Mercado Livre de Energia elétrica no Brasil chegou a 77.156 unidades consumidoras em junho de 2025
Infraroi -
Mais de 77 mil unidades consumidoras já migraram para o mercado livre de energia até junho de 2025, um salto de 123,8% em dois anos
O Mercado Livre de Energia elétrica no Brasil chegou a 77.156 unidades consumidoras em junho de 2025, conforme aponta a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse número representa um crescimento de 57,7% em relação ao mesmo mês de 2024 e um salto de 123,8% do mercado livre em dois anos.
Conforme aponta a CCEE, os consumidores de menor porte — com demanda abaixo de 500 kW e muitos deles varejistas — puxaram o crescimento do setor. Entre as 77.156 unidades consumidoras livres, 30.849 são varejistas, com demanda inferior a 500 kW, dos quais 26.680 migraram do mercado monopolista para o competitivo após janeiro de 2024, beneficiados pela Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia (MME).
Potencial de crescimento do mercado livre é ainda maior
Em maio de 2024, o Congresso Nacional recebeu a Medida Provisória nº 1.300/2024, que propõe a universalização do acesso ao mercado livre até 2027. A medida prevê que, em agosto de 2026, consumidores comerciais e industriais de baixa tensão poderão migrar, e em dezembro de 2027, será a vez dos consumidores residenciais. Com isso, todos os brasileiros poderão escolher seu fornecedor de energia, com uma expectativa de economia de até 40% na conta de luz.
Para Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), o primeiro grande salto foi dar a liberdade de escolha para as mais de 200 mil unidades consumidoras de média e alta tensão que, embora sejam menos de 1% da quantidade total, são responsáveis por aproximadamente metade do consumo nacional.
“Agora, a MP 1.300 pretende consolidar esse movimento, dando igualdade de direitos a todos os consumidores de energia”, concluiu, citando medidas importantes abarcadas pela proposta enviada ao Congresso Nacional em maio deste ano, como a abertura total do mercado, a migração sem subsídios e a criação do Supridor de Última Instância e do encargo de sobrecontratação.
“A principal vantagem do mercado livre é a economia, com consumidores podendo negociar diretamente com fornecedores. Além disso, é possível contratar energia de fontes renováveis, alinhando-se a metas de sustentabilidade”, afirma Uberto Sprung Neto, CEO da Spirit Energia, empresa especializada na migração e gestão de contratos nesse novo ambiente.