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Combate às mudanças climáticas globais e o desenvolvimento sustentável

Para a concretização da parceria, foram realizadas diversas reuniões e o workshop "A Sinergia da Pesquisa sobre Mudanças Climáticas na China


Termina no dia 23 de junho o prazo para a submissão de propostas à chamada lançada pela FAPESP em parceria com a Fundação Nacional de Ciências Naturais da China (NSFC). Com o tema “A dinâmica do sistema terrestre e sua relação com o desenvolvimento sustentável”, o edital pretende apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias, bem como o avanço e a aplicabilidade de metodologias que propiciem ações efetivas para o combate às mudanças climáticas globais.

Para a concretização da parceria, foram realizadas diversas reuniões e o workshop "A Sinergia da Pesquisa sobre Mudanças Climáticas na China e no Estado de São Paulo", que aconteceu em novembro de 2021 com pesquisadores das duas instituições envolvidos em ações de combate às mudanças climáticas e seus impactos – esforço alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): “ação contra a mudança global do clima”. O evento compartilhou as experiências bilaterais e propôs a criação de caminhos para uma troca de conhecimento internacional e interdisciplinar, além de estabelecer as diretrizes para a chamada FAPESP/NSFC 2022, lançada no âmbito do Programa de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (SDIC).

“Essa é uma parceria muito interessante porque é uma chamada que apresenta forte convergência ao plano científico do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais [PFPMCG], tanto que os projetos aprovados terão adesão automática ao PFPMCG. Outro ponto importante do edital é a excepcionalidade de concomitância de projetos pelos proponentes, ou seja, aqueles pesquisadores responsáveis por Projetos Temáticos [na FAPESP] podem aplicar para um novo Temático também nessa chamada, da mesma forma como os responsáveis pelos projetos de Auxílio à Pesquisa Regular”, esclarece Jean Ometto, membro da coordenação do PFPMCG.

Espera-se que as propostas apresentem uma parceria equilibrada em esforços equivalentes de pesquisa de cada uma das equipes, dos dois países. Para os critérios de seleção serão avaliados itens como: as múltiplas dimensões da pesquisa interdisciplinar voltada às mudanças climáticas; questões científicas em suas respectivas áreas e os desafios científicos do desenvolvimento sustentável, buscando atender a dois ou mais dos 17 ODS; estímulo à formação de jovens pesquisadores, construção de parcerias internacionais e busca pela excelência da pesquisa, especialmente ideias, metodologias e abordagens inovadoras.

Um dos eixos temáticos está relacionado com “a resposta e a gestão adaptativa de ecossistemas às mudanças climáticas”, que abrange questões como: a evolução da biodiversidade, estrutura, função, serviços de ecossistemas sob a influência das mudanças climáticas e das atividades humanas; mecanismos de impacto da poluição atmosférica e eventos climáticos extremos; e resposta do sistema alimentar às mudanças climáticas e ao aumento da concentração de gases de efeito estufa atmosféricos e respostas dos ciclos de carbono, nitrogênio e fósforo nos ecossistemas de florestas tropicais ao aquecimento global, entre outros.

O outro eixo temático trata dos “impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas, incluindo áreas costeiras, ecossistema agroflorestal e saúde humana e sua resposta” e traz como prioridade: estudos sobre resiliência e adaptabilidade das cidades às mudanças climáticas; respostas, feedbacks e previsão de mudanças dos sistemas oceânicos no contexto das mudanças globais; previsão de mudanças futuras e média de risco de eventos climáticos extremos; processos de dissipação de carbono da prateleira do mar e pesquisas comparativas sobre os padrões de variação das monções da Ásia Oriental e das monções sul-americanas.

O apoio da FAPESP se dará por Auxílio à Pesquisa Regular (até R$ 450 mil por projeto aprovado) ou Projeto Temático (com limite de R$ 1,7 milhão por projeto). Do lado da China, os projetos atenderão às regras próprias da NSFC, que vai financiar dois tipos de projetos, sendo 30 de capacitação com investimento de até US$ 100 mil cada, por três anos, que ofereçam seed money para possibilitar pesquisas colaborativas, mobilidade de pesquisadores, networking, workshops, treinamento, trabalho de campo etc. E ainda dez projetos de até US$ 300 mil cada, a serem realizados também em três anos, que abordem aspectos-chave dos ODS por meio de pesquisa conjunta. De acordo com a chamada, pesquisadores de um terceiro Estado ou país também podem ser incluídos na proposta como parceiros, tendo seus custos cobertos com recursos próprios.

A chamada está publicada em: fapesp.br/15435.

* Com informações da Assessoria de Comunicação do PFPMCG.

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