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Programa Filtra Ação "Investimento pessoal: dicas do que fazer e do que não fazer em 2021"

Ações de empresas fundamentadas na criação de valor e fundos imobiliários estão entre algumas das opções de investimentos para 2021


A tecnologia trouxe muito mais rapidez para obter informações financeiras, e continuará impondo cada vez mais velocidade na obtenção de conhecimento para os investidores, embora, no Brasil, o custo da implementação de sistemas ainda seja alto. O lançamento do PIX possibilita a transferência na hora. Os bancos digitais também estão mexendo com o mercado financeiro e os grandes bancos também estão atentos a esta transformação. O fato é que está mais fácil investir. “Investidores iniciantes devem, primeiramente, mudar o mindset. Temos a mentalidade de receber o dinheiro, gastar e só depois com a sobra se aplica e muitas vezes não há sobra. O ideal é reservar uma parte do que se recebe e só depois começar a gastar”, afirmou Peterson C. Pirola, professor, coach financeiro e consultor empresarial e fundador da Gestão & Performance Consultoria e Treinamento, no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE, no dia 25 de fevereiro, na TV Filtros, no YouTube, quando discorreu sobre o tema “Investimento pessoal: dicas do que fazer e do que não fazer em 2021”.

Começar fazendo uma reserva, segundo Pirola, “um colchão financeiro”, iniciando com a renda fixa, com liquidez diária, e criar um montante que cubra 12 meses de despesas pessoais. Após criar a reserva, deve-se trabalhar de acordo com o perfil de cada um. “Pessoas mais arrojadas, que gostam de se arriscar, podem investir em fundos de ações, fundos imobiliários e multimercados. Um perfil moderado aceita bem fundos imobiliários. Já ações não são indicadas aos conservadores, enquanto Tesouro Direto pode ser uma boa opção”, comentou. Segundo Pirola, o Tesouro Direto é um investimento seguro, pois tem risco soberano. “Se o País quebrar, com certeza o governo sacará a poupança antes e mexerá em outros investimentos nos bancos até chegar ao Tesouro Direto”, disse o consultor, ressaltando: “Pode diversificar num título do Tesouro Direto indexado à inflação e outro com taxa pré-fixada, assim se a inflação subir o investidor consegue proteger seu dinheiro e se ela se mantiver renderá adequadamente”, esclareceu.

Com relação ao mercado de ações, disse que os investidores devem procurar empresas sólidas e de criação de valor. “Fuja das estatais enquanto não tiver conhecimento do mercado, pois sofrem interferência direta da política”, enfatizou.

Recomendou também ter planejamento de aportes financeiros frequentes para conseguir um preço médio das ações, além de ter tranquilidade com as oscilações do mercado.

A pandemia e os investimentos – Em janeiro de 2020, o momento foi histórico na Bolsa de Valores, batendo recordes, chegando a 120 mil pontos. As pessoas não se preocupavam ainda com a pandemia. Porém, a Bolsa de Valores foi afetada com a pandemia e caiu cerca de 50%. Ocorreu o efeito manada. “Muitos saíram vendendo as ações. O dólar aumentou já que devido às incertezas do momento, os investidores procuraram uma moeda segura – o dólar. Houve muita fuga de capital e o ouro também teve bom rendimento”, disse.

A taxa de juros caiu, atualmente, a Selic está 2% ao ano. Portanto, segundo Pirola, os investimentos de renda fixa sofreram bastante. Investimentos atrelados a Selic, ao CDI e até mesmo a poupança, tiveram os rendimentos minimizados por conta da pandemia.

Após a queda de 50% na Bolsa de Valores, em janeiro de 2021, ela superou a marca do mesmo mês do ano anterior, somando 125 mil pontos. Atualmente, está em torno de 120 mil pontos. “Estamos sem um motor para fazê-la subir mais, ou seja, um estímulo como uma reforma fiscal e tributária. Não creio que passe os 130 mil pontos”, explicou. Mas, disse que, atualmente, há boas ações para investir.

Com relação à renda fixa, Pirola acredita que não está morta. “Há CDBs, hoje, rendendo 12,5% ao ano, em termos brutos, sem descontar impostos”, afirmou o consultor, mas citou alguns problemas: “É um pré-fixado em 12,5% a.a. e há um prazo de 10 anos”. Há também títulos interessantes, como do Tesouro Direto para 2025 que paga o IPCA, ou seja, a variação da inflação, mais 4,20% a.a.

Sobre a poupança, disse que quem investiu na poupança, a partir de maio de 2012, rende 70% da Selic, quando está abaixo de 8,5%. Atualmente, rendimento de 0,12% ao mês, perdendo para inflação. Já para quem investiu antes de maio de 2012, rende 0,5% ao mês, considera excelente aplicação.

Caso o investidor queira diversificar, Pirola recomenda procurar um especialista, ler bastante e fazer análise de perfil de investidor para identificar o apetite ao risco. “Qualquer banco faz a análise de perfil de investidor”, completou.

Já as criptomoedas foram vetadas pelo consultor. “A segurança para o investidor é zero, pois não são regulamentadas em nenhum país. No Brasil, o processo está caminhando a passos curtos. Há barreiras de entrada para este tipo de moeda”, concluiu.

Procurar corretora, coach ou investir sozinho? – Para Pirola, tudo dependerá do conhecimento que a pessoa tem. Se o investidor tiver um pouco de conhecimento, a recomendação é abrir uma conta numa corretora e aplicar sozinho. “Corretoras contam com agentes autônomos que indicam onde investir. No entanto, é preciso ficar atento, pois indicará o que tiver melhor rentabilidade para ele”, disse.

Caso não tenha conhecimento, sugeriu que o investidor procure um profissional para ajudar a fazer bons investimentos.

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “as pessoas físicas ou jurídicas sempre começam o ano planejando e é fundamental um olhar minucioso para o destino dos seus investimentos”.

O conteúdo do programa “Filtra Ação” na íntegra pode ser acessado no canal TV Filtros no YouTube (www.youtube.com.br/tvfiltros) e também pelo PODCAST do Programa Filtra Ação no Spotify.

Sobre a Abrafiltros:

Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

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