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Caminhar lentamente em direção a um futuro elétrico é uma má ideia diz o CEO da Volvo

Executivo diz que investimento agressivo da montadora sueca em EVs a fará capitalizar crescente demanda no mundo


O CEO da Volvo, Jim Rowan, criticou o que classificou como ‘lentidão’ dos concorrentes da marca de luxo na migração para veículos elétricos. Segundo o executivo, é uma “má ideia caminhar lentamente em direção a um futuro elétrico”.

Rowan considera que continuar a desenvolver modelos de motores a combustão ao mesmo passo em que se investe em carros elétricos a bateria é assumir o “risco de perder mercado”.

A montadora sueca tem um dos cronogramas de eletrificação mais agressivos do setor automotivo, com planos de se tornar totalmente elétrica até 2030.

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A fabricante promete lançar dois novos crossovers elétricos em 2023 e um novo EV todos os anos até 2026 ou 2027. De acordo com o CEO da Volvo, entre os modelos serão produzidos até o fim do ano estão o EX90 e um SUV compacto de "preço mais baixo".

Rowan aposta que a estratégia de investimento agressiva posicionará a Volvo para capitalizar a demanda crescente por EVs no mundo.

"O grande problema com as transições da indústria é que, se você não investir antes da curva, perderá o ponto de inflexão e não estará pronto para quando o mercado mudar. Estamos investindo antes da curva”, disse o executivo.

Vendas de veículos elétricos aumentaram mais de 70%
Em 2022, as vendas de veículos elétricos cresceram 72% em todo o mundo e chegaram a 7,97 milhões de unidades, de acordo com dados da LMC Automotive. Quase 10% dos novos automóveis leves vendidos foram carros a bateria.

"O mercado está caminhando para a eletrificação e é melhor você se preparar. Fomos ousados ??o suficiente para investir antes desse ponto de inflexão, que sabemos que virá”, pontuou o CEO da Volvo.

Elétricos da Volvo continuam em baixa
Por outro lado, os veículos elétricos representaram somente 11% das vendas globais da Volvo no ano passado. Bem abaixo da expectativa da montadora de luxo, que espera que os modelos de novas propulsões correspondam a, pelo menos, 50% de suas vendas.

O site Automotive News apontou que as margens da Volvo em veículos elétricos foram afetadas pelo alto custo das matérias-primas, principalmente do lítio, fundamental para a produção de baterias. Rowan afirmou que a fabricante sueca está em negociação com minas para obter acesso direto ao insumo a custos “mais previsíveis”.

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