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Poços Artesianos E Semiartesianos Estão Entre As Soluções Para A Crise Da Água

Sistemas de filtragem e filtros fazem ajustes na composição da água


Poços Artesianos E Semiartesianos Estão Entre As Soluções Para A Crise Da Água

O uso das águas subterrâneas está em alta devido à crise hídrica que exige novas soluções para o problema de seca que enfrentamos hoje. A perfuração de poços, entre eles, o artesiano e o semiartesiano, é uma das alternativas. O poço artesiano tem pequeno diâmetro e grande profundidade de onde a água jorra até a superfície, sendo preciso controlar sua saída. Para uso nas casas, a captação é feita por canos. Já no semiartesiano, a pressão da água não permite que ela chegue à superfície, por isso, é necessário bombeá-la. Ambos captam a água infiltrada em rochas e sedimentos dos aquíferos, que ficam protegidos da contaminação humana, sem geralmente precisar tratá-la. São necessárias manutenções preventivas para evitar problemas geológicos e mecânicos. Além disso, quando se recorre a tratamento é preciso fazer análises na água para identificar o melhor sistema de filtragem e filtros que atendam à demanda requerida. 
"É preciso esclarecer, primeiramente, que a nomenclatura técnica correta, de acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), é poço tubular profundo. Os termos artesiano e semiartesiano são usados na linguagem coloquial", explica Thiago Forteza de Oliveira, gerente de operação da General Water. Segundo Cláudio Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas), realmente poço artesiano e semiartesiano são expressões populares que diferenciam os que jorram água naturalmente dos que não jorram, respectivamente.
Além disso, poço tubular profundo está de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O termo significa que são obras de Hidrogeologia de acesso a um ou mais aquíferos para captação de água subterrânea. "Alguns poços tubulares têm ou não jorro natural de água na superfície. Isso ocorre devido à soma das pressões dos aquíferos seccionados durante a perfuração ser maior do que a pressão atmosférica", esclarece Cláudio Oliveira. Ele orienta que a execução deste trabalho exige estudos preliminares, aplicação de normas padronizadas, responsabilidade técnica e empresas capacitadas e com tecnologia para sua realização.



Aquíferos

O tema Águas Subterrâneas, segundo os especialistas, é cheio de mistérios e superstições e para desmistificá-los é preciso entender a ciência Hidrogeologia, que estuda as leis que regulam a ocorrência, a distribuição, o movimento e a qualidade das águas subterrâneas. A estimativa é de que os maiores volumes de água doce do Planeta encontram-se nos reservatórios subterrâneos, ou seja, 10,3 milhões/km³. Por esse motivo, a água subterrânea é um dos mais valiosos recursos naturais.
"As águas subterrâneas não são quaisquer águas naturais abaixo da superfície do solo. São as águas encontradas nos aquíferos subterrâneos constituídos por rochas ou formações geológicas que funcionam como reservatórios, condutores e filtros, onde volumes significativos destas águas estão em constante movimento por extensos percursos, desde as zonas de recarga até as de descarga", explica Cláudio Oliveira, presidente da Abas. Em nível microscópico, o movimento é lento, a infiltração da água no subsolo propicia um estreito e demorado contato com os minerais que formam a crosta terrestre, os quais vão se dissolvendo até que seja alcançado um equilíbrio entre essas substâncias (água e minerais). Os aquíferos têm a capacidade de proteger as águas subterrâneas da contaminação devido ao empilhamento de rochas de diferentes características físicas. Já o subsolo funciona como um poderoso filtro e reator biogeoquímico de depuração, protegendo-as contra agentes de degradação da superfície. As águas de superfície são turvas e com bactérias e diferem das subterrâneas, que não têm grandes problemas de contaminação física ou biológica, são límpidas e incolores com natural potabilidade.
Tipos e capacidade de produção
Porosos – Ocorrem em terrenos sedimentares, são os mais produtivos e constituem as maiores reservas.
Fraturados – Típicos de rochas cristalinas, a produtividade depende do grau de faturamento das rochas na área de interesse.
De acordo com seu formato, da situação de ocorrência no empilhamento de camadas geológicas e da sua profundidade, podem ser livres, confinados ou semiconfinados. Suas dimensões variam, indo de poucos metros ou quilômetros a extensões continentais, caso do Aquífero Guarani, maior do mundo em extensão e volume.
Terrenos sedimentares - Desde poucos litros até 500 mil litros/hora. Devido às características homogêneas dos aquíferos porosos, suportam bombeamentos de até 24h/dia.
Terrenos cristalinos - Produzem baixos volumes de água, entre mil litros/hora e 5 mil litros/hora, chegando a atingir até 50 mil litros/hora. Devido às características heterogêneas dos aquíferos fraturados, não suportam bombeamentos prolongados, em média, até 12h/dia.



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Tratamento
Não há diferenças entre os filtros e sistemas de filtragens para os poços artesianos e semiartesianos. Segundo Thiago de Oliveira, alguns poços tubulares profundos, pela condição natural do aquífero, são jorrantes, por isso, não há necessidade de instalação de bomba para captação da água. "Porém, isso é muito raro e também não há diferenças entre eles no tratamento da água. Nos dois casos, somente a análise da água bruta definirá o tipo de tratamento necessário de acordo com os usos propostos", afirma. 
Fabio de Oliveira Pinto, da gerência de projetos da Asstefil, também diz que é preciso avaliar a qualidade da água do poço artesiano e/ou semiartesiano antes de decidir qual filtro ou sistema de filtragem utilizar. "Somente por meio de um laudo de análise é possível determinar o melhor método para tornar a água potável", afirma. Segundo ele, dependendo do problema, uma solução se mostra mais eficaz do que a outra. Para isso, o mercado dispõe de filtros para retenção de impurezas, gosto, odores, cloro, ferro, manganês, etc. "Independentemente do tipo de filtro ou origem da água, os sistemas fechados sempre necessitarão de uma pressão para pô-la em funcionamento", ressalta.
Thiago de Oliveira destaca atualmente dois tipos mais relevantes de sistemas de filtração comuns no tratamento da água subterrânea: em meio granular e em membranas, ambos com o objetivo de separar sólidos em suspensão e/ou dissolvidos. Na filtração em meio granular, são aplicados meios filtrantes, como: areia para separação de sólidos suspensos (redução da turbidez); carvão ativado para adsorção de compostos orgânicos e/ou decloração (remoção do cloro); e zeólita para remoção de metais (ferro e manganês). Já na filtração por membranas, existem dois tipos que mais se aplicam às águas subterrâneas e têm melhor desempenho se comparados à em meio granular: a ultrafiltração, que separa sólidos em suspensão, como ferro e manganês; e a osmose reversa, cujo objetivo é a remoção de sólidos dissolvidos, como cálcio e magnésio (dureza), alcalinidade e flúor.
Os sistemas de tratamento de água, conforme o gerente de operação da GW, são utilizados sempre que há necessidade de se adequar a qualidade da água bruta, extraída da natureza, a um padrão que atenda aos usos propostos. Ele explica que se um poço tubular profundo for utilizado para abastecimento humano, por exemplo, a água deverá atender aos parâmetros de qualidade da Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, que define o padrão de potabilidade das águas em território nacional. "Isso demandará um sistema de desinfecção com cloro na água e, na maioria dos casos, ainda um de filtração porque há sempre que se adequar a qualidade da água, raramente pode ser utilizada diretamente sem passar por um tratamento", aponta.
Quanto aos filtros, Thiago de Oliveira diz que na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, existem dois tipos de aquíferos: sedimentares e fissurais, este último é a maioria, somente em algumas partes, como na região da Paulista, é que se tem água de aquífero sedimentar em quantidades significativas. "Os filtros só se aplicam nos aquíferos sedimentares. Nos fissurais, a água está presente nas fraturas da rocha e para captação não há necessidade de filtros, pois a própria rocha constitui a parede do poço. A tecnologia de filtros para poços está bem consolidada há décadas, mas não tem experimentado grandes avanços e inovações", constata. Segundo ele, existem ainda filtros específicos para fazer a sustentação da estrutura da parede do poço. "Estes filtros não têm nada a ver com os filtros de tratamento. Sua função não é tratar a água, mas sim compor a estrutura do poço", diferencia. São usados em poços construídos em regiões sedimentares, permitindo, paralelamente, a entrada da água da formação geológica para o interior do poço. Exemplos deles são o Nold, Espiralado e Geomecânico.


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A água dos poços pode conter teores elevados de sais minerais, o que requer tratamento. "O sistema de filtragem a ser aplicado varia pela composição físico-química da água e do uso ao qual se destina. Portanto, diferentes sistemas podem ser aplicados, dependendo da complexidade da filtragem", ressalta Cláudio Oliveira. De acordo com ele, a retirada de alguns sais minerais da água é possível através de sistemas simples, por exemplo, utilização de meios porosos filtrantes tipo filtros BAG, Cartuchos, Multimídia areia e sintético tipo Zeólita para retenção física, remoção de sólidos suspensos e redução de turbidez. Já para dureza, são usados abrandadores para remoção de sais, como cálcio, magnésio, ferro, manganês, cromo, níquel, etc.
Para cada elemento, deve ser projetado e especificado o tipo de resina apropriado. Na desmineralização de águas, remoção de todos os íons, preferir sistemas de filtros com resinas catiônicas e aniônicas. No caso de remoção de substâncias orgânicas e cloro livre, optar por aqueles à base de carvão mineral ou vegetal, sendo a regeneração feita com água aquecida. Para águas com altas concentrações de sais, como cloretos, sulfatos, fluoretos etc., podem ser usados sistemas mais complexos, como ultrafiltração e osmose reversa.

 

 

Uso é antigo e hoje está em alta
As águas subterrâneas são utilizadas como fonte de abastecimento desde as civilizações mais antigas. Com relatos de que sua origem tenha sido na China a.C., o termo artesiano passou a ser usado quando a população da cidade grega de Artesã perfurou um poço que jorrou naturalmente. Outra explicação é de que o nome se baseou em um poço perfurado no século XII na cidade francesa de Artois, que também jorrou água naturalmente na superfície.
Diversos países utilizam este recurso para diferentes fins com eficientes resultados, como os Estados Unidos, Austrália, Espanha, França, Alemanha, China, Rússia, Israel, entre outros. No Brasil, atualmente, muitas cidades fazem uso e diversas áreas adotam como soluções rápidas e econômicas viáveis e de qualidade. A indústria também busca autonomia de abastecimento. Na de bebidas e águas minerais, por exemplo, seu uso é estratégico e fator de sucesso do negócio.
Até alguns anos, a captação através de poços no país era apenas para suprir pequenas propriedades rurais. Hoje, são fontes autônomas nas áreas rurais, onde funcionam muitas vezes como as únicas alternativas. O setor agrícola vem amenizando os prejuízos na produção em estiagens prolongadas. Em muitas regiões, como no Oeste da Bahia e em Tocantins, Piauí e Maranhão, a perfuração de poços artesianos de grande porte possibilita o aumento na produtividade da soja, milho, algodão, entre outras culturas. Com a utilização crescente deste recurso, novos conceitos vêm sendo adotados na "agricultura de resultados".

 



Desafios

Existem problemas causados por não utilizar filtros, sistemas ou análises adequados que acabam afetando a qualidade da água captada e consumida. Segundo Thiago de Oliveira, o aproveitamento da água subterrânea por meio de poços tubulares profundos requer conhecimento técnico e gestão. "O problema de abastecimento não está resolvido quando simplesmente se perfura um poço. É preciso que seja dimensionado, construído e operado um sistema de tratamento adequado com respaldo técnico de empresas especializadas no setor. As águas subterrâneas devem ser uma solução de abastecimento, e não fonte de outros problemas que antes não existiam. Se não forem utilizados sistemas adequados de tratamento, a água poderá representar riscos para os usos aos quais é destinada", esclarece o gerente de operação da GW. De acordo com ele, no caso de consumo humano, esse risco impacta na saúde dos consumidores e, em um processo industrial, na qualidade do produto final.
"O uso de águas fora de padrões e de sistemas de correções inadequados podem causar sérios problemas e danos aos usuários", compartilha o presidente da Abas. Para consumo humano, fazem mal à saúde; na indústria, afetam os sistemas, caso das incrustações em caldeiras e tubulações e alterações nos produtos; e na agricultura, interferem na produção de algumas culturas e causam prejuízos aos solos.
"As águas subterrâneas captadas por poços tubulares têm características físico-químicas capazes de atender a diversos usos, porém, para determinados fins requer ajustes feitos por sistemas que abrandam, corrigem e/ou retiram alguns elementos da sua composição, tornando-a apta ao consumo, seja humano, agrícola ou industrial", esclarece. Segundo ele, são necessárias análises físico-químicas das águas por laboratórios capacitados que definam sua composição para o dimensionamento do sistema, que deve ser projetado de acordo com a correção a ser aplicada.
A água subterrânea é considerada de boa qualidade, apesar de também estar sofrendo com contaminação pela poluição. "A água de poço pode sofrer diversos tipos de contaminações, dependendo da região onde está localizado, ela pode sofrer interferências em sua composição devido às características do solo ou até mesmo infiltração de necrochorume que é um líquido viscoso e acinzentado que vaza na decomposição de cadáveres, seguindo, com a chuva, para o lençol de água subterrânea e podendo transmitir, por meio da ingestão ou contato com água, doenças como hepatite, febre tifoide, tuberculose, entre outras, este problema pode ocorrer quando os poços estão próximos a cemitérios legais ou ilegais", adverte Fabio de Oliveira. Em um sistema de filtragem, um ou mais tipos de filtros podem ser usados. "De acordo com a necessidade e a qualidade da água a ser tratada, é possível utilizar, no mesmo sistema, filtros para: remoção de cor e turbidez; remoção de gosto e cloro; redução de dureza; e proteção e segurança", indica o especialista da Asstefil.

Procura no mercado cresce muito

Com a crise da água, a procura para instalação de poços artesianos e semiartesianos aumentou muito no mercado. A busca por sistemas de filtragem e filtros também acompanhou este crescimento. "Hoje, com a escassez hídrica dos reservatórios de águas superficiais, evidentemente está havendo uma corrida para a exploração de águas subterrâneas. Há sempre a necessidade de tratamento da água e, com isso, os sistemas de filtração são automaticamente mais requisitados", avalia Thiago de Oliveira. Apesar disso, o gerente de operação da GW diz que a disponibilidade de água subterrânea não é uniforme no território nacional.
Regiões metropolitanas, como a de São Paulo, por exemplo, não têm água subterrânea disponível para substituir os mananciais de água de superfície. "Enquanto os especialistas em Hidrogeologia estimam uma disponibilidade hídrica das águas subterrâneas de 10 m³/s, a demanda atual da Grande São Paulo é de 70 m³/s. Desse modo, as águas subterrâneas podem ser estratégicas para indústrias e empreendimentos comerciais, que, ao utilizarem poços, aliviam a pressão sobre os mananciais de superfície, que devem ser utilizados prioritariamente para o abastecimento da população", alerta.  
"A utilização de água subterrânea tem sido alternativa para suprir qualquer tipo de uso. É a única opção viável a curto prazo para amenizar e/ou mesmo solucionar problemas de escassez de água, período em que a demanda por poços aumenta", aponta Cláudio Oliveira. De acordo com o presidente da Abas, estima-se que mais de 50% das cidades brasileiras sejam abastecidas por águas subterrâneas. "A água bombeada dos poços é injetada diretamente nas redes de distribuição, pois não precisam de tratamento, já que, geralmente, estão aptas para o consumo", afirma. Segundo ele, em regiões metropolitanas, existem poços operando para abastecimento de hotéis, condomínios, shoppings, hospitais etc. "O objetivo é de economia, autonomia e até mesmo de evitar racionamentos pelo serviço público", enfatiza.


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Em relação à cidade de São Paulo, conforme Cláudio Oliveira, onde realmente o subsolo é composto por rochas cristalinas e, tecnicamente e estatisticamente, os aquíferos existentes são menos produtivos, é uma solução de abastecimento para qualquer fim, indústrias, restaurantes, clubes, etc. e também pode ser alternativa ao abastecimento público sim. "Isso ocorre quando poços estrategicamente posicionados, em bairros distantes, por exemplo, são utilizados não para enchimento dos reservatórios, mas como reforço, com bombeamento direto na rede de distribuição", explica. No Estado de São Paulo, cerca de 70% dos municípios são abastecidos por água subterrânea de poços artesianos.
"Com certeza, este mercado está crescendo, infelizmente apenas em momentos de crise é que a população se preocupa", lamenta Fabio de Oliveira. No interior de São Paulo, por exemplo, é comum o uso de poços artesianos para abastecimento urbano, inclusive, a própria Sabesp utiliza, tendência que pode vir para os grandes centros. "Com a crise hídrica em São Paulo e na Região Sudeste, é iminente a utilização de outras formas de abastecimento à população. Temos que pensar não só na utilização de água subterrânea, mas também no reaproveitamento de água da chuva, dos processos industriais e de nosso esgoto sanitário, tornando-a em água de reúso para fins não nobres, entre outros," analisa o especialista da Asstefil.

 


Outros tipos de poços

Cacimba ou Doméstico – Típicos do Nordeste, são poços de grandes diâmetros, 1 m ou mais, abertos manualmente no solo, que captam água do lençol freático.
Maui – Galerias filtrantes construídas em áreas sedimentares muito utilizadas em regiões de ilhas marinhas.
Ponteira – De pequeno diâmetro construído com auxílio de jato de água. É aplicada uma ponteira filtro na base para captação de água, feita do lençol freático e/ou de aquíferos rasos.




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Custos para construção
Sendo uma das soluções para este momento de crise, é importante saber os preços para instalação. Fabio de Oliveira diz que é impossível afirmar que o valor de implantação de um sistema está alto porque depende do problema a ser tratado e dos produtos e tecnologias a serem utilizados. "Quanto pior for a qualidade de água do poço, mais componentes serão necessários e, consequentemente, mais cara ficará a implantação", relaciona.
O especialista lamenta ainda que, infelizmente, no mercado existem muitas empresas com pouca capacidade técnica que oferecem serviços nos quais o barato pode sair caro para o cliente. "Elas acabam, por conta da inexperiência, cobrando valores que mal bancam os custos e/ou utilizam produtos de baixa qualidade ou até mesmo deixam de utilizar componentes essenciais, visando apenas à redução de preços e ao fechamento do pedido. Quem sai no prejuízo é sempre o próprio consumidor que, ao perceber que o resultado obtido não atingiu a qualidade esperada, terá de fazer ‘adaptações’ aos equipamentos comprados ou muitas vezes até refazer todo o projeto", compara.
"Embora existam variações regionais e de projetos, diferentes diâmetros de perfuração e de profundidades, tipos e quantidade de materiais a serem instalados e sistemas de bombeamento que acabam elevando os valores finais, são investimentos viáveis com retorno de curto prazo que propiciam, além de autonomia no abastecimento, qualidade em relação a outras fontes e economia imediata", destaca o presidente da Abas. Por isso, a relação custo-benefício na construção e uso de poços tubulares, segundo ele, é muito vantajosa. "São soluções rápidas, em poucos dias, é possível, por exemplo, a perfuração de poços com profundidades medianas, entre 100m e 300m, nos locais ou próximos dos locais de consumo", indica.
Os poços tubulares devem atender aos padrões mínimos construtivos das Normas Técnicas para serem produtivos e ter vida longa, o que valoriza sua construção. "Os preços de poços com profundidades entre 100 e 150 metros variam entre R$ 50 mil a R$ 80 mil. Já em algumas regiões, é possível  profundidades superiores a 500 metros que atingem valores superiores a R$ 1 milhão", afirma Cláudio Oliveira. Hoje, no país, encontram-se preços variados. "Na maioria deles, é preciso ficar atento porque valores muito baixos significam que não devem estar atendendo aos padrões técnicos construtivos mínimos, o que resulta em poços pouco produtivos e com curta vida útil", alerta.


Contatos:
Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas):
www.abas.org
Asstefil: www.asstefil.com.br
General Water: www.generalwater.com.br
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