar em ambientes internos. Hoje sabemos que edifícios saudáveis são fundamentais para produtividade, conforto e segurança.

Sensores que monitoram ar, umidade e temperatura, aliados a análises de dados, permitem manter condições ideais para os ocupantes. Comunidades que adotam essas soluções tornam-se mais resilientes, tanto contra mudanças climáticas quanto contra riscos à saúde pública ³.
A oportunidade brasileira

Os benefícios da automação vão além dos prédios. Aplicadas em escala urbana, essas tecnologias permitem repensar como bairros e cidades funcionam. No Brasil, onde as cidades seguem em crescimento acelerado, a chance é única: investir em infraestrutura inteligente hoje significa evitar custos maiores e impactos mais severos amanhã.

Responsabilidade compartilhada

Tecnologia sozinha não basta. É preciso alinhar políticas públicas, regulamentações, empresas privadas e engajamento da sociedade. A transição para comunidades livres de carbono exige uma mudança cultural na forma como pensamos energia, recursos e espaços urbanos.

As escolhas que fazemos hoje moldarão a vida coletiva no futuro. Ao adotar tecnologias de automação inteligente, cidades podem ir além de melhorias pontuais e alcançar transformações estruturais. O desafio é grande, mas a oportunidade também. Com tecnologia adequada e compromisso coletivo, o sonho de viver em comunidades livres de carbono pode se tornar realidade em breve. 

Gabriel Vitor <gabriel.oliveira@edelman.com>

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