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Como a Cetesb monitora o ar que você respira?

Rede com 84 estações — sendo 62 automáticas e 22 manuais — acompanha a qualidade do ar em todo o estado, ajudando a proteger a saúde da população


Espalhadas por todo o estado de São Paulo, 85 estações de monitoramento da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) analisam o que está no ar que a população respira. Dessas, 62 são automáticas, com medição em tempo real, e outras 22 funcionam de forma manual, com coletas físicas e análises em laboratório.  

Juntas, formam uma rede de vigilância da qualidade do ar que orienta decisões de saúde, meio ambiente e prevenção, e ganha ainda mais importância nos períodos de estiagem, quando as condições climáticas podem dificultar a dispersão de poluentes. 

Instaladas em pontos estratégicos de grandes cidades e áreas industriais, essas estações medem, de forma contínua, a concentração de seis poluentes principais: material particulado (como poeira e fuligem), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. A qualidade do ar em cada estação é determinada pelo poluente de pior situação. 

“Essas estações representam o que a população está respirando, 24 horas por dia. Elas captam o ar, processam os dados e nos mostram se o ambiente está seguro ou se exige cuidados”, explica Maria Lúcia Guardani, gerente da divisão de Qualidade do Ar da Cetesb. 

Boletim diário e mapa interativo

Todos os dias, às 11 da manhã, a Cetesb divulga um boletim oficial com a média das últimas 24 horas e a previsão para o dia seguinte, indicando se o tempo vai ajudar a dispersar a poluição ou não. 

Esses dados são públicos e estão disponíveis no site da Cetesb e no aplicativo “Cetesb”, para celulares. O público pode acompanhar tudo por um mapa interativo da qualidade do ar, onde dá para: 

  • Escolher sua cidade; 
  • Ver a cor que representa o ar naquele momento; 
  • Conferir orientações de saúde para cada nível. 

O sistema funciona como um “semáforo do ar”: 

 Verde = boa qualidade 

 Amarelo = moderada 

Laranja = ruim 

Vermelho = muito ruim 

Roxo = péssima 

Quando a qualidade do ar requer medidas preventivas 

“Alguns poluentes são invisíveis, mas afetam diretamente a nossa saúde. Acompanhar a qualidade do ar ajuda a prevenir problemas respiratórios e adotar hábitos mais conscientes”, reforça Guardani.  

A Cetesb tem um protocolo de emergência quando a poluição ultrapassa certos limites. Isso é comum em dias secos, sem vento ou queimadas. Esses episódios são classificados em três níveis: 

  • Estado de Atenção: quando a qualidade do ar chega a níveis muito ruins e o tempo vai continuar ruim para dispersar a poluição. 
  • Estado de Alerta: se a concentração de poluentes subir ainda mais e persistirem as condições desfavoráveis. 
  • Estado de Emergência: quando a situação é extrema e representa risco direto à saúde da população. 

Como saber quando isso acontece? 

A Cetesb mede poluentes como o dióxido de nitrogênio (NO2), presente nos escapamentos dos carros. O limite seguro é de até 320 microgramas por metro cúbico (µg/m³). Se esse valor for ultrapassado, entra o Estado de Atenção. Passando de 640 µg/m³, entra o Alerta. E acima de 1130 µg/m³, é decretada Emergência, com risco real à saúde. 

O que muda nesses casos? 

  • Atenção: a recomendação é evitar exercícios físicos ao ar livre. Grupos vulneráveis devem ficar em ambientes fechados. 
  • Alerta: são adotadas restrições temporárias em indústrias e no tráfego. 
  • Emergência: atividades poluentes podem ser suspensas imediatamente. 

Em 2024, foram registrados cinco casos de Estado de Atenção em São Paulo, Mauá, Santa Gertrudes e Cubatão. Os principais fatores: tempo seco, indústrias e aumento de queimadas.

Imprensa Cetesb <imprensa_cetesb@sp.gov.br>

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