O Dia Mundial do Petróleo, celebrado em 29 de setembro, relembra a importância estratégica desse recurso para a economia global e para a vida moderna. Desde a Segunda Revolução Industrial, o petróleo tornou-se indispensável como fonte de energia, movimentando transportes, indústrias e a produção de bens de consumo. Mas, por ser um recurso natural não renovável e altamente poluente, também suscita reflexões urgentes sobre sustentabilidade e transição energética.

No cenário atual, dados da Agência Internacional de Energia (IEA) projetam que, até 2026, o mundo enfrente um recorde de oferta de petróleo, maior até do que durante a pandemia. O excedente médio pode chegar a 3 milhões de barris por dia, enquanto o crescimento da demanda segue tímido: 680 mil barris diários em 2025 e 700 mil em 2026. Esse descompasso acende alertas para a volatilidade do mercado, com risco de pressão de queda nos preços, mesmo diante dos cortes de produção anunciados pela OPEP+.

Para Carlos Eduardo Silva, diretor da Excel, empresa líder em gerenciamento de combustível e gestão de frotas, essa conjuntura exige atenção redobrada de companhias que dependem diretamente do petróleo em suas operações. “Estamos em um momento em que a dinâmica global do petróleo exige que empresas de transporte, logística e frotas repensem suas estratégias. Há uma oferta crescente, mas os sinais de demanda enfraquecida indicam que o preço pode sofrer pressão, especialmente se os estoques continuarem elevados”, avalia.

Segundo o especialista, a situação reforça a urgência em investir em eficiência operacional - medida que reduz custos e atende às crescentes exigências ambientais. Otimização de rotas, manutenção preventiva, tecnologias de monitoramento de combustível e motores mais eficientes são algumas das soluções que garantem competitividade. Paralelamente, alternativas como biocombustíveis e outras fontes de energia começam a ganhar espaço, ainda que de forma complementar.

Para Carlos, o Dia Mundial do Petróleo deve ser um marco não apenas de celebração da relevância desse combustível na história, mas também de reflexão sobre o futuro. “A tecnologia e a inovação na gestão de combustível são ferramentas indispensáveis para garantir eficiência e competitividade, ao mesmo tempo em que pavimentam o caminho para uma transição energética mais responsável. O petróleo ainda é vital, mas a forma como lidamos com ele precisa evoluir”, conclui.

Fernanda Romio <fernandaromio@agenciabrands.com.br>