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Na ZF o principal impulso da digitalização é a busca por eficiência

Carlos Delich, presidente da companhia para a América do Sul, fala da estratégia de longo prazo da companhia para impulsionar a eficiência e a inovação


Giovanna Riato, AB

A transformação digital pode ganhar tração em diversas frentes de uma empresa. Na ZF, o principal impulso da digitalização é a busca por eficiência e, com isso, inovação, qualidade e melhores condições de atender ao cliente. É o que diz Carlos Delich, presidente da companhia para a América do Sul.

A organização foi uma das vencedoras do Prêmio Transformação Digital no Setor Automotivo 2021, entregue por Automotive Business, em novembro. Na entrevista a seguir, o executivo fala dos principais resultados dos investimentos na área, do ganho de eficiência, dos acertos e erros do processo.


Quais são as principais ações e resultados recentes do esforço de transformação digital da companhia?

A ZF vem investindo continuamente em processos de digitalização em suas unidades, tanto em atividades administrativas, como na operação e também em seu portfólio de produtos e soluções. A estratégia é tornar nossos processos cada vez mais alinhados aos princípios da indústria 4.0 e de automação. 

Entre os destaques estão a linha de produção de colunas de direção elétrica da ZF, em Limeira (SP), que entrou em operação no início de 2021 como uma das mais modernas de todas as plantas da ZF no mundo. Da mesma forma, a linha de montagem das inovadoras transmissões TraXon, na fábrica da ZF em Sorocaba (SP) foi estruturada para oferecer o estado-da-arte em processo produtivo, com flexibilidade, qualidade e agilidade. Está entre as mais conectadas e digitalizadas entre todas as unidades da empresa no mundo.

Como a automação tem apoiado o negócio da ZF?

O avanço na automação tem por base a consolidação do processo de digitalização da fábrica, acelerado em 2020.

A nossa unidade de negócios voltada para o mercado de reposição, a ZF Aftermarket, elevou a produtividade do centro de distribuição e logística em Itu (SP) em 18%. Isso graças à adoção de processos de digitalização. 

Em Itu nós inovamos ao implementar tecnologia de rastreamento de cargas por radiofrequência. Esta solução foi associada a processos de automação e digitalização, como o Vendor Managed Inventory (VMI) e o Robotic Process Automation (RPA), dotado de IoT.  

Além disso, reforçamos nossos programas de qualificação, Amigo Bom de Peça, voltado a mecânicos e Amigo Bom de Venda, voltado à balconistas e vendedores de autopeças, que são 100% digitais. Criamos a Oficinas ZF [pro]Tech, uma plataforma digital completa de auxílio aos mecânicos e donos de veículos.

Qual foi o impacto da pandemia no processo de transformação digital da companhia?

A pandemia acelerou muitos processos que já vinham acontecendo e estavam previstos. Essa aceleração ocorreu devido à alteração da dinâmica da sociedade, que geraram novas demandas. O e-commerce é um grande exemplo disso, além de atividades remotas, como qualificação à distância.  

Quais foram os principais desafios que a companhia enfrentou ou enfrenta nesse processo?

Uma transformação não se faz sozinha e se trata de uma jornada, não é uma ação pontual. Precisamos ter todos ao nosso lado e isso envolve os nossos parceiros de negócio, incluindo fornecedores. Além de um time capacitado e que tenha responsabilidade e criatividade para desafiar a situação atual e propor novas formas de se trabalhar, novos produtos, novas soluções. 

O Brasil tem se destacado neste processo, somos líderes em quantidade de projetos de inovação implementados e temos orgulho de que muitos deles são benchmarking para outras unidades do grupo em outras regiões.

Um processo de mudança sempre traz erros e acertos. Pode citar um exemplo de cada?

Começando do erro: já há algum tempo, trabalhamos com a metodologia ágil, dessa forma, damos espaço para nossos colaboradores testarem novas ideias, sem a pressão de que sempre tudo dará certo. 

O mais importante é aprendermos com as pequenas falhas que acontecem durante o desenvolvimento de uma nova ideia. 

Para o RFID na logística do aftermarket por exemplo, não foi na primeira tentativa que conseguimos fazer a leitura de todos os tipos de produtos.  Até que a tecnologia certa fosse desenvolvida para atender toda a diversidade de materiais que compõe o nosso portfólio foram muitas falhas que nos levaram ao pioneirismo nesta tecnologia em nosso mercado.

Agora pensando em acerto: nossa estratégia de longo prazo – estamos nessa jornada há muito tempo e os resultados demonstram que nossa abordagem é correta.

Quais são os próximos passos da transformação digital da empresa?

Os planos são de seguir investindo, inovando e buscando meios para atender plenamente as demandas de mercado e oferecer soluções. Em breve anunciaremos novidades. A ZF trabalha com base em planejamentos estratégicos de médio e longo prazo. 

São planos elaborados com grande antecedência, baseados em estudos de longa duração. Dessa forma, o estudo das tendências é contínuo, o que torna o cenário uma constante evolução de nossa parte. A ZF conta com 22 Centros de Desenvolvimento ao redor do mundo e investe anualmente 7,7% de seu faturamento global em novas tecnologias. 

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