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Ford fecha acordo para retomada das atividades nas fábricas de Camaçari (BA) e de Taubaté (SP)

Negociações continuam para estudar alternativas ao fechamento das duas plantas e planos de desligamento com benefícios


REDAÇÃO AB, COM INFORMAÇÕES DE O ESTADO DE S.PAULO E G1

Os trabalhadores da Ford das fábricas de Camaçari (BA) e de Taubaté (SP) conseguiram fechar acordos com a fabricante e decidiram retornar parcialmente ao trabalho a partir da segunda-feira, 22 de fevereiro. O acerto é temporário e inclui a continuação das negociações com representantes dos trabalhadores e da montadora para estudar alternativas ao fechamento das duas plantas e planos de desligamento com benefícios. A Ford se comprometeu a não demitir nenhum empregado, mesmo os que vão ficar em casa, até a conclusão das conversas.

As medidas confirmam a análise de que a Ford poderá ter de desembolsar um valor muito maior do que o previsto para deixar de produzir no Brasil.

Na unidade baiana, que era a principal da empresa no País, aproximadamente 500 colaboradores – de um total de 4 mil – voltarão a produzir peças e componentes para reposição e de acordo com Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, todos os funcionários vão continuar recebendo salários e a empresa se comprometeu a não fazer demissões durante as negociações, que vão se estender por mais 90 dias. Representantes da Ford, do sindicato e dos fornecedoras instaladas no complexo de Camaçari ainda vão discutir se também retornarão às atividades.

Acordo similar foi firmado com os trabalhadores da fábrica de Taubaté, no interior paulista, onde a Ford produzia motores e transmissões. Após assembleia realizada na quinta-feira, 18, os funcionários da unidade decidiram retomar a produção, mas não foi informado se todos voltarão às atividades, nem se haverá algum tipo de revezamento entre os empregados.

Na unidade paulista, contudo, foi divulgado que o acordo prevê a suspensão de demissões até o dia 5 de março, cancelando o acerto anterior, pelo qual a montadora não faria nenhuma demissão até que houvesse um acordo entre as partes. Ficou acertado também que os representantes do sindicato vão negociar diretamente com os dirigentes da matriz americana, tendo o compromisso de apresentarem propostas concretas ao fechamento da fábrica.

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