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Brasil é forte concorrente a receber novos investimentos da Stellantis

Segundo a CEO da companhia, Carlos Tavares, não há dificuldade de financiamento para os projetos da região caso eles sejam rentáveis


O Brasil é forte concorrente a receber novos investimentos da Stellantis, segundo o CEO da companhia, Carlos Tavares, que passou três dias em visita às operações da companhia no país. Ele aponta diz “não ver dificuldade para o financiamento de novos projetos na região” que, dessa maneira, é candidata a receber parte dos € 14 bilhões anuais que a organização tem reservado para investimentos em todo o mundo.

Desse montante, o executivo explica que € 6 bilhões anuais já estão comprometidos em projetos de eletrificação e software que a empresa anunciou para próximos 5 anos e somam € 30 bilhões. O restante da capacidade de investimento entra em disputa entre as operações globais da companhia, mas Tavares admite que o Brasil e a América Latina estão fortes no páreo:

“Temos disponibilidade financeira e queremos investir no futuro da empresa, em tecnologia, mercado e produtos. A melhoria da rentabilidade na América Latina permite que a região se beneficie com investimentos para manter sua liderança. A situação é muito favorável”, diz.

Com aporte de R$ 16,2 bi em curso, empresa busca projetos rentáveis

Atualmente a companhia tem um pacote de R$ 16,2 bilhões em curso que começou em 2019 e vai até 2025. O montante inclui recursos anunciados pela então Fiat Chrysler Automóveis (FCA) e pelo antigo Grupo PSA que, em 2021 se fundiram para formar a Stellantis. O investimento prevê o lançamento de novos modelos e a atualização de fábricas na região.

Tavares aponta que, para receber outro montante, a região precisa apresentar projetos com alto potencial de rentabilidade – uma prioridade na organização. “Algo que não falta, já que temos muitas boas ideias na nossa organização e na equipe liderada por Antonio Filosa”, aponta, referindo-se ao Chief Operating Officer (COO) da companhia para a América do Sul.

O executivo responsável pela região dá sinais de que realmente há demanda por mais investimentos no futuro. Segundo ele, o plano é que 20% do mix de vendas da companhia seja de carros elétricos até 2030 . Recentemente, a empresa anunciou que produzirá localmente um veículo híbrido flex, com um motor elétrico e outro bicombustível.

“A chave do sucesso na região passa pela localização da produção. Precisamos começar a rota para industrializar aqui as tecnologias de eletrificação e, assim, trazer investimentos, desenvolvimento e emprego qualificado”, diz Filosa.

Brasil é sinônimo de liderança

A disposição de Tavares para investir na região não acontece sem motivo. O executivo lembra que a Stellantis é a maior montadora da América do Sul e a Fiat, a marca mais vendida. Segundo ele, a competitividade e foco da equipe local para chegar ao primeiro lugar é algo que ele gostaria de “exportar” para outras operações da empresa no mundo.

“Na América do Sul, os funcionários da Stellantis têm a mentalidade de querer o primeiro lugar, de serem os melhores. Globalmente, quando falamos da operação da região dentro da companhia, a primeira coisa que me vem à cabeça é que estamos falando de campeões”, conta o CEO.

Diante desse fôlego, Tavares espera seguir ampliando a participação da montadora na América Latina. O objetivo é saltar dos atuais 22% de market share para pelo menos 25% - nada menos do que um quarto do mercado local.

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