Mercado global para aditivos asfálticos deve somar US$ 4,6 bilhões até 2030
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No Brasil, a tendência também é de crescimento, principalmente com o aumento do orçamento do DNIT para investimento em rodovias que passou de R$ 5 bi
O mercado global para aditivos asfálticos, que no Brasil vem registrando crescimento gradual na aplicação do chamado 'asfalto morno', deve crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de 4,2% mundialmente, atingindo a marca dos US$ 4,2 bilhões anuais em 2030. A conclusão é de um novo estudo da ReportLinker, empresa com sede em Lyon, na França, especializada em estudos setoriais que utilizam Inteligência Artificial para fazer projeções e identificar oportunidades de mercado.
Divulgado em fevereiro, o estudo Global Asphalt Additives Industry (Indústria Global de Aditivos Asfálticos) cita nominalmente a Ingevity, líder global e no Brasil na produção de insumos que viabilizam o chamado 'asfalto morno'. Trata-se da principal solução asfáltica em uso nos principais mercados do mundo, respondendo por mais de metade de todo o asfalto produzido nos Estados Unidos e Europa, e já presente em rodovias e capitais brasileiras, com ganhos ambientais, econômicos e sociais.
Para o gerente de negócios da Ingevity no Brasil, Hernando Macedo Faria, o novo estudo comprova a tendência de uso cada vez maior do asfalto morno no mundo, e aponta o caminho para essa solução no Brasil.
"O crescimento no Brasil vem ocorrendo de forma gradual na medida em que administrações públicas de todos os níveis e empresas que administram rodovias privatizadas tomam conhecimento dos ganhos que o asfalto morno proporciona. A tendência é essa solução avançar para todas as regiões do país, principalmente após as perspectivas para investimento em obras ter crescimento significativo conforme o orçamento do Governo Federal", destaca.
Apenas para obras em rodovias em 2023 o orçamento federal cresceu três vezes em relação a 2022. Somente no Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT), o orçamento para investimento especificamente em rodovias, que ficou em no máximo R$ 5 bilhões em 2022, saltou para R$15,5 bilhões em 2023 só para rodovias.
Esses números somados aos benefícios das misturas mornas para pavimento mostram que o 'asfalto morno' terá um cenário de crescimento muito importante, acrescenta Faria: "Normalmente, as misturas a quente conhecidas como CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) trabalham com temperaturas de produção acima dos 165°C. Uma redução de 40°C na produção, como proporciona o 'asfalto morno' da Ingevity, possibilita aumento de durabilidade em torno de 20% e uma redução de 35% no consumo de combustível na usina."
Segundo o executivo da americana Ingevity no Brasil, as temperaturas mais baixas durante a produção e aplicação das misturas mornas aumentam a durabilidade do pavimento devido à menor oxidação do ligante asfáltico, mantendo sua capacidade flexível por um período maior de tempo.
"Com a redução no consumo de combustível na usina, deixa-se de emitir ao menos 15% de gases causadores do efeito estufa, o CO2. A redução da temperatura para produzir a mistura, dos 165°C para 125°C, reduz em até 85% a emissão dos VOCs, ajudando o meio-ambiente e protegendo os trabalhadores envolvidos no serviço de pavimentação", concluiu.
Mercado de aditivos asfálticos deve crescer mais de 4%
O estudo da ReportLinker mostra que o mercado mundial de aditivos asfálticos, que atingiu US$ 3,3 bilhões em 2022, deve crescer 4,2% ao ano até 2030, quando o total global chegará aos US$ 4,6 bilhões. Apenas o segmento de modificadores poliméricos deve crescer 4,7% enquanto o de promotores de adesão deve crescer 4%. Nessa linha está o Evotherm, produto líder mundial da Ingevity que engloba os insumos que permitem a produção do asfalto morno, opção que reduz emissões de gases causadores do efeito estufa, demanda menos energia por eliminar a necessidade da produção de asfalto em temperaturas mais elevadas, agiliza a aplicação do asfalto mesmo em temperaturas mais baixas e reduz o custo total do asfaltamento.
Em dezembro de 2022, a Ingevity foi reconhecida entre as 500 empresas mais responsáveis dos Estados Unidos em ranking anual realizado pela revista Newsweek. A empresa ficou em 58º lugar na classificação geral, 10º lugar na categoria de materiais e produtos químicos e 1º lugar entre empresas com sede no estado americano da Carolina do Sul. Foi a primeira vez que a Ingevity apareceu no ranking, que avalia o comprometimento de empresas com questões ambientais, sociais e de governança corporativa que compõe o chamado 'ESG'.
No Brasil, a tecnologia da Ingevity está presente no asfalto morno utilizado em Porto Alegre, Curitiba e diversas estradas nos estados de Santa Catarina e São Paulo.
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Vinícius Spindler
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