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Limpeza Técnica De Componentes E Sistemas

Procedimentos de checagem dos processos produtivos de limpeza garantem a qualidade das peças em contato com fluidos após a montagem


Procedimentos de checagem dos processos produtivos de limpeza garantem a qualidade das peças em contato com fluidos após a montagem

por Eng°. Alex Peixoto


Atualmente a exigência de limpeza superficial e interna de componentes utilizados na montagem de sistemas automotivos, industriais e para utilização em processos mais críticos como os equipamentos da indústria farmacêutica, alimentícia e eletrônica, faz com que os processos de fabricação e lavagem antes da montagem sejam rigorosamente submetidos à verificação e validação.
Os métodos de checagem dos processos produtivos de limpeza são executados em dispositivos de laboratório especificamente destinados a conferir através, por exemplo, de gravimetria ou granulometria, se as técnicas adotadas atendem estas exigências. Para o setor automobilístico na Europa, a VDA (Verband der Automobilindustrie), organismo técnico responsável pela publicação de recomendações de procedimentos de testes para o setor, já estabelece, através do boletim técnico VDA-Band 19, as referências de níveis de contaminação aceitáveis para diversos tipos de componentes automotivos a serem verificados nos processos de manufatura.
Estas recomendações são identificadas pelo código de limpeza do componente ou simplesmente CCC (Component Cleanliness Code), sendo expressas com base na norma ISO 16232:2007.
A norma ISO 16232:2007 estabelece todos os procedimentos de análise de contaminação de componentes automotivos, desde a extração dos contaminantes presentes no componente em teste, à identificação destes contaminantes com suas medições de tamanho e massa, contagem, distribuição e a forma de expressão normalizada. Na tabela 1 temos exemplos adotados a partir de janeiro de 2007 de classes de contaminação para diversos casos de aplicação automotiva.

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A interpretação do CCC, conforme a norma ISO 16232:2007, abrange três características que são a referência utilizada para a análise, a classe de tamanho do contaminante e a classe de concentração encontrada na referência adotada, conforme os exemplos abaixo:
A tabela 2 apresenta as classes de tamanho, enquanto a tabela 3 apresenta as classes de concentração, ambas conforme a ISO 16232:2007 para a determinação do CCC em referência ao volume úmido (Vc), à área úmida (Ac) ou ao componente (N).

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Para se ter uma idéia do aspecto visual de alguns destes CCC, a figura 1 apresenta um CCC = A (B7/C6/D4/F0/G1/H0), enquanto a figura 2 apresenta um CCC = A (B16/C15/D12/F6/G2).

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Para a obtenção destas membranas de análise, a forma de extração dos contaminantes do componente testado é descrita na ISO 16232:2007 e que, dependendo do formato e dimensões da peça, a extração poderá ser ultrasônica, por rinsagem e por lavagem interna (flushing). A Hydac possui duas séries de unidades de teste de contaminação chamadas CTU (Contamination Test Unit) e que permitem a obtenção destas membranas conforme a necessidade do fabricante de componentes, conforme exemplo das figuras na página seguinte.
Além dos detalhes técnicos inerentes a cada uma das séries, cabe destacar que no estágio atual de desenvolvimento destas unidades de teste, já estão disponíveis os tamanhos de cabine compatíveis com estas necessidades, além de construções específicas das cabines com os acessórios de extração, de acordo com o processo de análise.
Estes procedimentos de checagem dos processos produtivos de limpeza garantem a qualidade das peças em contato com os diversos fluidos de operação, após a montagem dos subsistemas utilizados nos equipamentos completos.
Uma aplicação com especial destaque é a cabine desenvolvida pela Hydac para a Mann+Hummel na Europa, com o objetivo de avaliar o processo de manufatura de uma linha especial de filtros de combustível para aplicação automotiva.

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Neste caso, a necessidade da Mann+Hummel era de checar a contaminação introduzida durante o processo de fabricação destes filtros de combustível, através do processo de extração por lavagem (flushing) e, com isso, avaliar a eficácia dos processos de limpeza anteriores a esta etapa na produção.
Por ser uma checagem da condição interna do componente, o desenho da CTU Hydac permite a extração dos contaminantes apenas do lado interno da carcaça de filtro, não havendo influência alguma da contaminação existente no lado externo, o que poderia “mascarar” o teste.
Atualmente, há na Europa quatro unidades Hydac CTU nas plantas da Mann+Hummel, que produzem esta série de filtro de combustível automotivo fazendo a checagem de limpeza, garantindo assim a qualidade do produto.Limpeza Técnica De Componentes E Sistemas

Hydac Tecnologia Ltda.
Tel.: (11) 4393-6600 - www.hydac.com.br

 

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