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Metso inaugura o seu centro de monitoramento remoto de ativos

Instalação já supervisiona remotamente 120 equipamentos e pode chegar a 500 ativos em sua primeira fase


A Metso inaugurou o seu centro de monitoramento remoto de ativos para supervisionar os equipamentos de clientes a partir de Sorocaba (SP). Além de acompanhar a “saúde” das máquinas da marca em vários locais do Brasil, os especialistas do centro podem alertar os clientes sobre operações que estão fora dos parâmetros determinados.

O centro amplia a estrutura de monitoramento da empresa. Antes da instalação atual, a Metso já vinha supervisionando equipamentos de clientes e ativos utilizados por ela em contratos onde assume a operação e manutenção de plantas. Marcelo Motti, vice-presidente de Vendas da Metso para o Brasil, diz que a expectativa é de que o centro seja uma referência de inteligência de dados, reforçando a estratégia de Mineração 4.0 da companhia.

Atualmente, a nova estrutura monitora 120 ativos, entre eles um parque de bombas de uma siderúrgica e mineradora nacional. Um contrato recém assinado com outra mineradora vai ser iniciado com o monitoramento de bombas e deve ser expandido para outros ativos. O objetivo, na primeira fase do centro, é acompanhar até 500 ativos remotamente.

Inteligência de dados no monitoramento remoto da Metso

No caso das plantas operadas pela Metso, a ideia da empresa é usar os dados coletados em várias etapas de processo para otimizar outras operações próprias e de clientes, a iniciativa de inteligência de dados citada por Motti.

“Estamos consolidando o conhecimento apurado nos 12 contratos em que assumimos a operação e manutenção e nossa ideia é levar essa inteligência para beneficiar todos os clientes”, explica. De acordo com ele, o conhecimento obtido deve ser aplicado principalmente para aumentar a disponibilidade dos equipamentos e reforçar a confiabilidade da operação deles em campo.

Entre os contratos existentes na modalidade em que assume a operação e manutenção, o executivo destaca a operação na qual a Metso foi contratada para otimizar uma britagem primária de minério de ferro. Além do contrato em si, a planta vai funcionar como um laboratório de mineração 4.0 da Metso no Brasil.

Como funciona o sensoriamento em campo

Tiago Batalha, gerente de Contratos de Serviço na Metso, destaca que a captação de dados é feita por sensores de vibração e temperatura instalados em pontos estratégicos dos equipamentos. “Os dados são comparados, em tempo real, com referências, e quando algo opera fora da normalidade, o sistema aciona alarmes para os clientes”, detalha.

No caso das plantas operadas diretamente pela Metso, o escopo de monitoramento é ampliado e inclui características do minério, como umidade e granulometria, além de uma atuação mais incisiva na operação dos equipamentos, de forma que a planta opere sempre no ponto ótimo, independentemente das variações do minério.

Especialistas e uso de IA

Além da estrutura física específica, o centro inova ao ter profissionais diferenciados. A equipe conta com engenheiros de manutenção, principalmente especialistas em vibração, que interpretam os dados para fornecer relatórios com indicativos de onde e como atuar nos equipamentos monitorados.

Outro perfil do centro são os engenheiros de processo de mineração, mais focados na análise das características de minérios e que avaliam as variações nas plantas, de forma a extrair o melhor do processo produtivo.

A Metso também aposta em novas tecnologias como o aprendizado a máquina (machine learning), que está associado ao sistema supervisório que recebe os dados em campo. “Este sistema realiza o processamento dos dados, fornecendo milhões de cálculos em poucos segundos para permitir a atuação nos equipamentos”, finaliza Batalha.

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