A sanção da Lei 15.088/2024, que proíbe a importação de resíduos sólidos e rejeitos, representa um marco para o avanço da reciclagem no Brasil. Com a nova medida, espera-se um crescimento expressivo no reaproveitamento de materiais, reduzindo a dependência externa e valorizando a cadeia nacional. Atualmente, o país recicla entre 4% e 8% dos cerca de 90 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados por ano, segundo a Abrema. 

Nesse cenário, o uso de tecnologias automatizadas se destaca como um diferencial para melhorar a eficiência na triagem e no reaproveitamento de materiais. 

A Flacipel, braço de Reciclagem, Logística Reversa e Economia Circular do Grupo Multilixo, está na vanguarda e há trinta anos acompanha de perto esse movimento. A empresa, com capacidade para processar até 8.000 toneladas de resíduos por mês, utiliza tecnologias avançadas para separar papéis, plásticos, metais e vidro por tipo e cor, além da extração eficiente de metais ferrosos e não ferrosos. Com a sanção da nova lei, a empresa já observa um aumento na demanda por seus serviços, indicando um impulso no setor de reciclagem interna no Brasil. A medida fortalece a cadeia nacional de reciclagem e contribui para a valorização dos materiais recicláveis, ao incentivar que as indústrias passem a buscar essas matérias-primas no mercado interno.

“Somos a maior empresa de separação mecanizada da América Latina e uma das principais referências no setor de reciclagem no Brasil. Ao longo dos anos, estabelecemos parcerias estratégicas com indústrias, shoppings, hotéis e hipermercados, oferecendo soluções completas desde a coleta seletiva até o reaproveitamento de materiais. Hoje, processamos cerca de 8.000 toneladas de resíduos por mês, coletados na Grande São Paulo, o que reforça nossa posição como um ator chave na cadeia de reciclagem e no avanço de uma economia mais sustentável”, afirma Silvio Urias, sócio-diretor do Grupo Multilixo.

Dentre os principais materiais reciclados, o papel e papelão representam a maior parte, com cerca de 65% das toneladas processadas diariamente. Em seguida, os plásticos somam aproximadamente 24%, incluindo diferentes tipos como PET, PEAD, PP e filmes plásticos. Os metais ferrosos e não ferrosos respondem por cerca de 9%, sendo extraídos com precisão por sistemas automatizados. Já o vidro representa cerca de 2% do total reciclado. O restante dos materiais é transformado em CDR (Combustível Derivado de Resíduos), utilizado na indústria cimenteira.

A empresa oferece soluções completas, desde a coleta seletiva até a reciclagem automatizada, facilitando a comercialização de resíduos com empresas licenciadas e garantindo o retorno desses materiais à cadeia produtiva. “Nosso diferencial está na logística reversa e no Programa Aterro Zero, que agregam valor aos negócios dos nossos parceiros. Isso foi possível graças ao investimento contínuo em tecnologia de separação automática, como sistemas ópticos, separadores mecânicos e eletroímãs, o que maximiza o reaproveitamento de materiais e melhora as condições de trabalho,” explica o executivo.

Giovanna Montagner (giovanna.montagner@pinepr.com)