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O setor industrial brasileiro é responsável por 31,8% do consumo de energia elétrica nacional

Automação, geração distribuída e digitalização despontam como soluções estratégicas para reduzir custos e ampliar eficiência


O setor industrial brasileiro é responsável por 31,8% do consumo de energia elétrica nacional, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Esse percentual evidencia a relevância estratégica da indústria, mas também expõe um dos maiores entraves à sua competitividade: o alto custo da eletricidade. O preço da energia no Brasil está entre os mais elevados do mundo e compromete margens de operação, reduzindo a capacidade de investimento e dificultando a concorrência global.

Para enfrentar esse cenário, as empresas têm investido em alternativas que vão além da renegociação de tarifas. A automação industrial desponta como uma das principais estratégias ao otimizar o uso de energia, reduzir desperdícios e ampliar a produtividade.

Outro vetor em destaque é a geração distribuída, especialmente a partir de fontes renováveis como energia solar e biomassa. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil já superou a marca de 40 gigawatts de potência instalada em geração distribuída em 2025, com participação crescente de consumidores industriais. Além de diminuir a dependência da rede elétrica, a estratégia oferece previsibilidade orçamentária e fortalece compromissos de sustentabilidade.

A eficiência energética também se consolida como prioridade, desde a modernização de maquinário até a implementação de sistemas de monitoramento em tempo real, capazes de identificar gargalos e ajustar o consumo de forma dinâmica. Nesse contexto, a digitalização se torna diferencial competitivo, ao transformar dados de consumo em inteligência de negócio e permitir que a energia seja tratada como ativo estratégico.

“A energia precisa ser encarada como parte central do planejamento estratégico da indústria. Quando o consumo é gerido de forma digitalizada e integrada, os ganhos impactam diretamente a produtividade, a previsibilidade de custos e até a abertura de novos mercados”, afirma Vinicius Dias, CEO do Grupo Setta.

Nos últimos anos, a combinação entre automação, geração distribuída e digitalização consolidou-se como um tripé estratégico para a indústria nacional, elevando padrões de qualidade e competitividade.

“Não se trata apenas de cortar custos. Ao investir em automação e digitalização, a indústria brasileira amplia sua eficiência e ganha condições reais de competir em nível global”, conclui Dias.

Giovana Macedo <giovana@agencianoar.com.br>

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