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Folhas De Níquel/Cromo Tecnologia Da Açoplast

A Açoplast abre para a Revista MEIO FILTRANTE sua fábrica de folhas de níquel/cromo, mostrando desde sua confecção até a sua utilização.


A Açoplast abre para a Revista MEIO FILTRANTE sua fábrica de folhas de níquel/cromo, mostrando desde sua confecção até a sua utilização.

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Níquel/Cromo Tecnologia Da Açoplast
Fábrica da Açoplast em Itapira - SP

Ao longo de 39 anos de história, a Açoplast mostrou ser uma empresa que tem como uma das suas principais características trazer produtos com qualidade definida. Um de seus produtos que possui uma exclusiva tecnologia são as folhas de níquel. Essas folhas de níquel são voltadas para centrífugas no segmento de tintas, usinas de cana de açúcar, suco de laranja (alimentos) e fecularia. As folhas de níquel são eletrodepositadas e microperfuradas, com dimensões de 6 centésimos ou 9 centésimos, utilizadas para o processo de fabricação de açúcar. Para fabricação de tintas sintéticas, necessita de outra dimensão de perfuração, maior do que o usado na cana de açúcar, porém isso é determinado conforme a exigência do cliente. Esse processo específico da Açoplast é trabalhado de dois modos: a Eletrólise (também conhecido como eletrodeposição de metais), na formação de produto, e a Estampagem Química (conhecida também como foto corrosão), para obter perfurações e contornos das peças. Esse processo é aplicado por ser inviável o resultado necessário na estampagem convencional. "A vantagem desse processo é que conseguimos atingir várias perfurações e formas", diz o Eng. Marcos Filippin Modena, supervisor de produção da filial que a Açoplast instalou em Amparo, onde as folhas de níquel são fabricadas.
Airton R. Oliveira trabalha na área comercial com as folhas de níquel / cromo há 1 ano, conhecendo a fundo o produto. "O níquel foi escolhido, por ser o único material onde se consegue uma furação exigida pelos nossos clientes, fabricantes das centrífugas, que geralmente são importadas e trazem consigo suas próprias folhas, ou seja, a tecnologia já é exigência de fábrica", diz Airton.
A diferença básica entre as folhas de níquel e as chapas perfuradas é no ganho produtivo, foi feito uma pesquisa utilizando uma chapa perfurada mecanicamente e uma chapa eletrodepositada, houve um ganho significativo no processo da centrifugação do açúcar, porque os furos são cônicos e não existe tensão de um ponto crítico na hora da estampagem.

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Eng. Marcos Filippin Modena mostra os tanques de eletrodeposição

A Matriz e o processo
A Açoplast foi pioneira na implantação desse atendimento. Desenvolveu junto com os clientes essa tecnologia de reposição das chapas das centrífugas.
Essa folha de níquel é confeccionada por eletrodeposição nos tanques. A Açoplast compra o níquel em quadrados, por volta de 2", sempre com 99,8% de pureza e material certificado.
Antes da folha ser produzida é feito uma matriz, geralmente de cobre, que serve para depositar, passa-se um filme através do fotolito, como se fosse uma revelação, na máquina de corrosão química nos espaços que estão vazios. Após isso a matriz é lixada durante horas para que consiga atingir as medidas exatas. A Matriz estando pronta vai para o banho com o líquido Eletrolítico, junto com três chapas, para a fixação do níquel. O tanque gira e, conforme a forma da matriz, o níquel diluído vai sendo depositado eletroliticamente. Essa matriz não pode ser considerada um molde, pois o molde geralmente é injetado ou estampado, porém a finalidade é a mesma. A Açoplast entrou nesse mercado com exclusividade já que o processo antigamente era somente importado.
Dentro da área de açúcar (no Brasil e em outros países), hoje é utilizado a folha de níquel. A escolha por esse elemento se deve pela facilidade de perfuração, pelos diversos tipos e direções do furo que dão o sentido para o tipo de filtragem e o resultado que o cliente necessita, dependendo do filtrado e da vazão.
A chapa é um acessório, quando se precisa refinar um tal melado, por exemplo, necessita-se de uma fonte 12. As dimensões das centrífugas podem ser de fonte 10, 14, hoje a centrífuga mais moderna é de fonte 14, importada normalmente, e com o tamanho de quase uma sala.

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Inspeção em chapa de aço

O níquel é um elemento caríssimo. No caso da laranja, algumas empresas conseguem usar a folha perfurada que chega a ser 3 vezes mais barata, ou seja, nesse caso não se consegue comparar as chapas em questão de economia.
O níquel é comprado com certificação porque é importante assegurar sua origem e qualidade, já que influenciará diretamente na qualidade da chapa.
Uma chapa de qualidade tem uma vida útil de no máximo 4 meses, porém isso depende da utilização da chapa durante o serviço que ela vem a atender.
A pureza do níquel, o controle químico, a porcentagem dos elementos químicos e da acidez do banho, temperaturas, tempo de produção, todos esses processos são controlados estatisticamente, há uma carga de controle exclusiva para cuidar dessas características. A vida útil depende muito também do balanceamento da centrífuga. "É muito importante nós prestarmos uma assistência técnica para os clientes, pois assim, aproveitamos e fazemos uma pesquisa para que possamos verificar a colocação dessas chapas nas centrífugas, o nome do operador e quais são as atividades e as dificuldades que o operador tem no processo de colocação das chapas, para que sejam determinados os pontos críticos", diz o Eng. Rinaldo Antonio Santos Estima, gerente geral da Açoplast.
As matrizes têm vida útil também, em torno de 8 a 9 meses, com um controle de qualidade na preparação de resina utilizada. A chapa usada para a matriz tem que ser isenta de riscos na superfície ou contaminações. "Por isso precisamos de auditores para inspecionar chapa por chapa, senão a contaminação e os riscos vão passar para todas as chapas que fabricaremos em base na matriz danificada", explica o Eng. Rinaldo.

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Folha de níquel após banho de cromo

Camada de cromo
O níquel é um material mole, ele tem pureza e tem uma resistência abrasiva, mas não possui uma dureza mecânica. A chapa de níquel então recebe uma camada de cromo, sem ela a chapa não resistiria à abrasão, ao atrito e ao melaço da cana, por exemplo. A camada é aplicada através de banhos na temperatura de 58º Centígrados, acima disso começa a perder sua dureza, rompendo a cadeia do cromo. O banho permite no lado a (lado de trabalho) uma deposição de cromo entre 12, 15 e 16 micra, e no lado b (o lado que encosta-se na centrífuga), em torno de 7 a 10 micra, garantindo assim a dureza.




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Chapas de aço

Rastreabilidade e qualidade
O mercado hoje está competitivo porque várias empresas, brasileiras e estrangeiras, estão aumentando suas produções, exigindo, ao mesmo tempo, que os equipamentos diminuam suas manutenções. "Se não tivéssemos aprimorado a nossa qualidade, não estaríamos atendendo nossos clientes. A vida útil é o que chama atenção deles para nossos produtos", explica o Eng. Rinaldo. A Açoplast tem esse diferencial, representando um papel importante que já rendeu parcerias com a Petrobras e com várias usinas.
"Hoje a Açoplast já exporta. Temos mercado grande nos Estados Unidos, México e França. Agora também estamos abrindo nossas portas para o Oriente e para Ásia", revela o Eng. Rinaldo.
Para obter uma qualidade exemplar, medições periódicas são realizadas nos laboratórios credenciados ao Inmetro para verificação de espessura de camada de cromo e a dureza dessa camada, além da Açoplast trazer um sistema exclusivo de rastreamento de seus produtos.

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Análise química da solução do banho

"Nós temos um controle com a certificação da matéria-prima do níquel e do cromo, cada chapa recebe o número do banho, sabemos assim qual a matéria-prima utilizada, qual foi o banho, qual foi o operador, entre outros. Oferecemos aos nossos clientes uma rastreabilidade total, se caso eles em determinado lote disserem qual o número da chapa, garantimos todo o histórico do produto", explica o Eng. Rinaldo. "A Açoplast faz testes dimensionais com os banhos mensalmente, mas fazemos também testes mais profundos na nossa metodologia, onde determinamos a abertura do furo, comprimento, espessura, fazemos um dimensional completo de cada chapa, além dos testes químicos (camada de cromo, lado a e b e qual a dureza importante para vida útil) e físicos".
Com a cana não se obtém somente o açúcar, que abrange a área de eletrodeposição e corrosão, mas o álcool também, que fica na parte de BSE (Bem Sob Encomenda). "A Açoplast atende pelos dois produtos, além da indústria de suco e na indústria médicas, onde estamos crescendo", diz o Eng. Rinaldo.
Em mercado alternativo, os Estados Unidos tem investido muito para ter um segundo ou terceiro combustível, em substituição da gasolina, assim como a China.
A Açoplast sempre está em busca de melhorias, acompanhando com seus clientes o desempenho de seus produtos. "Efetuamos também medições periódicas para análise química da solução dos banhos pelo Químico Cláudio Pierre. Com ISO 9001: 2000 / ISO 14:000, a Açoplast tem tratamento de efluentes de todo líquido industrial dentro dos parâmetros da lei", explica o Eng. Marcos.
A Açoplast ainda tem vários planos para o futuro, como diz o Eng. Rinaldo:
"O forte do mercado é o segmento de tintas e cana de açúcar. Mas estamos brigando para sermos líderes na área de sucos também".

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