Hcor interrompeu a utilização do óxido nitroso
Fleishman -
Mudança pode reduzir em até 50% as emissões diretas de gases de efeito estufa do hospital
O Hcor – uma das mais conceituadas instituições hospitalares do país, interrompeu a utilização do óxido nitroso (N2O). Substância ainda muito utilizada nos procedimentos de anestesia, o gás é um potente agente de efeito estufa, com impacto também sobre a camada de ozônio. A mudança integra a agenda ambiental do hospital dentro das práticas ESG, que já resultaram em reduções na geração de resíduos por paciente-dia e no volume de descarte em aterros sanitários. Com o novo protocolo anestésico, e com base nos inventários dos últimos dois anos, a instituição estima uma redução de cerca de 50% nas emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1) no ciclo de um ano.
O uso do óxido nitroso tem impactos significativos para o meio ambiente, saúde humana, plantas, vida marinha e ecossistemas. Líder médico do Centro Cirúrgico do Hcor, Marcelo Alves Gonçalves, esclarece que a interrupção do gás não gera prejuízo em relação à aplicação de anestesias, visto que esta é uma dentre outras substâncias já utilizadas em procedimentos cirúrgicos.
Gonçalves explica que o sevoflurano, por exemplo, já é um agente utilizado como anestésico. “Com a eliminação do óxido nitroso, iremos equilibrar as doses das demais substâncias utilizadas e, com isso, teremos o mesmo efeito de diminuição temporária da atividade do sistema nervoso central, o que é necessário para a realização desses procedimentos”.
Essa adequação assegura que os protocolos de segurança dos pacientes sejam mantidos “ao mesmo tempo em que descontinuamos o uso de um gás que tem impacto negativo muito maior para a saúde do planeta em que vivemos”, destaca o médico anestesista cardiovascular com mais de 30 anos de experiência.
Além da alta capacidade de retenção de calor, o óxido nitroso permanece na atmosfera por cerca de 114 anos. Já o sevoflurano, anestésico que passa a ser utilizado como principal alternativa no Hcor, tem uma vida atmosférica estimada de apenas 1 ano. “Essa decisão está alinhada à nossa estratégia ESG corporativa, que prioriza a sustentabilidade socioambiental sem abrir mão da excelência assistencial. Para viabilizar essa mudança, desativamos o sistema de distribuição central do N2O, ajustamos os protocolos clínicos e garantimos o abastecimento de alternativas com segurança e eficiência”, afirma Julio Vieira, CEO do Hcor.
O papel das equipes médicas, técnicas e de suprimentos também foi um ponto de preocupação para a instituição. “Essa é uma transformação ambiental importante, mas também um compromisso com a segurança do paciente e a sustentabilidade institucional”, completa Gabriel Dalla Costa, diretor médico executivo do Hcor.
Reconhecimento do Pacto Global da ONU
Membro da iniciativa Hospitais Saudáveis e signatário do Pacto Global da ONU, o Hcor amplia a cada ano seu compromisso com uma operação ambientalmente responsável. Em 2024, o hospital registrou redução de 3,93% na geração de resíduos por paciente-dia e queda de 8,10% no volume destinado a aterros sanitários.
O resultado foi alcançado mesmo em um cenário de alta no número de pacientes atendidos (4,31%) e de cirurgias realizadas (7,7%). Esses dados compreendem o ano de 2024 e integram o case “Redução de Resíduos Hospitalares como Estratégia para um Futuro Sustentável” que foi reconhecido recentemente pelo Pacto Global – Rede Brasil, da Organização das Nações Unidas (ONU), no âmbito do Ambição 2030.
O case, inscrito na categoria Gestão de Resíduos, reforça o compromisso do Hcor com as práticas ESG. Atualmente, o hospital faz parte dos Movimentos Conexão Circular, Elas Lideram, +Água e Mente em Foco, do Pacto Global. O objetivo do Ambição 2030 é engajar lideranças empresariais, representantes do governo, sociedade civil, ONU e academia na promoção de ações concretas voltadas ao enfrentamento dos desafios globais mais urgentes como mudança climática, desigualdade social e preservação ambiental.
Em 2024, o hospital também registrou redução de 6,6% no consumo hídrico, 12% no consumo energético por paciente-dia e avanços na gestão de resíduos, com aumento dos volumes reciclados e compostados. Os recursos obtidos com a comercialização de recicláveis, no valor de R$ 237 mil, foram revertidos para projetos gratuitos de saúde realizados pela instituição. Mais informações sobre as práticas ESG do Hcor estão disponíveis no Relatório de Sustentabilidade de 2024.
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