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Segundo dia do 4º Congresso Brasileiro do Hidrogênio

Informação foi destaque no segundo dia do 4º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, realizado em Brasília


No segundo dia do 4º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, que está sendo realizado pela Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2) em Brasília, foram destaque debates sobre “Hidrogênio e Biomassa: Oportunidades para o Brasil na COP30”, “Cadeia de Fornecimento, Transporte e Armazenamento de Hidrogênio” e “Diversidade de Produção de Hidrogênio no Brasil”.

A Superintendente de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Angela Oliveira da Costa, dirigiu a primeira plenária. Durante o painel, ela destacou que o hidrogênio é tido como um energético estratégico na transição global e tem sido tema constante das discussões e negociações no âmbito da COP.

De acordo com Angela, a estratégia brasileira de hidrogênio de baixa emissão de carbono passa por três itens: a Lei n 14.948/2024 - Marco Legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, consolidar o Brasil como o mais competitivo produtor de hidrogênio de baixa emissão de carbono no mundo até 2030 e consolidar hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono no país até 2035.

Um estudo da EPE aponta o Brasil com um grande potencial de se converter em referência para a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Com matriz elétrica quase 90% renovável, há grande disponibilidade de resíduos agroindustriais e biomassa subutilizados no país. Além disso, o material aponta que há reservatórios geológicos disponíveis e a possibilidade de experiência com injeção de CO2.

Há uma sinergia quando o assunto é hidrogênio e biomassa no Brasil. De forma simultânea, a produção de hidrogênio a partir da biomassa apresenta-se como alternativa de baixa emissão de carbono, competitiva e que oferece vantagens únicas. A expansão e diversificação da bioenergia cria uma demanda interna significativa para o hidrogênio de baixa emissão, gerando benefícios concomitantes.

Terreno fértil no Brasil

A sessão “Cadeia de Fornecimento, Transporte e Armazenamento de Hidrogênio” foi moderada por Maria Stella Andreão, Engenheira da área de Planejamento e Política Industrial do BNDES. Paula Perfeito, Gerente da Área de Vendas da Neuman & Esser; Byron Souza Filho, Diretor Executivo do CTDUT; Pedro Vassalo, Diretor da Modecom; Alberto Machado, Diretor Executivo de Petróleo, Gás Natural, Bioenergia, Hidrogênio e Petroquímica da ABIMAQ; e Rafael Senra Costa, Gerente Substituto do Departamento de Transição Energética FINEP compuseram o time de debatedores.

Alberto Machado salientou a importância da geração da demanda, pois ela promove toda a possibilidade de desenvolvimento. “O Brasil tem demanda potencial não só na indústria, mas também na área energética. Temos praticamente todas as fontes primárias de energia e com quantidades relativas significativas em relação aos outros países. O Brasil pode ser um ator relevante, pois contamos com as duas pontas, a oferta da energia primária e o mercado potencial”.

De acordo com Machado, seria sem sentido não termos a soberania de decisão. A tecnologia não deve ser importada assim como a engenharia e os equipamentos. “Não tem lógica o que muitas vezes acontece com o petróleo: uma plataforma vem importada e a gente exporta. O que fica para o país? Nada, praticamente. Não podemos passar a exportar mais uma commodity”, explica.

Pedro Vassalo vê com otimismo o rumo do hidrogênio no Brasil pautado nos pontos necessários que temos. “A oportunidade é enorme, o país dispõe de todos os ingredientes necessários na construção de uma cadeia produtiva de hidrogênio sólida e competitiva, em nível internacional. Temos engenharia, centro de tecnologia, grandes instituições governamentais que apoiam iniciativas de inovação, possuímos um banco direcionado a financiar projetos nacionais. Nosso terreno é muito fértil e os ingredientes estão na mesa”.

Diversidade primordial em um país continental

Outro tema do dia foi “Diversidade de Produção de Hidrogênio no Brasil”. A condução foi de Carlos Peixoto, Diretor de Comunicações da ABH2 e Diretor Executivo H2Helium; Daniel Lopes, Diretor Comercial Hytron (Grupo Neuman & Esser); Isabela Morbach, Fundadora e Diretora CCS BR; Celso Cunha, Presidente da ABDAN; e Thiago Olinda, Coordenador de Gás, Biocombustíveis e Hidrogênio SUPEN - Estado do Paraná.

Daniel Lopes destacou a importância de incluir de Norte a Sul. “Quando abordamos o tema diversidade falamos em incluir e nosso país continental apresenta vocações distintas. Um exemplo é o caminhão a hidrogênio que sai do Paraná com destino ao Ceará e pode ser abastecido com hidrogênio oriundo do biogás no Paraná, do etanol em São Paulo, da nuclear no Rio de Janeiro, da eólica e da solar no Nordeste, da hidrelétrica em Minas Gerais e para o veículo não faz a menor diferença, pois é o mesmo hidrogênio. Isso é incluir e tirar o máximo proveito. O Brasil tem a honra de possuir várias tecnologias na produção de vetores energéticos”.

Assessoria de Imprensa | Usina da Comunicação

Daniel Bittencourt - daniel@usinadacomunicacao.com.br  

Claudia Abreu Campos - claudia@usinadacomunicacao.com.br

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