A produção de biogás se consolida como um dos segmentos mais promissores da matriz energética nacional
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Setor que cresce 40% ao ano e tecnologia favorece uma produção segura e escalável de biofertilizantes e biológicos
Com o avanço acelerado das energias renováveis no Brasil, a produção de biogás se consolida como um dos segmentos mais promissores da matriz energética nacional. De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o país tem um potencial estimado de 84,6 bilhões de metros cúbicos de biogás por ano e atualmente explora apenas cerca de 5,4% dessa capacidade. Este cenário representa uma oportunidade estratégica para fornecedores de tecnologia, como a GEMÜ, que têm registrado aumento significativo na demanda por válvulas industriais destinadas a esse tipo de aplicação.
“As consultas por válvulas para projetos de biogás aumentaram consideravelmente nos últimos meses. Válvulas borboleta com materiais específicos, como discos em aço inox e vedações em EPDM, NBR ou PTFE, estão entre as mais requisitadas, por sua resistência a compostos químicos agressivos presentes no processo”, explica Lélis Neto, coordenador de produtos da GEMÜ do Brasil.
Segundo o estudo da GEMÜ sobre o setor de biogás, válvulas borboleta são componentes fundamentais no controle de entrada e saída de substratos, gases e digestatos. Com presença em diferentes etapas da planta, do recebimento da biomassa à cogeração, esses equipamentos precisam suportar condições adversas, como alta corrosividade e presença de enxofre e amônia.
“Modelos como a válvula GEMÜ R480 têm se destacado por sua durabilidade e versatilidade. Temos soluções com acionamento manual, elétrico ou pneumático, que se integram facilmente aos sistemas de automação das plantas de biogás”, complementa Neto.
O estado do Paraná vem se posicionando como referência nacional na produção de biogás. Segundo dados da CNA, o estado possui o maior número de plantas de biogás do país, com 426 unidades instaladas, sendo 348 ligadas diretamente à agropecuária. Um reflexo direto do perfil produtivo da região.
Em 2023, o Paraná foi responsável por 53% da geração de biogás na região Sul, com um volume de 461 milhões de metros cúbicos normais. E o potencial de expansão é ainda mais promissor. Estima-se que o estado possa produzir mais de 2 milhões de metros cúbicos de biometano por dia, aproveitando principalmente os resíduos da suinocultura e de outras cadeias agroindustriais.
Além do potencial técnico, políticas públicas têm impulsionado o setor. Em maio de 2025, o governo estadual assinou o Decreto nº 9.817, que concede isenção de ICMS para operações relacionadas à produção de biogás e biometano, incluindo a aquisição de máquinas e equipamentos utilizados nesse processo.
“O cenário paranaense é um reflexo claro da transição energética em curso no Brasil. E estar presente com tecnologia de ponta nesse movimento é estratégico para a GEMÜ”, finaliza Lélis Neto.
Julia Abdul-Hak - Smartcom (julia.abdul@smartcom.net.br)