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Rio de Janeiro registrou crescimento de 10,4% na produção industrial

O resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho das indústrias extrativas, com destaque para a produção de óleo bruto


Presidente Sérgio Duarte comemora resultado do IBGE, mas ressalta que outros setores ainda enfrentam dificuldades e que proposta de elevar o FOT pode afastar investimentos do estado.

O Rio de Janeiro registrou crescimento de 10,4% na produção industrial em julho, em relação ao mesmo mês de 2024, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada pelo IBGE. O resultado, acima da média nacional, foi impulsionado principalmente pelo desempenho das indústrias extrativas, com destaque para a produção de óleo bruto de petróleo e gás natural.

Apesar do avanço expressivo, o presidente da Rio Indústria, Sérgio Duarte, faz um alerta: o crescimento ainda está concentrado em um único setor, enquanto a maior parte da indústria fluminense segue enfrentando dificuldades.

—É um dado positivo, sem dúvida, mas precisamos ter clareza de que esse resultado está fortemente apoiado no setor de óleo e gás. A indústria em geral, especialmente os segmentos de transformação, ainda sente o peso da taxa de juros elevada e do ritmo menor da economia. Não podemos nos iludir: outros setores seguem sofrendo e precisam de condições melhores para voltar a crescer —afirma Sérgio Duarte.

O dirigente chama atenção também para o risco de perda de competitividade com o possível aumento da carga tributária no estado.

— O Rio de Janeiro demorou anos para recuperar parte do protagonismo industrial que tinha perdido. Esse avanço pode ser comprometido se for aprovado o aumento do FOT, que está em análise na Alerj. O impacto será direto: projetos que estavam prestes a vir podem ser cancelados, investimentos podem ser postergados e até mesmo empresas já instaladas podem decidir sair do estado em busca de ambientes mais competitivos, como Minas e São Paulo —alerta o presidente da Rio Indústria.

Para Sérgio Duarte, o momento exige equilíbrio e estratégia.

— Temos um setor forte em óleo e gás, mas precisamos de uma indústria diversificada, capaz de gerar empregos de qualidade em diferentes cadeias produtivas. Para isso, é fundamental garantir previsibilidade, segurança regulatória e não onerar ainda mais as empresas que acreditam no Rio de Janeiro —conclui.

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