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A eficiência energética deixou de ser apenas uma pauta ambiental e se tornou uma estratégia de competitividade

Projetos voltados para este viés geram ganhos financeiros, ambientais e sociais: a economia obtida permite que empresas direcionem recursos


Por Jones Poffo, especialista em eficiência energética e CEO da P3 Engenharia

Nos últimos anos, a eficiência energética deixou de ser apenas uma pauta ambiental e se tornou uma estratégia essencial de competitividade para empresas de todos os setores. Projetos voltados para este viés geram ganhos financeiros, ambientais e sociais: a economia obtida permite que empresas direcionem recursos para outras áreas estratégicas, há a redução das emissões de gases de efeito estufa, e uma contribuição direta para os compromissos de ESG.

Projetos de eficiência energética são iniciativas voltadas à otimização do uso da energia em processos produtivos, sistemas de climatização, iluminação, motores elétricos, etc. O objetivo é fazer mais com menos, garantindo o mesmo nível de produção, conforto ou desempenho utilizando menos energia elétrica. Esses projetos envolvem diagnósticos técnicos, análise de consumo, levantamento de oportunidades e implantação de soluções que vão desde a troca de equipamentos por modelos mais eficientes até automações e sistemas de monitoramento em tempo real. 

Investir em eficiência energética é uma decisão estratégica que traz retorno direto para as empresas. Os principais benefícios incluem a redução de custos operacionais — pois a energia representa uma das maiores despesas fixas em indústrias e comércios, e com as medidas corretas, é possível alcançar reduções significativas —; aumento da competitividade, uma vez que empresas que controlam melhor seus custos ganham mais fôlego para investir em inovação e crescer; sustentabilidade e imagem de marca, devido à valorização de consumidores e investidores por organizações comprometidas com a redução de impactos ambientais; atendimento às legislações e normas, pois, em alguns setores, a eficiência energética é pré-requisito para manter conformidade regulatória; e maior vida útil de equipamentos, afinal, sistemas mais modernos e adequados consomem menos energia e exigem menos manutenção.

O processo para entregar a eficiência energética começa com um levantamento minucioso de oportunidades, que identifica onde estão os maiores desperdícios e quais as soluções mais adequadas para cada empresa. Outro diferencial é a viabilização financeira dos projetos. Muitas vezes, a empresa não precisa desembolsar recursos próprios para implementar as melhorias. Enquanto engenheiro eletricista especialista, tenho atuado junto com meu time na estruturação dos projetos e conectado o cliente a fundo de investimentos em eficiência energética, que aplicam o capital necessário. Dessa forma, o custo do projeto é pago com parte da economia gerada na conta de energia, sem comprometer o fluxo de caixa da empresa. Após a aprovação, a empresa de engenharia elétrica deve cuidar de todas as etapas: da engenharia à execução, garantindo que as adequações sejam feitas de forma segura, eficiente e dentro do prazo. 

Mais do que uma tendência, a eficiência energética se consolida como um investimento estratégico, capaz de gerar economia, fortalecer a sustentabilidade e preparar as empresas para os desafios do futuro.

Kamile Bernardes <kamile@trevocomunica.com>

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