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Cenários Econômicos E Tendências

Perspectivas econômicas para o Brasil 2011 e 2012



Cenários Econômicos  E Tendências

A Crise dos Estados Unidos, que passaram da classificação de AAA para AA+, não influenciou somente o país, mas uma série de países vinculados a ele. Uma pesquisa da Veja mostra que até o dia 04/08, 3,4 trilhões de dólares foram queimados nas bolsas, sendo que, deste valor, 166 bilhões são do Brasil. Ainda não se sabe se é passageiro, ou se é uma recessão profunda como a do Japão desde o final da década de 80. Porém uma dúvida se paira: Será que o Brasil está preparado para enfrentar a crise?
   

1) Desde 2008, nenhum banco brasileiro quebrou, exceto o PanAmericano;
2) Brasil tem mais caixa em reserva do que o total da dívida externa, com isso, investidores estrangeiros podem trocar o seu dinheiro sem problemas, dando mais credibilidade ao Brasil (fonte: Veja 10/08/2011);
3) Os juros estão em um patamar alto e baixá-los pode ter efeito estimulante na economia;
4) Empréstimo muito fácil dos bancos públicos e privados. Dessa forma, a população continua comprando a prazo, não estagnando a economia;
5) Distribuição de renda à população de baixa renda, fazendo mover a economia;
6) O Brasil atrai muitos investimentos estrangeiros, pois oferece bom retorno financeiro.


1) Muito dependente das commodities (70% das exportações), mercadorias de exportação(ex: soja) e minério de ferro, cujos preços são definidos pelo mercado mundial;
2) O governo, a partir de tributos, fica com 40% de tudo que é produzido, tendo menos dinheiro para a população movimentar a economia;
3) Gastos elevados do governo;
4) Governo que investe pouco – 18,6% do PIB;
5) Gargalos de infraestrutura;
6) Brasileiro não poupa, governo tem que buscar dinheiro de fora para investir.
O grande desafio para 2011 e 2012 será a estabilização da inflação, que começa a dar sinais de que está saindo do controle por pressão de demanda agregada superior ao PIB potencial. Para que este objetivo seja alcançado, o ritmo de crescimento precisa ser reduzido a patamares sustentáveis. O governo deve acelerar a exploração de serviços públicos pelo setor privado. O salário mínimo dever ter aumentos reais mais modestos nos próximos anos.
A economia brasileira deverá crescer 4,6% em 2011, de acordo com as projeções feitas pelo economista-chefe da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Rubens Sardenberg.


O número representa uma ligeira variação positiva frente à projeção de crescimento de 4,5% em 2011 auferida na última pesquisa da Febraban, em dezembro do ano passado.
"O cenário continua positivo, com crescimento econômico importante em 2011 e 2012. Tivemos uma certa piora na inflação, o que já era esperado. Os números externos também seguiram mais ou menos com o mesmo cenário. A gente vê uma certa piora no quadro de transações correntes, mesmo com a balança comercial maior. Contudo, são números extremamente confortáveis", avaliou o economista.
Para 2012, o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) nacional deverá ser de 4,5%, mesma projeção que aquela vista na pesquisa anterior. De acordo com o economista, a indústria deverá ser o setor com desempenho mais significativo em 2011, com alta de 5,1% no nível de produção na comparação anual.


A pesquisa realizada pela Febraban mostrou uma elevação na expectativa de inflação do mercado este ano. De acordo com o estudo, em 2011 a inflação deverá fechar em torno de 5,5%, em linha com as expectativas anteriores. Só em 2012 há expectativa de que a inflação recue para um patamar mais próximo ao centro da meta do governo, de 4,5%, ficando em 4,6% no próximo ano.
"Apesar da piora nas projeções para a inflação, não foram verificadas mudanças nas projeções para a meta da taxa Selic. Segundo a pesquisa da Febraban, há o consenso do mercado em relação ao patamar em que a Selic fechará 2011, de 12,25% ao ano - nível que permaneceu inalterado frente ao último levantamento da Febraban.
Segundo ele, em sua próxima reunião, o Copom (Comitê de Política Monetária) levaria a Selic para 11,75% ao ano, e para 12,25% na reunião seguinte. "A taxa deve permanecer assim ao longo de 2011", disse. É um número ligeiramente abaixo daquele apurado pelo último Relatório Focus, de uma Selic em 12,50% ao ano em 2011.
Cabe ainda destacar que nas pesquisas de agosto, setembro e outubro, as projeções para a Selic em 2011 se mantiveram em 11,25% ao ano, saltando 1 ponto percentual na apuração de dezembro. As medidas tomadas pelo governo para restringir o crédito no país têm influência nas projeções para a taxa Selic neste ano. Segundo ele, as expectativas seriam maiores caso o governo não tivesse adotado tais medidas, como a elevação do compulsório.


"Temos um cenário externo mais favorável para o saldo da balança comercial, com alta nos preços das commodities e a retomada do crescimento das grandes economias, que influenciam em um maior volume de exportações para o país. Para 2011, o levantamento da Febraban mostrou que a balança comercial deverá ter um saldo superavitário de US$ 9,3 bilhões. Em 2012, por sua vez, este saldo será positivo em US$ 5,3 bilhões, de acordo com o documento.
Este resultado está influenciado pela variação do preço das commodities. "O número comporta um cenário até que otimista, visto que as exportações continuam crescendo na cena interna", revelou o economista.
"O superávit primário deve mostrar um número ligeiramente abaixo da meta do governo." Em relação ao déficit em conta corrente, a pesquisa da Febraban mostrou que ele deve ser de US$ 67,9 bilhões em 2011, acima das projeções de US$ 67 bilhões divulgadas anteriormente. Já em 2012, o déficit em conta corrente deverá chegar aos US$ 70,8 bilhões, ligeiramente menor frente ao levantamento de dezembro (US$ 7,9 bilhões).
O economista ressaltou que não há nenhum risco de financiamento do déficit em conta corrente nestes dois anos. "As entradas financeiras são mais que suficientes para financiar este déficit, além de permitir o governo a fazer uma reserva."


O estudo da Febraban mostrou uma perspectiva de crescimento de 2,9% para o PIB norte-americano em 2011, contra 2,6% no cenário anterior. Para 2012, a projeção é de alta de 3,1% para a economia do país. "No cenário externo, os indícios da economia norte-americana estão melhores, mas é claro que não podemos dizer que a crise ficou para trás", avaliou.
O levantamento da Febraban, contudo, demonstrou perspectivas melhores para a inflação do país em 2011, com um CPI (Consumer Price Index) de 1,6% em 2011 e de 1,8% em 2012, frente as projeções de 1,5% e 1,7%, respectivamente, na pesquisa de dezembro. Cabe destacar que o risco de deflação nos Estados Unidos é apontado como um dos principais drivers negativos par uma possível retomada do crescimento da economia.



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