A gestão de carbono é o caminho para reduzir o efeito estufa e seus impactos ambientais e, hoje, encontra ressonância entre agentes públicos e privados, em escala global. Em 2016, por meio da ratificação de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o Brasil assumiu voluntariamente o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 37% no ano de 2025 (MMA, 2017).

Na iniciativa privada, a Air Products Brasil, multinacional especializada em gases industriais, especiais e medicinais, está engajada em alcançar seu objetivo mundial de descarbonização e aproveita o mês, no qual celebra-se a Biodiversidade e a Indústria, para reforçar sua meta de “1/3 até 2030”, que propõe reduzir as próprias emissões e estimular seus clientes a encontrar alternativas para reduzir as pegadas ambientais por meio de aplicações de  tecnologias voltadas a captura, sequestro e conversão de gases de efeito estufa.

Segundo Edson Basílio, gerente de aplicações e desenvolvimento da Air Products, uma das iniciativas voltadas à descarbonização é a redução na emissão de CO2 nos queimadores industriais, principalmente na indústria de cimento, vidros e metais. Isso se dá com a substituição do ar de combustão pelo oxigênio puro, durante o processo de combustão. Isso elimina o nitrogênio, que não reage com os componentes, da combustão. “Sem a presença do nitrogênio na combustão, todos os gases que entram no processo passam a fazer parte da reação química da queima, aumentando assim a eficiência energética dos fornos, o que resulta em redução do consumo de combustível e, consequentemente, na redução das emissões de CO2, além de uma maior produtividade e eficiência. Isso pode representar até 60% de redução das emissões de CO2, gerando uma economia de energia”, esclarece.

Ele acrescenta que na queima convencional (com ar) o nitrogênio ingressa na combustão e leva a concentração de energia (calor – energia da chama do queimador) para fora. “Por isso, a combustão oxicombustível pode fornecer até 60% de redução do CO2, assim como o aumento de produtividade e rendimento, por exemplo. Essa tecnologia aplicada já está estabelecida e comprovada em toda a indústria como segura, econômica e acessível, para reduzir a pegada de carbono.”

“Outro grande benefício ambiental da aplicação de oxigênio na combustão industrial é a redução do NOx (óxido de nitrogênio), tóxico para a atmosfera, que pode causar problemas respiratórios, afetar a saúde das pessoas e a biodiversidade”, complementa Basílio.

“Além disto, a Air Products é a líder global na criação de soluções de tecnologia para capturar CO2 da conversão de combustível fóssil antes que ele atinja a atmosfera - chave para captura, sequestro e uso de carbono (CCSU). Isso abrange todos os combustíveis fósseis, do gás natural ao carvão, usando reforma, gaseificação e combustão de oxicorte. Nossa tecnologia é baseada na experiência operacional adquirida em muitas instalações que já separam, purificam e transportam CO2 da reforma do gás natural, gerenciamento de gás de síntese da gaseificação e combustão de oxicombustível em mercados como aço e vidro. Nossa tecnologia em desenvolvimento oferece menor custo de captura de CO2 e se baseia em mais de 70 anos de experiência na implementação de tecnologia de separação avançada”, explica.

Basílio conclui ainda que a Air Products tem a possibilidade de captura, sequestro e uso do CO2 de gaseificadores e plantas de hidrogênio. “E temos a experiência e a força da tecnologia para inovar soluções, que ajudam a resolver essa questão ambiental urgente de nosso mundo.”

Para saber mais sobre esses avanços: https://www.airproducts.com.br/company/innovation/carbon-capture#/

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