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Empresas Apostam Na Junção De Tecnologias Para Desmineralização De Água

O mercado que utiliza água desmineralizada já conhece as duas tecnologias de desmineralização para sua obtenção. A novidade é que apostar na mescla destas tecnologias pode ser a saída para conseguir a água com a qualidade necessária


Empresas Apostam Na  Junção De Tecnologias Para Desmineralização De Água

O mercado que utiliza água desmineralizada já conhece as duas tecnologias de desmineralização para sua obtenção. A novidade é que apostar na mescla destas tecnologias pode ser a saída para conseguir a água com a qualidade necessária, segundo o engenheiro e diretor técnico da Permution, Angelo Krieger.
"O fornecimento de equipamentos desmineralizadores vai além da tecnologia. É preciso know-how de como aplicar a melhor solução técnica econômica para a necessidade de cada cliente. É muito comum hoje combinarmos as duas tecnologias de desmineralização para obtenção de água desmineralizada conforme a água bruta disponível no cliente e os requisitos da qualidade final da água tratada". A empresa Solabia Biotecnológica, localizada no Paraná, mesclou as duas tecnologias, por exemplo.
Para isto, é imprescindível ter o conhecimento de alguns pontos. Segundo Krieger, é necessário ter em mente a qualidade físico-química e microbiológica da água necessária ao processo e qual a fonte de água bruta disponível. 
"Baseado nestas duas perguntas conseguimos determinar qual será a melhor tecnologia para desmineralização de água na relação custo x benefício. Pois nem sempre o maior investimento trará o melhor benefício para o cliente".
As duas tecnologias disponíveis atualmente são a de Troca Iônica e por Osmose Reversa. A Troca Iônica foi a primeira tecnologia para desmineralização de água industrial no Brasil, por isso tem seus adeptos até hoje, segundo o diretor, que cita as principais vantagens da tecnologia.
"A TI é muito robusta e flexível para a maioria das aplicações onde o conteúdo microbiológico da água não é relevante. Ela mantém a preferência entre os clientes devido ao menor custo de investimento". Mas lembra também sobre suas desvantagens.
"A desvantagem é a manipulação de produtos químicos extremamente agressivos e atualmente controlados pela Polícia Federal e Polícia Civil, que exigem licenças específicas para aquisição dos regenerantes. A neutralização dos efluentes advindos da regeneração é outro problema para as empresas, pois muitas não possuem ETE para tal finalidade".
O engenheiro fala também sobre a Osmose Reversa. Segundo ele, se no resultado físico-químico da água a TI é mais eficiente, em relação à microbiologia da água desmineralizada, a Osmose Reversa supera a TI com extrema vantagem. Ele cita outras vantagens. 
"Atualmente a OR não possui o alto custo que tinha como foi em sua chegada ao Brasil. Em muitos casos, conforme a qualidade da água bruta, o valor desta tecnologia se equivale a da TI". Além disto, segundo ele, a qualidade da água desmineralizada é continua (não sofre altos e baixos como na TI), não necessita de químicos agressivos periodicamente para seu funcionamento (apenas limpeza química trimestral ou semestral conforme a qualidade da água bruta), área de implantação menor que na TI (hoje em muitas indústrias este é um fator determinante). Mas o diretor deixa claro também, a maior desvantagem da OR: "o rejeito desperdiçado".
Para esta questão, no entanto, a empresa desenvolveu a Unidade Recuperadora de Rejeito (URR) que faz com que o aproveitamento da água bruta chegue até a 90% numa planta de Osmose Reversa com URR acoplada.
"Foram projetadas para auxiliar as empresas que já possuem um sistema de osmose reversa e desejam minimizar o rejeito gerado no processo. São unidades com vazões de rejeito a partir de 500 l/h até 100.000 l/h com projetos padronizados, mas ajustados caso a caso". 
O diretor ainda dá outras vantagens para quem utiliza a URR. "Diminui o rejeito da Osmose Reversa para 10% sem gastar mais energia elétrica, atende qualquer marca de Osmose Reversa existente no mercado, economiza produtos químicos no sistema de pré-tratamento, reduz o custo com o tratamento de efluentes". Independente da tecnologia utilizada, no entanto, é importante pensar na manutenção dos equipamentos. 
"O cliente decide qual será a vida útil de seu equipamento, como qualquer outro dentro de uma indústria. Sempre recomendamos manutenções preventivas e neste ponto, a Permution tem auxiliado seus clientes com uma equipe de pós-vendas dedicada e de alto nível". 
O engenheiro ressalta.
"Paradas corretivas são as piores porque não sabemos quando podem ocorrer e nem quanto vão custar, podendo levar a indústria a enormes prejuízos quando somados os custos de uma fábrica ou linha inteira parada por um problema que poderia ser evitado numa manutenção preventiva".
Embora o mercado já utilize as duas tecnologias, o diretor acredita que ele está em expansão, principalmente porque muitas empresas poderiam melhorar seus produtos com a utilização da água desmineralizada. 
"Ainda o mercado não reconhece de forma ampla os benefícios da água desmineralizada e ainda existe muito mercado a ser atendido por sistemas de desmineralização de água". E o principal entrave, segundo o engenheiro, é a desinformação quanto às necessidades da própria empresa.
"Muitos clientes não sabem exatamente o que querem e carecem de informações técnicas para uma adequada especificação do sistema de desmineralização".
Rafael Melo, coordenador de marketing da Vexer, também fala sobre a possibilidade de expansão da desmineralização de água. "As indústrias que possuem necessidade de água desmineralizada para seus processos reconhecem a importância, porém indústrias que poderiam vir a utilizar e teriam melhorias, ainda precisam ser orientadas quanto aos benefícios, então, isto nos leva a conclusão de que ainda há muito mercado a ser explorado".
Fundada em agosto de 2007 pela união de profissionais com especialização no segmento de Tratamento de Água e Osmose Reversa, a empresa, sediada em Curitiba, conta hoje com cerca de cinquenta profissionais especializados em diversos setores que tratam desde a concepção do projeto até a instalação final e o suporte técnico de pós venda.
Para o coordenador, é preciso que a empresa leve em consideração alguns pontos na hora de escolher a tecnologia. "Valor a ser investido, segurança operacional, qualidade da água a ser produzida, o atendimento às normas, a qualidade da água de alimentação e o espaço disponível para instalação".
Com a crise política e econômica no Brasil, muitos projetos estão engavetados. Mas o engenheiro aposta que a área de aditivo automotivo (ARLA 32) é a que promete maior expansão no consumo de água desmineralizada nos próximos anos.

Desmineralização – Entenda o processo
A água em seu estado natural, nunca é absolutamente pura. Muitas vezes essas águas contêm metais pesados e por isso necessitam passar pelo processo de desmineralização para que sejam utilizadas em processos químico-industriais. Indústrias farmacêuticas, químicas, alimentícias, de bebidas e empresas que utilizam caldeiras de alta pressão são as que mais utilizam água desmineralizada.
Isto porque sem a desmineralização, os equipamentos por onde a água passa, podem ser prejudicados pelos minerais que ali se encontram. Os sistemas para desmineralização da água são utilizados para reduzir condutividade, sílica e demais íons, principais responsáveis causadores de entupimentos em tubulações de alta pressão. 
Como a desmineralização da água ocorre através de remoção de íons, o processo é comumente chamado de deionização.
O processo de desmineralização de água por resinas de troca iônica é o sistema mais simples e econômico utilizado para purificação de água. O processo de desmineralização da água por troca iônica consiste na remoção quase total dos íons presentes na água através de contatos com resinas de troca iônica. Cátions como cálcio, magnésio, sódio, potássio e outros são removidos quando a água passa por um leito contendo resina catiônica. Já os ânions como carbonato, cloro, flúor, fosfato, nitrato e outros, são removidos quando a água passa por um leito contendo resina aniônica.
Durante a troca de íons, a resina tem sua capacidade de troca exaurida, ou seja, ela pode se regenerar com produtos químicos desde que esses produtos sejam adequados, portanto o processo de troca de íons é reversível. Para o sistema de desmineralização ser completo é necessário filtro de areia, filtro de carvão ativado, coluna de resina catiônica, coluna de resina aniônica e filtro em cartucho.
O filtro em areia tem como função a retenção das partículas insolúveis presentes na água, tem formato cilíndrico vertical, pode ser construído em fibra, aço inox ou aço-carbono. Para água bruta clorada, o mais indicado é o filtro de carvão ativado. A sua enorme superfície elimina a coloração. O carvão absorve o cloro e a matéria orgânica, prevenindo a oxidação sobre a matriz das resinas. O filtro em cartucho tem por objetivo remover partículas maiores, remanescentes da água de alimentação. O fluido contaminado entra na lateral do filtro e é distribuído uniformemente ao redor dos cartuchos, onde esse processo de filtração ocorre de fora para dentro e são retiradas todas as partículas sólidas, que após sua saturação, podem ser retiradas totalmente através do descarte do cartucho de BY-PASS através de seu sistema de molas ou por anel O’ring de vedação. A coluna de resina catiônica e aniônica tem como função nesse processo a purificação de água.
A membrana de Osmose Reversa age como uma barreira aos sais dissolvidos e moléculas inorgânicas. O princípio de operação consiste na aplicação de uma pressão superior à pressão osmótica, forçando a passagem da água para o lado da solução diluída. Dessa forma, de um lado obtém-se água desmineralizada e de outro, água com alta concentração de sais. Com este processo, pode haver redução de sais dissolvidos em até 99% fornecendo água desmineralizada para diversas aplicações laboratoriais.
Equipamentos de uso laboratorial para tratamento de água por osmose reversa é indicado para aplicações onde se deseja ter uma água com níveis mínimos de sais dissolvidos, indicado para aplicações tais como química analítica, preparações de reagentes, química fina e pesquisas. Todo sistema de tratamento de água por osmose reversa é composto por pré-filtro de carvão ativado capaz de remover da água resíduos de origem orgânica e cloro por adsorção. 


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