No Brasil 70% da energia provém de usinas hidrelétricas grandes, médias, pequenas e micro usinas
ENERCONS -
É o maior índice mundial de uso da água corrente para gerar energia.
No Brasil, ao contrário da França, 70% da energia que pode ser efetivamente consumida provém de usinas hidrelétricas grandes, médias, pequenas e micro usinas.
É o maior índice mundial de uso da água corrente para gerar energia.
Na França, 85% da energia elétrica consumida provém de reatores nucleares.
No Brasil 70% da geração, felizmente, depende apenas das chuvas, que apesar de a cada 11 anos apresentarem um período de seca e outro de cheias, tem uma regularidade tão grande, mas tão grande, que nosso país tem a quarta maior agropecuária do mundo.
Na França, 85% da eletricidade depende do fornecimento de urânio enriquecido da Rússia, e em forma mineral do Mali, Burkina Fasso e Niger.
No nosso Brasil, por dependermos da Chuva para gerar energia, fomos obrigados, felizmente, a construir reservatórios que se transformaram em lindos e piscosos lagos, com inúmeros outros usos, ainda incipientes em termos de qualidade, mas cheios de utilidade para o turismo, lazer, educação ambiental, hidrovias, irrigação por gotejamento com água superficial e favorecendo a percolação do precioso líquido para nossos aquíferos e reservas subterrâneas.
Sem falar na enorme segurança contra os efeitos das enchentes, que também a cada 11 anos, coincidindo com os ciclos das manchas solares, afetam todos os países da Terra.
Chega a ser ridícula a forma como tantos especialistas conseguem falar de energia renovável sem mencionar, nenhuma vez em seus vastos artigos publicados com fartura por suas gigantescas corporações, as palavras “energia hidrelétrica”.
Que são de longe, em dólares, ao longo do tempo, a maior riqueza do Brasil e de muitos países.
Até mesmo para não perderem a isenção e confiabilidade que formadores de opinião tem obrigação de apresentar aos seus consumidores.
Imagina alguém falar em Data Centers na Arábia Saudita e “esquecer” ou “cancelar” as palavras “petróleo e gás”!
Eu considero, um desrespeito vir ao Brasil e querer ditar normas e costumes, cancelando algo para nós tão importante como a energia hidrelétrica, produzida com nossa enorme capacidade hídrica.
Isso é Primitivo.
Bárbaro e neo colonizante é esta postura, tão intolerável quanto ir à Espanha e em um restaurante pedir óleo de soja e não o inigualável azeite de oliveira.
Por Luis Cuevas–
A convergência entre transformação digital e transição energética está abrindo um novo capítulo na forma como o setor de energia encara os data centers – e, mais recentemente, as estruturas de edge computing. Tradicionalmente vistos como grandes consumidores de eletricidade, esses ambientes críticos começam a se reposicionar no centro de uma discussão decisiva, ganhando relevância pelo seu potencial de atuar como aliados na geração, no armazenamento e na gestão de energia renovável.
A mudança de perspectiva é respaldada por dados da Agência Internacional de Energia (IEA), segundo os quais os data centers e as redes de transmissão de dados representam hoje cerca de 2% do consumo global de energia. Com a progressão de tecnologias como inteligência artificial (IA), 5G e computação em nuvem, essa demanda tende a crescer. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, essa alta pode se transformar em uma oportunidade de alívio para o sistema elétrico.
Isso ocorre porque as novas configurações de edge e data centers modernos já incorporam projetos de eficiência elétrica, microgrids e integração com fontes renováveis – como solar e eólica – em suas frentes de trabalho. Quando combinadas a sistemas avançados de armazenamento e controle inteligente, essas arquiteturas passam a atuar como hubs energéticos descentralizados, capazes também de armazenar e redistribuir energia.
Um exemplo emblemático desse movimento vem do setor de computação em borda. Como essas unidades são, por definição, distribuídas e instaladas próximas às cargas de uso, elas ocupam posições estratégicas na malha energética urbana e industrial. Isso abre espaço para que atuem como pontos de apoio à rede elétrica, principalmente em momentos de oscilação ou sobrecarga. Com meios digitais adequados, essas estruturas podem participar de programas de resposta à demanda (Demand Response), fornecendo energia armazenada ou reduzindo a utilização em horários de pico, com benefícios diretos para o sistema elétrico nacional.
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032), publicado pelo Ministério de Minas e Energia, a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira deverá ultrapassar 90% até o fim desta década. A combinação entre alta penetração de energia limpa e o avanço da digitalização cria uma sinergia única: mais do que apenas consumir eletricidade verde, data centers e plataformas de edge podem ajudar a estabilizar a rede elétrica e diminuir a intermitência característica das fontes renováveis.
Tecnologias de gestão energética baseadas em IA, UPSs de última geração e sistemas de armazenamento como baterias de lítio são peças-chave nessa equação. Elas possibilitam o armazenamento de energia em horários de baixa demanda e a liberação controlada nos momentos de maior necessidade, reduzindo picos de consumo e tornando o sistema mais resiliente. Em vez de serem percebidos como “vilões”, os data centers passam a ser vistos como ativos energéticos flexíveis com capacidade de contribuir para a confiabilidade da infraestrutura elétrica.
Outro ponto relevante é o alinhamento com os compromissos ESG, visto que empresas globais de tecnologia responsáveis pela operação de grandes data centers vêm adotando metas cada vez mais ousadas de descarbonização. Para cumpri-las, é imprescindível investir em soluções que diminuam a pegada de carbono das operações – e isso inclui a implementação de fontes renováveis e o aproveitamento de modelos energéticos mais inteligentes, distribuídos e integrados.
Essa transformação exige, evidentemente, um esforço coordenado entre fornecedores de tecnologia, integradores, utilities e governos. É necessário adaptar regulamentações, fomentar incentivos e ampliar a conscientização sobre o papel que os data centers e sistemas de edge podem desempenhar na modernização da matriz elétrica. A direção, porém, já está traçada: o futuro da energia será cada vez mais virtual e o da digitalização ainda mais renovável.
Edge e data centers como fontes de energia renovável são uma realidade em construção. Quanto mais cedo reconhecermos seu potencial de impacto, mais preparados estaremos para enfrentar os desafios energéticos da próxima década.
*Luis Cuevas é diretor de Secure Power e Negócios de Data Centers da Schneider Electric no Brasil
ENERCONS (sistemas@mailingimprensa.com.br)