No Brasil, edifícios corporativos, comerciais e residenciais respondem por quase metade da demanda de energia elétrica, segundo o Ministério de Minas e Energia. Além do consumo elevado, o setor imobiliário contribui com 6% das emissões nacionais de gases de efeito estufa, que equivalem a 139 milhões de toneladas de CO2 por ano.

O quadro é desafiador. Dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) apontam que, somente no primeiro trimestre de 2025, a demanda total por eletricidade no país avançou 2,1% frente ao mesmo período do ano anterior, com alta de 3,4% no segmento residencial e de 2,5% na indústria. Março registrou o maior volume mensal da série histórica iniciada em 2004, atingindo 49.190 GWh.

De acordo com Patricia Cavalcanti, vice-presidente de Digital Energy e Power Products da Schneider Electric para a América do Sul, essa conjuntura exige mudanças imediatas na forma como os prédios são concebidos, administrados e atualizados.

“Descarbonizar não significa apenas reduzir emissões; é também encontrar formas inteligentes de economizar e reinvestir. Hoje, temos recursos para transformar prédios - novos ou existentes - em ativos de alto desempenho ambiental e financeiro”, afirma a executiva.

A Schneider Electric destaca seis pilares estratégicos para ampliar a eficiência e diminuir custos operacionais em edificações:

1. Diagnóstico energético preciso

Antes de direcionar investimentos para novas soluções ou reformas, é fundamental conhecer em profundidade o padrão de consumo do imóvel. Auditorias detalhadas mapeiam desde a eficiência de iluminação e climatização até o funcionamento de bombas, elevadores e equipamentos administrativos. O estudo permite priorizar intervenções e alocar recursos de modo assertivo, obtendo retorno mais rápido.

2. Automação predial inteligente

O uso de sistemas de gestão predial (BMS – Building Management System) possibilita controlar climatização, iluminação, ventilação e segurança de maneira integrada. Combinados a sensores IoT, tornam a operação responsiva às condições reais do ambiente,  ajustando temperatura, luminosidade e funcionamento da infraestrutura conforme ocupação, horário ou clima externo. Assim, evitam-se desperdícios e mantém-se o conforto com menor gasto.

3. Eficiência nos mecanismos de climatização

O ar-condicionado e a ventilação mecânica podem representar até 40% da eletricidade utilizada em edifícios comerciais. A troca de estruturas obsoletas por equipamentos HVAC de alta eficiência, aliada à manutenção preditiva baseada em dados, reduz falhas, prolonga a vida útil e diminui seu uso. Tecnologias como compressores de velocidade variável e chillers de última geração impactam diretamente tanto no orçamento quanto nas emissões.

4. Geração distribuída e renovável

A implementação de fontes como energia solar fotovoltaica, minieólica ou outras matrizes limpas minimiza a dependência da rede pública e proporciona economia constante. Associada a um conjunto de armazenamento, fortalece a resiliência energética. Em empreendimentos de grande porte, essa solução pode ainda ser combinada à migração para o mercado livre, expandindo os ganhos econômicos.

5. Gestão de dados em tempo real

O acompanhamento contínuo do uso de energia é essencial para corrigir desvios rapidamente. Plataformas de monitoramento instantâneo detectam picos de demanda, falhas e oportunidades de ajuste, propiciando intervenções imediatas. Essas informações sustentam relatórios ESG, reforçando a imagem institucional e a atração de capital.

6. Engajamento e treinamento de usuários

Mesmo com tecnologia de última geração, a participação das pessoas é determinante para consolidar resultados. Programas de capacitação, comunicação ativa e campanhas de conscientização incentivam práticas de uso racional. Pequenas atitudes diárias, como desligar equipamentos inativos ou ajustar configurações de climatização, geram impactos expressivos quando adotadas coletivamente.

A transição para edifícios mais inteligentes e sustentáveis não é só uma tendência, mas um caminho sem volta para a competitividade no mercado, bem como na direção de atender às exigências ambientais globais. Ao combinar inovação tecnológica, gestão estratégica e mudança cultural, empresas e administradores podem transformar seus ativos imobiliários em motores de economia, resiliência e valor de mercado.

Sobre a Schneider Electric

Nosso propósito é criar impacto, capacitando todos para que aproveitem ao máximo nossa energia e recursos, unindo progresso e sustentabilidade. Na Schneider Electric, chamamos isso de “Life Is On”.

Nossa missão é sermos o seu parceiro de confiança em sustentabilidade e eficiência.

Somos líderes globais em tecnologia industrial, levando expertise e know-how em eletrificação, automação e digitalização para indústrias inteligentes, além de infraestruturas resilientes, data centers preparados para o futuro, edifícios inteligentes e residências intuitivas. Com base em nossa ampla experiência no mercado, fornecemos soluções integradas de internet das coisas (IoT) industrial com inteligência artificial (IA), cobrindo todo o ciclo de vida, assim como automação, software e serviços conectados, entregando gêmeos digitais (digital twins) para permitir o crescimento lucrativo para nossos clientes.

Somos uma empresa de pessoas com um ecossistema de 150 mil colaboradores e mais de um milhão de parceiros que operam em mais de 100 países para garantir a proximidade com os nossos clientes e partes interessadas. Abraçamos a diversidade e a inclusão em tudo o que fazemos, guiados pelo nosso propósito significativo de um futuro sustentável para todos.  

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