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Projeções de produção traçadas pelas montadoras instaladas no país

Estimativa é de que saiam das linhas de produção instaladas no país 2,2 milhões de unidades


Bruno de Oliveira, AB

A falta de componentes nas linhas de montagem de veículos afetará novamente as projeções de produção traçadas pelas montadoras instaladas no país. De acordo com avaliação da Standard & Poor's (S&P) realizada em este mês, a produção total deverá somar 2,2 milhões de veículos até o final do ano, considerando o quadro econômico e produtivo atual.

O volume é menor do que aquele projetado pelas fabricantes de veículos em janeiro. Naquela oportunidade, a Anfavea, associação que representa as montadoras, estipulou um volume de produção total de 2,3 milhões de veículos. Com o cenário adverso nas fábricas e no consumo, no entanto, são altas as chances de a entidade revisar para baixo os números já na sua próxima apresentação dos resultados de junho, dentro de duas semanas.

Produção de veículos reduzida por falta de peças

Já em sua última apresentação, a entidade demonstrava que a situação era de certa forma desfavorável para que fosse alcançada a meta. Embora tenha sido mantida a projeção de janeiro, o presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite, afirmou naquele momento que o volume projetado seria algo viável por meio das vendas corporativas, uma vez que o consumidor pessoa física enfrenta dificuldades na contratação de crédito para financiamentos.

Mas ainda que exista essa demanda por vendas diretas, existe ainda a questão da falta de componentes nas linhas de montagem, um fator que compromete a disponibilidade de veículos para entrega na rede de distribuição. Segundo pesquisa da KPMG realizada com lideranças do setor, a expectativa é de que a normalidade em termos de fornecimento de partes e peças aconteça no país apenas no ano que vem.

Até maio, a falta de componentes nas linhas de produção fez com que as montadoras deixassem de fabricar 150 mil veículos. Nas contas da Anfavea, no janeiro-maio ocorreram 16 paradas entre as fabricantes, somando 331 dias de linhas inativas. No ano passado, pelas mesmas razões, deixaram de ser produzidos cerca de 350 mil veículos.

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