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ITA e MDIC anunciam a seleção de três novos projetos destinados a fomentar a indústria limpa no país

O ITA apoiará projetos liderados pelas empresas Stegra, Green Eergy Park e Grupo KWPar - abrangendo setores-chave como ferro, aço e produtos químicos


O Acelerador da Transição Industrial (ITA), em parceria com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil (MDIC), anuncia a seleção de três novos projetos destinados a fomentar a indústria limpa no país. Com isso, sobe para 15 o total de projetos apoiados pelo ITA no Brasil, representando uma oportunidade de investimento de mais de US$ 23 bilhões.

Os novos projetos selecionados pelo ITA são liderados por Stegra, Green Energy Park e Grupo KWPar, e receberão apoio dedicado para identificar barreiras e soluções de política, demanda e financiamento para ajudá-los a atingir as decisões finais de investimento (FID, sigla em inglês). Os projetos envolvem o uso de hidrogênio verde para produzir ferro, aço e produtos químicos com baixas emissões, setores essenciais para a descarbonização da economia.

A rodada reforça o protagonismo do Brasil na nova geografia industrial global voltada à descarbonização e como país integrante do “cinturão industrial solar”, bloco formado por países com alta disponibilidade de energia renovável e condições favoráveis à indústria limpa.

“Países como o Brasil estão aproveitando a oferta abundante e competitiva de energia renovável para se posicionar na vanguarda da indústria do futuro”, afirma Faustine Delasalle, Diretora Executiva do ITA e CEO da Mission Possible Partnership.

"A seleção de novos projetos evidencia a forte parceria entre o MDIC e o ITA, reforçando nossa estratégia de construir uma nova base industrial, verde, inclusiva e competitiva", afirma Julia Cruz, Secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC. "Continuaremos trabalhando de perto para transformar esses projetos em soluções concretas para o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil."

De acordo com o relatório “Indústria Limpa: Tendências de Transformação” de 2025, elaborado exclusivamente pela Mission Possible Partnership (MPP) e o ITA, o Brasil já consegui US$ 6 bilhões de investimento e tem até US$ 55 bilhões em oportunidades de investimentos anunciados.

“Os projetos são exemplos emblemáticos do potencial de indústria limpa do Brasil. Apoiamos projetos alinhados com uma visão de neutralidade climática para a indústria do futuro, que empregam diferentes soluções e em diferentes escalas, mas que impactam positivamente as cadeias de produção industrial", explica Marc Moutinho, reponsável pelo programa do ITA no Brasil.

O apoio do ITA no Brasil inclui ainda projetos anunciados de outras empresas como Fortescue, European Energy, Acelen, Votorantim Cimentos, Mizu Cimentos, consórcio Eco Fusion, Alcoa, Solatio, Green Energy Park, Atlas Agro, e Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e Gerdau - todos com o potencial de contribuir para a descarbonização da indústria pesada e do transporte de longa distância, que, juntos, são responsáveis por quase um terço das emissões globais.

Cinturão solar industrial: Brasil concentra maior número de projetos industriais limpos na América do Sul; país está entre os dez maiores do mundo

O relatório conjunto da MPP e do ITA destaca que o Brasil se sobressai com o maior número de projetos verdes identificados na América do Sul e possui o 10º maior portfólio de projetos de indústria limpa do mundo.

No total, o Brasil possui 23 projetos de indústria limpa de escala comercial, sendo quatro já financiados ou em operação e 19 anunciados e aguardando investimento, em segmentos como químicos, cimento, alumínio e aviação. O país é líder dentro de um grupo de economias emergentes e em desenvolvimento (EMDEs), que, em conjunto, respondem por 25% do financiamento já garantido e 50% do potencial de investimento em projetos de indústria limpa. Ao todo, o relatório analisou cerca de 700 projetos de indústria limpa em escala comercial em 69 países.

Na América do Sul, já foram anunciados 53 projetos de amônia de baixo carbono, sete de aviação sustentável (SAF) e cinco de produtos químicos (metanol e químicos de alto valor). Na indústria de alumínio de baixo carbono, a região abriga três projetos.

“Nosso trabalho ao longo do último ano, trabalhando em campo com desenvolvedores de projetos em diversas regiões, demonstrou que, quando líderes corporativos, financeiros e governamentais se unem, soluções são discutidas, a confiança aumenta e os projetos avançam mais rapidamente”, explica Faustine.

Ambiente regulatório e agenda da COP30

O ITA faz parceria com a Plataforma Brasil de Clima e Transformação Ecológica (BIP) para financiar projetos alinhados com o Plano de Transição Ecológica e a estratégia de Nova Indústria Brasil do país. Além disso, o Brasil está estruturando US$ 3,4 bilhões em incentivos fiscais para hidrogênio verde, que devem começar em 2028 por meio de leilões competitivos.

Com o Brasil sediando a COP30 em Belém, o país tem a chance de solidificar sua liderança na transição da indústria limpa e atrair um investimento ainda maior. "Há potencial para expandir parcerias e ampliar o impacto das inovações desenvolvidas em cada projeto, mas isso exige engajamento multissetorial, agilidade regulatória e investimento contínuo", disse Marc.

Notas para editores
 

Indústria limpa: relatório de tendências transformacionais aqui
 

Rastreador de Projetos Globais da Mission Possible Partnership: aqui

Contato para imprensa:

Kate Levine, Mission Possible Partnership, kate.levine@missionpossiblepartnership.org;

Tamyres Scholler, LLYC, +55 11 99874-9718, tamyres.scholler@llyc.global

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