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Tendências Em Tecnologia Para O Mercado De Eta E Ete

Reúso de água e controle de odores, a chamada quarta onda, estão entre as principais tendências do segmento


Tendências Em Tecnologia Para O Mercado De Eta E Ete


A preocupação para a excelência da potabilização da água antes que chegue à população ou a redução da quantidade de poluentes presentes nos esgotos, antes de chegar aos rios, justifica a implementação de novas tecnologias nos sistemas de saneamento das ETAs e ETEs.
O mercado busca soluções e inovações para o segmento de saneamento, as empresas apresentam as tendências em tecnologia, visando resultados a longo e curto prazo. Um bom exemplo é a preocupação atual com a falta de água, onde a água de reúso é assunto recorrente, com menor consumo energético possível, se torna uma das principais buscas e melhor opção diante do problema.
A Tecitec, especializada em filtração e tratamento de efluentes, é uma das empresas focadas no reúso dos efluentes tratados.
Segundo o engenheiro químico da Tecitec, Roberto Roberti Jr, tanto para ETAs quanto para ETEs, a empresa se dedica ao desenvolvimento de sistemas dotados de eficientes processos automáticos para controle de pH, redox, dosagens e auto monitoramento. O processo permite a otimização e substancial redução no consumo de reagentes, minimizando o incremento de STD (Sólidos Totais Dissolvidos) no processo, aumentando a qualidade da água e dos efluentes tratados.
Para a empresa, o reúso de água e efluentes é a tendência de mercado.
"As tecnologias que visam o reúso das águas e efluentes tratados estão tão consolidadas que, atualmente, já é possível partir de uma estação de água residuária para a geração de água destilada, com o uso após a ETE de, por exemplo: microfiltração+osmose reversa+POA (fotoquímico)", explica o diretor da Tecitec, Nilson R. Queiroz.
"A Tecitec objetiva ao máximo utilizar tecnologias de remediação em suas plantas, gerando a menor quantidade de subprodutos como lodo, odores, etc. Inclusive, temos as soluções completas para estes refugos também", conclui Queiroz.


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Acreditando no crescimento do mercado de reúso com baixo custo operacional, a GE Water & Process Technologies caminha para ter sistemas de tratamento de efluentes energeticamente auto-sustentáveis (ou próximos do consumo zero de energia), através da associação dos produtos LEAPmbr, GE Monsal e GE Jennbacher. Recente lançamento da linha LEAPmbr, um avanço na redução dos custos operacionais com a aplicação do cassete LEAP, que tem a menor demanda de ar para a limpeza das membranas. Também, foi lançado pela empresa o sistema LEAPprimary, que se refere a um tratamento preliminar avançado onde grande fração da matéria orgânica é separada em um filtro de banda e enviada para o sistema de digestão anaeróbia. Este tratamento preliminar permite dois benefícios:
- Reduzir a carga ao tratamento secundário, diminuindo o consumo energético do sistema MBR;
- Transferir a carga orgânica ao digestor anaeróbio avançado GE Monsal, uma referência na digestão dos sólidos para alta produção de biogás e geração de energia através dos motores GE Jennbacher.
Dentre o vasto portfólio de equipamentos e soluções para o tratamento de águas, a GE destaca como investimento tecnológico da empresa:
- A aplicação de membranas de ultrafiltração de fibra oca para o tratamento avançado de águas (sistemas ZeeWeed UF): as membranas de ultrafiltração trabalham como uma barreira efetiva para a remoção de sólidos em suspensão, material coloidal, patógenos, bactérias, vírus e outros agentes com tamanho superior ao tamanho nominal do poro (0,04 um).
De acordo com o gerente de vendas para Oil & Gas e Saneamento da GE, Marcus Vallero, nas plantas ZeeWeed UF (como a ETA UF Rio Grande, que irá entrar em operação em setembro de 2014), as membranas permitem a geração de água potável de alta qualidade, assegurando à população o acesso à água segura, independentemente das variações da qualidade dos mananciais, que em muitos casos são limitados e deteriorados (como na região metropolitana de São Paulo).
- Efluentes (sistema ZeeWeed MBR):  Nas plantas ZeeWeed MBR (como na Sanasa Capivari II e Sabesp Campos do Jordão), a combinação de um processo biológico com as membranas de ultrafiltração permite a geração de um efluente tratado de altíssima qualidade, coliformes termo tolerantes e parasitas ausentes, entre outros parâmetros).
"A qualidade deste efluente tratado é tão boa que permite o seu reúso em uma vasta gama de aplicações industriais, como, por exemplo, água de reposição para torres de resfriamento, entre outros usos", afirma ele.
- Digestão avançada de lodos gerados em ETEs, chamada de GE Monsal: as soluções GE Monsal (por ex. pré-tratamento hidrolítico, modernos misturadores a gás e trocadores de calor avançados) possibilitam melhorar significativamente a eficiência dos digestores existentes podendo-se alcançar remoções de SSV da ordem de 55%, com maior geração de biogás e maior geração de energia com motores GE Jennbacher.


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Sistema de tratamento de esgoto MBR e MBBR
- MBR: Podemos citar também a MBR (Membrane Bio Reactor) como outra tecnologia que permite a geração de água de reúso. Ela funciona como um filtro que deixa passar através dela somente água, alguns íons e moléculas de baixo peso molecular, barrando os sólidos e bactérias. A partir do tratamento avançado de esgotos domésticos, esta água tem amplo espectro de aplicações urbanas (ex: lavagem de equipamentos urbanos, industriais e agrícolas, e de maneira segura já que o efluente é praticamente livre de patógenos). Um sistema que, geralmente, é empregado com o módulo de membranas acoplado a um reator biológico aeróbio.
O processo de tratamento é quase o mesmo que ocorre num sistema de lodos ativados convencional.
A MBR possui vantagens quando comparada com as tecnologias de lodos ativados, como:
- Efluente final com elevada qualidade;
- A construção da planta é mais compacta, visto que elevadas concentrações de biomassa podem ser utilizadas (até 20 g/l);
- O efluente final pode ser encaminhado diretamente para um sistema de osmose reversa, ou utilizado como água para irrigação, lavagem de piso. O efluente já sai do sistema desinfectado;
- Baixa periodicidade de limpeza das membranas;
"A GE acredita fortemente que a tecnologia MBR (Bio Reator a Membranas) também terá um papel fundamental para diminuir a demanda por água dos mananciais nas grandes regiões metropolitanas que sofrem de escassez de água, como observado hoje nas macro regiões de São Paulo e Campinas. Um fato muito importante é que esta tecnologia não apenas endereça a importante questão de reduzir o consumo de água através do reúso dos efluentes, mas, também, pode representar uma importante receita adicional para as concessionárias proprietárias das plantas, através da justa remuneração da água de reúso disponibilizada", diz Vallero.
- MBBR: desenvolvida na Noruega na década de 1980, a MBBR é uma outra opção no sistema de tratamento de esgoto. Podemos destacar dois aspectos que justificam a adoção do processo MBBR como um destaque de evolução técnica no tratamento de efluentes orgânicos:
- Quanto melhor tratado o efluente, mais opções de reúso (nobre ou não nobre);
- Quanto menos captações dos corpos d´água, maior a preservação ambiental ou, ainda, no caso de descarte, quanto melhor a tratabilidade dos despejos, maior a possibilidade de melhoria do corpo receptor em alguns casos.
Basicamente, o processo de MBBR consiste em uma tecnologia adaptada aos sistemas de lodos ativados, por meio da introdução de pequenas peças de plástico de baixa densidade e de grande área superficial (biomídias) no interior do tanque de aeração, que atuaram como meio suporte para desenvolvimento do biofilme, mantidos em constante circulação e mistura, seja em função da introdução de ar difuso ou devido à existência de agitadores mecanizados. Dentre as vantagens estão:
- Menor volume dos reatores biológicos se comparado com o sistema de lodo ativado conjugado com clarificadores para alcançar os mesmos objetivos de tratamento;
- As taxas de aplicação de sólidos para as unidades de clarificação são significantemente reduzidas quando comparadas às de sistemas de lodo ativado;
- Maior capacidade para absorver cargas de choque;
- Possibilidade de trabalhar com baixa idade do lodo;
 - Maior eficiência da nitrificação independente da Idade do lodo, entre outras.
Pioneira nesse sistema, a Veolia possui inúmeras referências em esgoto municipal e plantas industriais, tais como: efluentes de refinarias, papel e celulose, laticínios, refrigerantes, siderurgias, etc. Reatores anaeróbios de altas taxas, como o BIothane UASB ("Upflow Anaerobic Sludge Blanket") e BIothane EGSB ("Expanded Granular Sludge Bed") também são bastante utilizados no tratamento de despejos municipais e industriais e lodos diversos, visando a utilização do biogás gerado nesses processos. 
"A Veolia, através da sua unidade de negócios AnoxKaldnes, especialista em reatores MBBR ("Moving Bed Bio Reactor"), lançou, recentemente, na feira de tecnologias IFAT em Munique/Alemanha, a sua mais recente solução de mídias plásticas para os reatores MBBR, denominadas
Z-MBBR", conta o gerente de Aplicação e Otimização da Veolia, Luiz Abrahão.
De acordo com ele, o processo Z-MBBR representa um grande salto e gera expectativa no dimensionamento de reatores MBBR. Essa nova mídia permite o desenvolvimento de um biofilme com diferentes espessuras pré-determinadas e auto controladas, para ser aplicado em diferentes configurações de sistemas MBBR, conforme a exigência solicitada pelo cliente.
Embora ambas as tecnologias sejam tratamentos biológicos, para Vallero, elas não podem ser comparadas, uma vez que visam resultados distintos: "A MBBR é mais utilizada para o atendimento dos requerimentos ambientais para o descarte não-rigorosos de efluentes tratados nos corpos d’água. Já tecnologia de MBR gera uma qualidade de água tratada muito superior à aquela que pode ser produzida por um sistema MBBR", avalia.

 

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Tratamento de odores (4ª onda)

A "Quarta Onda do Saneamento", termo bastante difundido pela Sabesp, é outra preocupação que ganha investimentos das empresas.
Desde que o tratamento de odores passou a ser uma exigência ambiental, social e até questão de segurança de trabalho, uma vez que os operadores das plantas ficam expostos a diversos gases inorgânicos e orgânicos, extremamente, maléficos a saúde, tecnologias para tratamento desses vapores incluem a cobertura dos tanques, coleta dos gases e, posteriormente, o envio para os sistemas de tratamento, feito com adição de químicos ou por meio de biofiltração em filtros com materiais diversos.
"A Veolia tem investido bastante em pesquisas em seus diversos centros de desenvolvimento. Outro foco de atuação é a recuperação e valorização de subprodutos de plantas de tratamento. Nas ETEs, além da remoção da matéria orgânica e nutrientes presentes nos efluentes, outros produtos podem ser valorizados, tais como: o biogás como fonte de energia, fertilizantes orgânicos do lodo gerado, recuperação de minerais (N,P,K), além da água de reúso", ressalta Abrahão.
Um problema, cuja solução se torna uma tendência de mercado. Classificados como quatro principais desenvolvimentos ou "ondas", que atualmente vêm sendo implementadas na área ambiental, e que tem importantes implicações no mercado dos minerais industriais. O quarto desenvolvimento ou a quarta onda, como é chamada, é a que exige controles mais rígidos para emissões atmosféricas e efluentes líquidos.
E essa causa também é alvo da Tecitec, como enfatiza Queiroz, diretor da empresa: "Quando necessário e/ou solicitado, utilizamos lavadores de gases, biofiltros, absorventes, ou outro, em função do tipo de gás volatilizado no sistema. Em ETEs de esgotos sanitários, os sistemas da Tecitec são fornecidos com fechamentos superiores dos reatores biológicos e decantadores secundários, munidos de tampas que conservam meio anti-odor adquiridos em refil".
Para ele, os odores das ETEs podem ser indicadores de sustentabilidade (neste caso, de condição ambiental e social). Uma estação de tratamento de efluentes não deve causar transtornos de quaisquer origens ao meio ambiente.
A Produquímica atua na fabricação e fornecimento de produtos químicos para ETA e ETE e é uma das principais empresas no fornecimento de tecnologia para prevenção na formação de odores.
Atuando nas principais empresas de saneamento do Brasil ela aponta como preventivo o Odorcap. Uma tecnologia que fornece blend de nitratos ativados com micronutrientes na formulação, prevenindo a redução de sulfatos a sulfetos e posteriormente em gás sulfídrico que se desprende para a atmosfera, provocando forte odor, desconforto, danos à saúde pública e corrosão.
"Odorcap previne esses danos, porque atua como aceptor de elétrons e, desta forma, as bactérias sulfato redutoras não mais "atacarão" as moléculas de sulfatos e não ocorrerá a formação do gás sulfídrico", explica o gerente de produtos da Produquímica, Luiz Carlos da Silva. O mercado desse segmento, em geral, está em ascensão, e assim que é desta visto pelas indústrias do ramo.
"Especialmente, no que se refere à quarta onda do saneamento: controle de odor. Também o fornecimento em conjunto de produtos químicos, equipamentos e serviços.", completa Silva.


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Expectativa para novas tecnologias

Um segmento com muitas promessas de inovações com enorme investimento em pesquisas gera para as indústrias não apenas expectativa, mas, também, confiança. O segmento exige inovação tecnológica e visão de mercado para atender às necessidades que surgem constantemente.
A Veolia, além de diversas tecnologias de ponta no tratamento de águas, efluentes e resíduos no catálogo, oferece contratos de operação e manutenção de plantas. 
"Se o cliente, seja ele do ramo municipal ou industrial, busca soluções confiáveis e com garantias mecânicas de operação e desempenho do processo, seguramente, a Veolia é a empresa certa para tê-los como parceiros", pontua o gerente de aplicação e otimização da Veolia, Luiz Abrahão.
A Tecitec aproveita a oportunidade de crescimento no mercado e desenvolveu o único equipamento em operação que já atende a nova adequação de NBR-14605 "Posto de Serviço – Sistema de drenagem oleosa. Além do mais, observa que a procura por soluções de assuntos co-relacionados têm aumentado neste ano, o que traz expectativa positiva para os próximos anos.
"Temos percebido uma demanda cada vez maior para sistemas de pequeno e médio porte, com possibilidade de reúso. Diferente de alguns anos atrás que os sistemas menores eram muito enxutos dedicados apenas em atender a legislação de descarte. Hoje existe maior consciência por parte das empresas de sempre buscarem investir em sistemas sustentáveis, com reúso, e também uma maior demanda por sistemas compactos e de pequeno porte, para mercados "novos" os quais anteriormente não buscavam soluções eficientes para tratamento dos efluentes gerados", informa o diretor da Tecitec, Fernando Queiroz.



Contato das empresas:
GE Water:
www.gewater.com
Produquímica: www.produquimica.com.br
Tecitec: www.tecitec.com.br
Veolia: www.veoliawaterst.com.br

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