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Setor De Filtros Automotivos Prevê Desaceleração Para 2014

Prestes a dar entrada no segundo semestre de um dos anos mais esperados desde o anúncio da Copa do mundo, realizado em 2010, o setor já adianta que desempenho em 2014 não será o mesmo atingido no ano passado


Setor De Filtros Automotivos Prevê Desaceleração Para 2014


O tão aguardado ano da Copa do Mundo chegou e, junto dele, a realidade de que nem um evento desta magnitude pode ser garantia de prosperidade econômica para um país. O ano que começou como uma incógnita para muitos segmentos da economia brasileira, já começou a dar sinais de desaceleração. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria caiu de 1,24% para 0,96%.
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o setor automotivo, uma das chaves da economia brasileira, sentiu essa desaceleração na pele. As vendas do último mês de maio foram 7,2% menores do que as registradas durante o mesmo período do ano passado.

O mercado de filtros automotivos
Para representantes do mercado de filtros automotivos, apesar da desaceleração da economia brasileira, o mercado de filtros vai levar alguns anos para sentir isso na pele. O motivo seria o fato de o setor trabalhar, além de outras linhas de frente, o mercado de reposição. "Esta desaceleração de vendas de novos veículos deve impactar o mercado de reposição nos próximos anos, porém a frota de veículos no Brasil teve um crescimento muito expressivo nos anos anteriores e isto tem refletido positivamente neste momento para o mercado de filtros automotivos", explica Pedro Ortolan, diretor de venda reposição e marketing da Mann Hummel.


Setor De Filtros Automotivos Prevê Desaceleração Para 2014

Seguindo a mesma linha de pensamento, Luciano Ponzio, do departamento de aftermarketing da Freudenberg Filtration Technologies, afirma que, apesar de aproveitar a oportunidade da demanda do mercado de reposição, é preciso estar de olhos bem abertos para a economia e se manter por dentro dos caminhos que ela segue. "A desaceleração afeta todas as fábricas que fornecem para montadoras. Mas, ao mesmo tempo, elas voltam seus olhos para o mercado de reposição automotiva que, em muitos casos, pode equilibrar a situação. Nós da Freudenberg ainda não sentimos este efeito, mas estamos acompanhando o mercado atentamente."
Já para Vinícius Patrício, gerente de marketing e vendas para a América Latina da Parker Filtration, os recuos em investimentos em tecnologia são um sinal de que o mercado de filtros automotivos já vem se preparando para as consequências desta desaceleração. "A cadeia na indústria automobilística é imensa e os efeitos da queda de produção se fazem sentir em toda parte. Várias empresas com funcionários em férias coletivas, planos de demissão voluntária e até mesmo demissões. A maioria das empresas deixou de fazer investimentos nos últimos anos, seja em produtividade, em produtos ou tecnologia", pontua Patrício.
Com a chegada da Copa do Mundo os empresários também preveem um período de incertezas e já se preparam para uma possível queda de negócios durante o período dos jogos. "Nos segmentos automotivos em geral o mercado está um pouco incerto quanto ao crescimento para 2014. Com a Copa do Mundo e os feriados que foram decretados, provavelmente podemos ter uma desaceleração no mercado nesse período", afirma Ponzio.
Ao mesmo tempo, existe um clima de boas expectativas para o segundo semestre do ano, mais precisamente a partir de agosto, passado o período de Copa e férias. "Há uma perspectiva de que os negócios tenham um crescimento maior no segundo semestre, porém há uma incógnita chamada eleição presidencial. É notória a enorme expectativa dos mercados quanto ao resultado eleitoral", afirma Patrício.


Setor De Filtros Automotivos Prevê Desaceleração Para 2014

Novidades e perspectivas para o segundo semestre

De acordo com os representantes de empresas do setor, o segundo semestre de 2014 para o segmento de filtros automotivos está baseado no aumento da demanda do mercado de reposição. Segundo o diretor de vendas, reposição e marketing da Mann Hummel, a empresa espera manter os índices de crescimento que foram apresentados em 2013. Para a Parker Filtration, o crescimento deste ano também deve se manter positivo, graças a esta nova demanda do mercado de reposição.
Para Ponzio, da Freudenberg Filtration Technologies, ainda será possível manter os números de negócios com as montadoras, mesmo enfrentando o desafio da queda na venda de veículos novos. "Em 2014, não estamos esperando um ano tão bom como 2013, mas esperamos continuar crescendo na reposição automotiva. Nas montadoras, a gente espera manter os mesmos números de 2013. Até o momento, os dados mostram que temos grande possibilidade de atingir nossos objetivos." Sobre as novidades e lançamentos, a Freudenberg revela que vai aumentar a variedade de tipos de veículo para o filtro de cabine. "Para filtros de cabine, vamos lançar uma linha destinada a modelos que são novos no mercado, como a nova Mercedes Sprinter, o novo VW Golf, o novo Ford Fusion, entre outros.


Setor De Filtros Automotivos Prevê Desaceleração Para 2014


A Parker Filtration aposta em lançamentos voltados para alternativas sustentáveis. "Estamos apostando em produtos com redução de conteúdo metálico e que apresentem maior facilidade para reciclagem", diz gerente de marketing da empresa.
O foco da Mann Hummel é se antecipar as novidades do mercado e manter o padrão de tecnologia e qualidade nos produtos. "No nosso caso, por sermos uma empresa fornecedora dos equipamentos originais e com presença mundial, temos acesso antecipado a essas novas demandas e consequentemente supri-las", afirma Ortolan.



Anfavea prevê melhora nas vendas de veículos

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) acredita que as vendas de veículos irão crescer, recuperando os resultados tímidos do início do ano. Entre janeiro e abril, houve queda de 5% no total de veículos licenciados: 1,1 milhão contra 1,6 milhão no mesmo período de 2013.
Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, os resultados decorrem, principalmente, de dois fatores: a demora na regulamentação e mudanças nas exigências para concessão de crédito pelo Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), do BNDES, que financia a aquisição de ônibus e caminhões; e, no caso dos veículos leves, houve restrições na concessão de crédito pelo sistema bancário.
Moan explica que as regras do PSI ficaram mais flexíveis a partir do final de abril (parcela obrigatória mais baixa, mais simplicidade nos procedimentos para obtenção do financiamento e o aumento no limite de crédito por empresa). A expectativa da Anfavea, além disso, é que o governo busque soluções, junto ao sistema financeiro, para facilitar a concessão de crédito para aquisição de veículos novos.
"O mês de abril já teve uma performance melhor que em março. Crescemos 21,8%. Além disso, o PIB deve crescer na ordem de 2%, estamos vendo indicadores favoráveis no desempenho de vários setores", reforça Moan, ao explicar o otimismo do setor com os próximos meses. "Não compartilho do mau humor vigente no mercado. É viável melhorar os resultados", conclui.
Fonte: Agência CNT de Notícias


 
Contato das empresas:
Freudenberg:
www.freudenberg.com.br
Mann Hummel: www.mann-hummel.com
Parker: www.parker.com.br

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